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Na Fibra, presidente da ABDI fala sobre a indústria 4.0

Uma perspectiva sobre o futuro da manufatura mundial, que alterará processos, produtos e relações humanas. Com essa abordagem da indústria 4.0, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Luiz Augusto de Souza Ferreira, palestrou na 21ª Reunião do Comitê Gestor do Núcleo de Inovação da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), na tarde desta terça-feira (21), na sede da entidade.

Ferreira abriu a palestra derrubando um dos mitos da indústria 4.0: o do desemprego. “A previsão é que sejam criados por volta de 300 milhões de empregos no planeta em torno deste novo modelo industrial, e nossa preocupação deve estar em formar mão de obra capaz de assumir essas vagas.” Além da formação profissional, é preciso transformar a educação básica, uma vez que “não existe revolução tecnológica sem uma revolução educacional”, disse o presidente da ABDI.

Diante de líderes sindicais, dirigentes do Sistema Fibra e representantes dos governos federal e do DF, Ferreira também expôs dados que mostram a complexidade da adoção de uma lógica 4.0 no processo industrial brasileiro. “Temos indústrias no Brasil que utilizam métodos pouco tecnológicos ao lado de outras que já são 4.0. É importante que exista uma evolução mais homogênea para que não se quebre a cadeia de produção nacional.”abdi palestra industria 4 abdi

Esse havia sido um dos pontos levantados pelo presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar, na abertura da reunião. Jamal frisou a importância do cuidado com a cadeia produtiva para que a base tecnológica necessária para estruturar a indústria 4.0 seja produzida no Brasil. “O País precisa trabalhar métodos para construir de forma sustentável a indústria do futuro, permitindo que todo o setor evolua em conjunto”, afirmou.

Informações compartilhadas

Uma das bases da indústria 4.0 está no compartilhamento constante de informação, que só é possível com redes de comunicação com capilaridade. “Na China, até mesmo nas plantações de arroz, as redes 4G estão acessíveis, permitindo que ideias sejam trocadas e evoluam em ritmo acelerado”, exemplificou Ferreira.

Para o diretor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da Fibra, Graciomário de Queiroz, “a ideia sozinha nunca chega a lugar algum, sendo necessária a interação para que o pensamento se torne um projeto”. O diretor destacou a economia de custos que a indústria 4.0 trará – R$ 73 bilhões ao ano no Brasil: “As mudanças da indústria do futuro trarão eficiência aos gastos de produção, com ganhos financeiros e redução de custos”.

Também compareceram à reunião desta terça-feira o secretário-adjunto Nacional de Juventude da Presidência da República, Diego Antônio da Silva, o presidente do conselho deliberativo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no DF, Luís Afonso Bermúdez, o presidente da Biotic S.A., Mário Henrique Lima, e o vice-reitor do Centro Universitário Iesb, Edson Machado Filho.

O Comitê Gestor do Núcleo de Inovação da Fibra foi criado por iniciativa da Diretoria de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico. É integrado por empresários, representantes dos sindicatos filiados à Federação e universidades locais.

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Texto: Nilson Carvalho
Fotos: Moacir Evangelista/Sistema Fibra
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra