Notícias

Curso capacita empresários quanto a formação de preço para exportação

corpocin2

Nesta terça-feira (09), o Centro Internacional de Negócios (CIN) do Instituto Euvaldo Lodi (IEL/DF) promoveu o curso “Formação de Preço para Exportação”, que tem como objetivo orientar empresários quanto aos critérios de formação de preço para venda no mercado externo e sobre o valor do produto visando a competitividade nos diferentes mercados de destino. 

Durante oito horas, 25 empresários dos mais diversos segmentos se reuniram para discutir informações sobre os processos de exportação. Entre os temas trabalhados destacam-se: Incoterms 2010; Metodologia de formação do preço de exportação - exercícios práticos; Metodologia de análise dos custos de importação no Brasil; Análise das formas de acesso e presença em mercados externos (canais de distribuição), vantagens, desvantagens e impactos nos custos (competitividade do produto); Pesquisa dos tributos incidentes na importação em mercados externos; Formação do preço "internado" em diferentes mercados externos, tendo como base o preço CIF de exportação cotado no Brasil; e Análise da competitividade dos produtos em função dos níveis de preço praticados no mercado externo e dos canais de distribuição escolhidos para cada produto.

A capacitação foi ministrada pelo consultor Guilherme Bergmann Borges Vieira, que é Bacharel em Administração com habilitação em Comércio Exterior pela Unisinos - Universidade do Vale do Rio dos Sinos-RS. Segundo ele, uma das maiores dificuldades dos empresários está justamente no entendimento sobre a forma de tributação de cada produto para o mercado de destino.
“A verificação do valor final do produto é uma dúvida geral entre as empresas que pensam em exportar. No curso, nós trabalhamos muito esta questão. Começamos orientando quanto ao posicionamento do preço dentro de um contexto de elaboração de estratégia e vamos caminhando para o posicionamento competitivo e as diferentes modalidades de venda”, explica Bergmann.

Representando à empresa Bonasa Alimentos, o coordenador de custos Rodrigo Passos compareceu a capacitação com mais dois colegas. Apesar de já estar inserida no mercado de exportação há quase dois anos, a Bonasa continua buscando aprimorar os processos, já que a venda para outros países se tornou um seguimento interessante e com grande potencial de expansão. “O curso é direcionado a nossa área fim que é a formação do preço de venda. Por isso, viemos fazer uma revisão do tema e descobrir novos contextos e novas modelagens para usufruir melhor das ferramentas que temos e de atender melhor o mercado externo”, conta Rodrigo.

Centro Internacional de Negócios

O curso “Formação de Preço para Exportação” faz parte do Projeto INSERI e é fruto de uma parceria com o Sebrae Nacional que visa capacitar empresas em temas de comércio exterior.
Para a gerente de negócios do CIN, Viviane Brunelly, as ações desenvolvidas buscam atender diversos segmentos do parque produtivo local, desde pequenos empreendedores, até grandes empresas que já tenham tido experiência no mercado externo. “O CIN busca oferecer conhecimento, possibilidades e ferramentas para que as empresas consigam caminhar rumo à exportação. Neste sentido, nós trabalhamos com empresas de diversos portes, desde as micro e pequenas que são maioria no DF, até empresas maiores e que já tem produtos ofertados fora do país”, finaliza.

Cenário de exportações do mercado brasileiro

De acordo com uma pesquisa divulgada ontem (08/08), pela Confederação Nacional da Indústria, 30% das empresas exportadoras pretendem começar ou intensificar a atuação nos Estados Unidos e na Argentina. O levantamento foi realizado com 847 exportadores brasileiros, entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016. Esse total representa 4,17% das empresas exportadoras. Segundo os dados, outros mercados que também têm chamado a atenção dos brasileiros são os países da Ásia, Oceania e Oriente Médio. Atualmente, 8% das empresas brasileiras atuam nestas regiões, mas os estudos apontam que 23% dos exportadores visam se inserir nestes mercados.

Entre os maiores entraves encontrados pelas empresas estão os burocráticos regimes de financiamento. Na opinião de 52% dos entrevistados, os instrumentos de financiamento não são utilizados porque há uma dificuldade de acesso às informações e há exigência de garantias. Para a CNI, esse dado indica que há espaço para a simplificação dos regimes e para a melhoria na gestão da informação fornecida aos exportadores.

Aline Porcina
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra)
Telefone: (61) 3362.6106
E-mail: aline.costa@sistemafibra.org.br