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Adequação de modelagem é principal fator de exportação para setor têxtil
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- Publicado: Sexta, 31 Março 2017 11:54
Compreender a importância da adequação do produto para exportação e, no caso do setor têxtil, da adequação de medidas das peças para vendas ao exterior, são fatores decisivos para que uma empresa tenha bons resultados com a exportação dos produtos. É o que afirma Marilene Machado, professora de modelagem do Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai CETIQT), que ministrou a palestra "Desenvolvimento de Coleção e Adequação de Modelagem Internacional", no edifício-sede da Federação das Indústria do Distrito Federal, nesta quarta-feira (29/03) - realizada pelo Centro Internacional de Negócios (CIN), de forma gratuita.
“É preciso que o empresário conheça o público para onde vai exportar e, conheça as medidas das pessoas, para que ele possa adequar a medidas das peças. A brasileira, por exemplo, é conhecida por ter quadril mais largo, então, a mesma peça pode não vestir bem em uma americana”, explica Marilene.
Além disso, a palestrante auxiliou os participantes a compreender as etapas e prazos de desenvolvimento de coleção; a reconhecer a importância dos registros de venda como ferramenta de planejamento; a identificar as características das linhas de produtos; e a distinguir as ferramentas de desenvolvimento de produto e sua relação com a tabela de medidas.
Marilene ressalta que os empresários devem buscar o diferencial de mercado, de forma que ofereçam ao cliente algo único e exclusivo, saindo do comum oferecido pela concorrência. “Está particularização não precisa, necessariamente, ser algo tangível. Pode ser, por exemplo, um serviço específico”, salienta a professora. Ela explica que o diferencial de um determinado mercado pode não ser para o outro. “É preciso conhecer os valores, princípios, cultura e estrutura do lugar que vai exportar o produto para, assim, oferecer o serviço ou produto singular a eles”, completa.
A empresária do ramo de moda feminina Viviane Kulczynski busca nas capacitações oferecidas pelo CIN, melhor orientação para a elaboração do planejamento estratégico de exportação dentro da empresa, de modo que obtenha capacidade produtiva, de qualidade e para atender as exigências deste novo mercado. "Falar em adequação já é complicado. No Brasil, temos vários tipos de modelagens diferentes. Então, exportar o nosso produto, é adequar ainda mais para um público novo e mais exigente", explica a empresária.
A capacitação auxilia na orientação dos empresários em fator decisivo para exportação, como: o planejamento estratégico, mecanismos de crédito, a parte jurídica, métodos de envio, entre outros. "Acredito que quanto mais conhecimento tivermos, estaremos mais bem preparados para iniciar a exportação dos produtos. A capacitação de hoje nos orientou ainda melhor, pois foi direcionada para o setor têxtil. Então, para nós do setor, a palestrante falava em algo mais palpável", completa.
Projeto Inseri
A ação é proveniente do convênio firmado entre a CNI e o Sebrae Nacional. O projeto Inserção Internacional Competitiva de Pequenos Negócios (INSERI) prevê ações para a promoção da internacionalização, com foco em atendimento à Micro e Pequenas Empresas brasileiras. Por meio de palestras, cursos e workshops, prospecções de mercado e missões prospectivas no exterior, a iniciativa tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento das empresas, com foco na competitividade e na inserção internacional de empresas.