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Indicadores Industriais: cresce oferta de emprego em maio, mas uso da capacidade instalada recua
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- Publicado: Quinta, 30 Julho 2009 10:15
A pesquisa “Indicadores de Desempenho da Indústria do DF” constatou que os sinais de recuperação, em maio, da atividade industrial ainda não se consolidaram. O faturamento das empresas do setor e a taxa de utilização da capacidade instalada têm oscilado entre momentos de expansão e recuo. A exceção é para o quadro de pessoal empregado que, pelo segundo mês consecutivo, manteve variação positiva. Os resultados da 67ª edição da pesquisa mostram o desempenho da indústria de transformação. O estudo é realizado pela Federação das Indústrias do DF (Fibra), em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-DF) e com o apoio do Sebrae/DF.
Para o presidente da Fibra, Antonio Rocha, o desempenho da indústria brasiliense, em maio, seguiu o mesmo padrão observado em anos anteriores. O fato de até o momento o setor não sinalizar uma tendência de crescimento não é relevante, considerando, que, historicamente, é no segundo semestre que se tem início o aquecimento da atividade industrial. Segundo Rocha, a indústria local tem grandes possibilidades de apresentar taxas de crescimento acima da média nacional nos próximos meses, considerando que o desemprego manteve-se praticamente estável ao longo dos cinco primeiros meses e que o comércio varejista e as exportações já mostram sinais de reaquecimento, diferentemente de outras capitais que enfrentaram um ajuste econômico mais árduo frente à crise. “Medidas pontuais de estímulo a desoneração fiscal e à redução do custo do crédito, destinado tanto ao empresário como ao consumidor, serão fundamentais nesse cenário”, disse Rocha.
O faturamento das indústrias em maio deste manteve-se estável (0,02%) frente ao mês de abril deste ano. Isso pode ser observado de forma mais otimista se considerarmos que o resultado estável ocorreu após recuo de 2,69% em abril comparado com março de 2009. O desempenho teve forte influência dos setores de edição e impressão (13,44%), madeira e mobiliário (11,34%) e alimentação (1,13%).
Na comparação com maio de 2008, o faturamento cresceu 6,37%. O desempenho contribuiu para desacelerar o ritmo de redução das vendas das indústrias brasilienses. Até abril, o acumulado em 2009 estava em -2,29%. Após a consolidação das vendas em maio, o faturamento ficou em -0,68% nos cinco primeiros meses deste ano. A pesquisa destacou, em termos setoriais, que o desempenho negativo acumulado em 2009 foi impulsionado pelas atividades de informática (-15,29%) e de manutenção e reparação de veículos (-8,87%).
Pessoal empregado
A pesquisa apontou crescimento de 0,63% da oferta de emprego em maio comparado com abril. Os dados mostram que este desempenho foi menor do que a taxa apurada em abril frente a março: 2,16%. Isso pode ser traduzido numa possível redução do dinamismo do mercado de trabalho tendo, como consequência, algum impacto no nível de utilização da capacidade instalada.
A análise setorial mostrou que cinco das oito atividades industriais que formam a base da pesquisa mantiveram expansão no quadro de mão de obra. Os destaques vão para os setores de edição e impressão (+3,44%) e manutenção e reparação de veículos (+2,22%). Porém, quando se compara maio de 2009 com o mesmo mês do ano passado verifica-se recuo de 0,67%. Neste caso específico, a influência ficou por conta do setor de informática, com queda de 6,57%.
Nos cinco primeiros meses do ano, a oferta de emprego mostrou crescimento de 1,37% se comparado com o mesmo período de 2008. Mas, o indicador pessoal empregado apura em maio a menor taxa deste período, o que pode indicar possível redução no ritmo de crescimento desta variável. A base comparativa mostrou que os melhores índices sobre o resultado global foram para as atividades de fabricação de produtos alimentícios (7,55%) e de manutenção e reparação de veículos (1,48%).
Se por um lado o setor industrial do DF apresentou melhores taxas nos itens emprego e faturamento, por outro, quando se contabilizou o nível de utilização da capacidade instalada, a pesquisa apontou recuo de 3,42 pontos percentuais. Em maio, o conjunto de fábricas operou com 64,41% da capacidade contra 67,83% em abril. Este resultado interrompeu trajetória de quatro meses consecutivos de expansão.
A comparação setorial mostrou que cinco das oito atividades industriais pesquisadas recuaram. Os destaques ficaram por conta dos setores de vestuário (10,71 pontos percentuais) e fabricação de produtos de metal (10,14 pontos percentuais). Na comparação com maio do ano passado, o resultado mostrou recuo de 3,67 pontos percentuais e, no acumulado janeiro a maio de 2009 com o mesmo período do ano passado, a queda foi de 0,69 ponto percentual.
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Roberto Cordeiro
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