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Moda sustentável e inclusiva é tema de evento em Brasília

Conectar iniciativas bem-sucedidas da economia colaborativa, promover a inclusão de jovens com deficiência no processo produtivo e repensar a forma como é produzida a moda. Esses foram os objetivos do Moda Connect Brasil, realizado na noite de terça-feira, 26 de novembro, no Cota Mil Iate Clube. A Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) e o Sindicato das Indústrias do Vestuário do DF (Sindiveste-DF) apoiaram a ação.

O Moda Connect é uma iniciativa proposta para pensar a sustentabilidade na moda, reunir consumidores e empresas dessa cadeia produtiva, focada na economia circular, em que o produto é concebido, produzido, utilizado e reciclado. Uma das porta-vozes do movimento é a professora Ana Beatriz Goldstein, que criou o projeto Rompendo Barreiras, de inclusão de pessoas com limitações físicas na cadeia produtiva. “Queremos pensar a forma como produzimos e consumimos a moda. Precisamos saber usar a moda de forma melhor para ter um país economicamente e ambientalmente viável. A intenção do evento é mostrar as Brasílias que existem dentro de Brasília e os Brasis dentro do Brasil”, explicou.

moda connect brasilAlém de um talk show com profissionais da moda, houve desfiles de marcas que atuam no conceito fashion for good (moda para o bem). Entre as marcas que apresentaram seus produtos, duas são brasilienses – lideradas pelos estilistas Bernardo Rostan e Flávia Laboissiere –, além do grupo Concretamente Brasília, que reúne bordadeiras da cidade.

moda connect fibraUm dos destaques foi a empresa paraibana Natural Cotton Color, que desenvolveu um algodão colorido sem aditivos nem corantes, sustentável e orgânico. A empresa teve o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), por meio do Instituto Senai de Tecnologia Têxtil e Confecção da Paraíba. A presidente da empresa, Francisca Vieira, participou do talk show e as peças foram apresentadas no desfile.

A empresária destacou a dificuldade de empreender na moda sustentável. “O primeiro desafio está na matéria-prima e no campo. Depois vem a questão de certificação internacional, pois precisamos provar que se enquadra no padrão mundial, que atesta que toda a cadeia produtiva não tem trabalho escravo nem infantil e, lógico, ser sustentável e orgânico. Para ser sustentável, tem que ser socialmente justo, ambientalmente correto e economicamente viável e incentivar a cultura”, enfatizou Francisca Vieira.

Walquiria Pereira Aires, presidente do Sindiveste-DF, representou o sindicato e a Federação no evento: “Tanto a Fibra como o sindicato têm um compromisso social e por isso fizemos questão de estar aqui. A gente deve apoiar, sim, uma ação que procura um mercado de trabalho para artesãs, que procura valorizar o trabalho de pesquisa e de desenvolvimento dentro da moda e ainda de forma sustentável e inclusiva”.

Texto: Aline Roriz
Fotos: Bruno Frauzino/Sistema Fibra
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra
 
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