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Fibra inicia Programa de Desenvolvimento Associativo

Representantes dos sindicatos filiados à Fibra terminaram ontem o primeiro dos oito módulos do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), criado e disseminado pela CNI para ampliar a representatividade e a sustentabilidade dos sindicatos patronais do setor industrial. Por dois dias, o consultor Irani Cavagnoli debateu com os presentes o tema: O líder empresarial sindical e o sistema de representação da indústria brasileira. “A CNI espera que, por meio do PDA, seja repensado o modelo sindical da indústria do País, que é antigo, da década de 60. O objetivo o programa, portanto, é modernizar os sindicatos, aumentando a capacidade das entidades de oferecer produtos e serviços e, consequentemente, de gerar ganhos de competitividade para as empresas”.

O primeiro módulo foi dividido em três temas: O novo cenário das organizações sindicais; O sistema de representação da indústria; e Os desafios do líder sindical na representação da indústria brasileira. Para que os assuntos fossem absorvidos com maior eficácia, foi realizada, na oportunidade, uma dinâmica de simulação da construção de um modelo sindical moderno. 

Na opinião do diretor-secretário da Fibra, Pedro Henrique Achcar Verano, o primeiro módulo do PDA revelou o quanto o sistema sindical brasileiro é arcaico. “Isso tem que ser repensado e remodelado com urgência, inclusive pelas mudanças contínuas que acontecem não só no Brasil, mas em todo mundo. Corremos risco de perder representatividade. E esse é o maior problema de todos. Temos que acordar”, disse.

Já para o primeiro diretor-secretário do Sindicato das Indústrias da Madeira e do Mobiliário do Distrito Federal (Sindimam-DF), Daniel Borges Gomes, o trabalho que a CNI, por meio da Fibra, está proporcionado aos sindicatos da indústria do DF é um avanço em termos de aprendizado sindical. “Com isso, podemos alavancar nossas ações, nos preparando para um futuro que já começou. Temos a oportunidade de revolucionar a história sindical”, comemora. Ainda segundo Daniel, o Sindimam já pode começar a implementar novas ações, por meio as informações repassadas no primeiro módulo do PDA. “Temos que aumentar a base de associados. Para isso, devemos nos organizar e oferecer serviços diferenciados”, completou.

De acordo com o consultor Irani, “a indústria brasileira tem que estar preparada para competição internacional. Assim, o papel do sindicato na competitividade é de suma importância”. Irani ressalta que o Programa de Desenvolvimento Associativo, que já tem pouco mais de dois anos, tem gerado resultados visíveis nos estados em que o PDA tem sido aplicado. “Os sindicatos já estão partindo para o novo modelo. É uma questão de sobrevivência. Os sindicatos de gaveta vão acabar”, afirma.  

O próximo módulo é sobre Defesa de Interesses, que será realizado na segunda quinzena de  março. Mais informações: 3362-3837

Suzana Leite

Foto: Cristiano Costa