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Publicado: Sexta, 28 Fevereiro 2020 08:47

A Sondagem Industrial do Distrito Federal mostra que em dezembro o índice de evolução no número de empregados passou de 50 para 50,4 pontos. É o melhor resultado nos últimos doze meses, sinalizando uma recuperação moderada do mercado de trabalho industrial da capital federal. Índices acima da linha divisória dos 50 pontos indicam otimismo.

Já os indicadores de produção industrial e de utilização da capacidade instalada recuaram. O primeiro passou de 52,2 pontos em novembro para 47 pontos em dezembro e, apesar da queda, o número ainda é 0,2 ponto melhor que o registrado no mesmo mês em 2018. O segundo diminuiu 2 pontos percentuais e alcançou 68% de uso do parque fabril e, apesar da queda, é o melhor desempenho para o mês de dezembro desde 2014. A retração dos números é reflexo do fim do ciclo de encomendas de final de ano, ou seja, é sazonal.

Diferente dos outros itens da pesquisa, avaliados mensalmente, a cada fim de trimestre a sondagem aborda as condições financeiras e os principais problemas do setor. Em dezembro, os empresários entrevistados afirmaram que a situação financeira da indústria melhorou. O índice passou de 46 para 48,2 pontos —aumento de 2,2 pontos. O indicador de acesso ao crédito cresceu 4,9 pontos e alcançou 48,8 pontos. Em relação aos problemas, 36,9% das respostas apontaram que a demanda interna insuficiente é o principal entrave para os negócios. A elevada carga tributária e a falta ou o alto custo da matéria prima, respectivamente, estão em segundo e em terceiro lugar no ranking.

A expectativa para os próximos seis meses é positiva. O índice de demanda por produtos passou de 59,8 pontos em dezembro para 65,6 em janeiro. O indicador de emprego segue em alta e cresceu 3,8 pontos — chegou a 57,3 pontos. Os empresários também sinalizam intenção de investir, o número saltou de 39,8 pontos para 46,8 pontos, mantendo comportamento de crescimento.

Os dados são da pesquisa realizada mensalmente pela Federação das Indústrias do DF (Fibra), em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi do DF (IEL-DF) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

No segmento industrial com maior representatividade na indústria do DF, que tem 53% de participação no produto interno bruto industrial, a Sondagem Indústria da Construção mostrou recuo da evolução do nível de atividade, do nível de emprego e da utilização da capacidade de operação do setor. A queda nos números é sazonal e ocorre devido à baixa demanda para o setor no fim de ano.

Após dois meses em crescimento, o número de empregos caiu 4 pontos na passagem de novembro para dezembro. O índice se situou em 47,5 pontos. O indicador que mostra a utilização da capacidade de operação também registrou queda e marcou 52% em dezembro, mas em comparação com 2018 cresceu 9 pontos percentuais.

Para os seis meses seguintes, assim como a expectativa dos outros setores da indústria, o cenário é positivo. Quanto ao nível de atividade, houve leve crescimento de 0,5 ponto e para o indicador de contratação de empregados ocorreu aumento de 1,1 ponto.