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Bancos oferecem linhas de crédito especiais para empresas enfrentarem impactos do novo coronavírus
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- Publicado: Sexta, 27 Março 2020 18:33

*ATUALIZADO em 8/4, às 14h35.
A pandemia de Covid-19, doença provocada por infecção pelo novo coronavírus, está trazendo muitas preocupações para a sociedade. Empresas de todos os portes e segmentos estão sendo impactadas de alguma forma pelas medidas de distanciamento social adotadas que acabam reduzindo a demanda por produtos e, por consequência, a produção industrial. Na tentativa de minimizar os efeitos dessa situação, bancos e instituições financeiras divulgaram linhas de crédito e medidas especiais para ajudar as empresas a enfrentarem esse período e tentar amenizar as dificuldades financeiras que os empresários possam ter.
Apoio ao industrial
As empresas associadas aos sindicatos filiados à Fibra podem buscar apoio do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) para obter mais informações sobre as linhas de financiamento especiais devido ao novo coronavírus. Além do suporte para este crédito especial, o NAC auxilia o empresário na identificação de financiamentos de acordo com as necessidades da empresa. O Núcleo também tem acordos para outras linhas de crédito com o BRB e com a Caixa Econômica, com condições diferenciadas para indústrias sindicalizadas.
Até 10 de abril, devido a restrições determinadas pelo governo do DF, o atendimento do NAC vai ocorrer pelo e-mail nac.df@sistemafibra.org.br ou pelo telefone (61) 98300-4152.
Conheças as principais linhas disponíveis para o setor industrial:
BRB
O Banco de Brasília (BRB) anunciou a liberação de crédito com condições especiais para empresas. São duas linhas de capital de giro oferecidas para novas operações, pelo BRB Progiro. As taxas iniciais são de 0,8% ao mês, com prazo de pagamento de até 36 meses, com seis meses de carência. O financiamento está disponível para negócios de todos os portes e os interessados devem procurar as agências do BRB, que foi autorizado no Decreto 40.539/2020 a manter atendimento aos empresários que necessitam de crédito. Para ter acesso ao financiamento, a empresa precisa ser filiada à Câmara de Dirigentes Lojistas do DF (CDL), à Associação das Empresas de Transporte e Mobilidade do DF (DFmob), ou a um dos sindicatos que compõem a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio-DF) e a Federação das Indústrias do DF (Fibra). As empresas interessadas precisam ter relacionamento com o BRB e os pedidos de crédito serão analisados pelo banco.
Sicoob
O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) também está adotando medidas para amenizar os efeitos do cenário atual. Além do adiamento do prazo de operações de crédito dos segmentos afetados pela crise, foi aberta linha para atender a esse público com condições de prazo e preço diferenciadas. Cada caso estará sujeito à análise, que pode ser feita diretamente na própria cooperativa.
O Sicoob Empresarial preparou, ainda, algumas medidas para facilitar a vida do empresário nesse período. A prorrogação das três próximas parcelas de empréstimos e financiamentos, atendimento diferenciado aos associados que precisarem de alívio financeiro por causa da crise e abertura de crédito com condições especiais e taxas a partir de 0,99% ao mês às empresas associdadas, para cobertura dos custos com folhas de pagamento e aluguéis nos próximos três meses.
Caixa Econômica
A Caixa também anunciou medidas de apoio. As micro e pequenas empresas terão redução de juros de até 45% nas linhas de capital de giro, com taxas a partir de 0,57% ao mês. Foram oferecidos até 60 dias de carência nas operações parceladas de capital de giro e renegociação e linhas de crédito especiais, com até seis meses de carência, para empresas que atuam nos setores de comércio e prestação de serviços. Também estão disponíveis linhas de aquisição de máquinas e equipamentos, com taxas reduzidas e até 60 meses para pagamento. Já o Banco do Brasil destinará R$ 48 bilhões em recursos disponíveis para linhas de capital de giro, de investimento e de antecipação de recebíveis. Os recursos estão disponíveis para empresas de todos os portes, e podem ser contratados até o limite de crédito disponível para cada cliente.
BNDES
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou quatro medidas que ajudarão as empresas a enfrentar dificuldades de caixa, por meio da injeção inicial de R$ 55 bilhões na economia, para viabilizar atividades de empresas de todos os setores. A primeira é a transferência de recursos do Fundo PIS-PASEP para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), no valor de R$ 20 bilhões, de onde poderão ser sacados pelos trabalhadores, de acordo com os critérios estabelecidos pelo governo. O BNDES suspendeu, por seis meses, os pagamentos de parcelas de financiamentos diretos e indiretos para empresas. Por fim, o banco ampliou a oferta de crédito para micro, pequenas e médias empresas, por meio dos bancos parceiros, no valor de R$ 5 bilhões.
Em uma segunda rodada de medidas para conter as consequências da pandemia, o BNDES liberou um crédito de R$40 bilhões para folhas de pagamento, para financiamento às empresas de até dois salários mínimos por empregado durante dois meses. Esta linha terá uma taxa fixa de 3,75% ao ano, com seis meses de carência, e 30 meses para quitação. Podem adquirir essa vantagem, empresas com faturamento anual entre R$360 mil e R$10 milhões, sem restrição de crédito nos últimos seis meses. As empresas não poderão demitir empregados com salários financiados por dois meses. Os empresários interessados em adquirir esse crédito precisam procurar insituições financeiras que tenham feito a adesão ao Programa Emergencial de Suporte a Empregos do BNDES.
Outras ações
Segundo comunicado da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os cinco maiores bancos brasileiros (Caixa, Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil) vão atender pedidos de prorrogação, por 60 dias, dos vencimentos de dívidas de clientes pessoas físicas e micro e pequenas empresas para os contratos vigentes em dia e limitados aos valores já utilizados.
Situação do DF
No Distrito Federal, estão suspensas, até o dia 5 de abril, atividades de atendimento ao público, como restaurantes, bares, lojas, salões de beleza, entre outros. O Decreto nº 40.539/2020 publicado em 19 de março também determina a suspensão de missas e cultos em Brasília. Podem funcionar apenas: clínicas médicas, laboratórios, farmácias, postos de gasolina, mercados, lojas de materiais de construção, padarias, atacadistas, peixarias e operações de delivery. O funcionamento das indústrias não foi impactado pelo decreto.
ATUALIZAÇÃO: {1º/4/20, às12h04 - Inclusão de novas rodadas ofertas de crédito liberadas pelo BNDES e Sicoob Empresarial e alteração do período em que o atendimento do NAC será apenas via e-mail ou telefone.} / {8/4, às 14h35 - Inclusão das informações sobre como coneguir o crédito do BNDES.}