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Publicado: Segunda, 14 Julho 2025 16:08

Com a participação de especialistas em indústria e em inovação, o Centro de Convenções Ulysses Guimarães recebeu, em 10 de julho, o seminário Brasil Industrializado: O Futuro do País em Transformação. No evento, realizado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e pelo portal de notícias Metrópoles, foram debatidos os rumos da reindustrialização e da transformação digital no Brasil.

O seminário foi mediado pelo jornalista do Metrópoles Deivid Souza e teve transmisão ao vivo no canal do portal no YouTube.

A Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), representada pelo vice-presidente setorial da Fibra, Jarbas Ari Machado, que também é o 1º vice-presidente do Sindicato das Indústrias da Informação do DF (Sinfor-DF), participou do seminário no segundo painel, que tratou sobre a temática O Papel Estratégico da Indústria Para o Desenvolvimento. O debate teve a presença do presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), Álvaro Prata, e do diretor geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Gustavo Leal. A atuação da indústria como vetor de crescimento econômico, na geração de empregos, na qualificação profissional e na inovação em larga escala foram alguns dos assuntos abordados.

Jarbas utilizou dados da realidade industrial do DF para demonstrar a importância da indústria para o desenvolvimento regional e nacional. Também destacou o trabalho desenvolvido pelo Sistema Fibra na capital federal, os gargalos enfrentados, a necessidade de modernização do parque industrial e o investimento em conhecimento. Jarbas apresentou dados sobre a geração de empregos pela indústria do DF de 2025 a 2027. “Nesse período será necessário formar ou requalificar cerca de 186 mil profissionais na nossa cidade. E essa é uma das grandes dificuldades do setor: ter pessoas qualificadas para suprir as demandas. Os profissionais capacitados estão migrando para mercados fora de Brasília”, pontuou.

Os números são do Mapa do Trabalho Industrial, publicado pelo Observatório Nacional da Indústria em 2024. As áreas com maior demanda são de construção, tecnologia da informação, manutenção e reparação de veículos e alimentos e bebidas.

“Por meio de parcerias, a Fibra faz um trabalho de campo para aproximação da academia com o setor produtivo. O alinhamento do que é estudado em sala de aula e as necessidades reais do mercado é primordial no processo. A exemplo disso, a Federação colhe as demandas e leva até o Senai-DF, que em seguida vai até as indústrias e faz a escuta assertiva. A partir daí, leva capacitações aos trabalhadores de acordo com as necessidades do negócio. Assim também ocorre a oferta de cursos para a comunidade, com base no que o setor busca”, explicou Jarbas.

Transformação digital
Transformação Digital e o Novo Ciclo da Indústria foi o tema do primeiro painel do seminário, com discussão sobre como a digitalização, a inovação e a automação estão transformando o setor industrial brasileiro e abrindo caminho para um novo modelo produtivo, mais sustentável e competitivo.

O gerente de Monitoramento e Avaliação da ABDI, Roberto Pedreira, o diretor de Desenvolvimento Industrial, Tecnologia e Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Jefferson de Oliveira Gomes, o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), José Luís Gordon, e a diretora de Transformação Digital, Inovação e Novos Negócios do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Pollyana Carvalho, compuserem a mesa de discussão.

Em uma das intervenções o mediador do debate questionou os participantes sobre os fatores que permitiram que o setor industrial crescesse 3,3% em 2024 e sobre o que precisa ser feito para que haja continuidade na ampliação da atividade industrial brasileira.

Para o representante da ABDI, Roberto Pedreira, o fortalecimento da indústria nacional se deve principalmente à implementação da política Nova Indústria Brasil, projeto do governo federal. “O apoio em financiamento, por exemplo, aquece o pequeno capital. São eles que demandam maior volume de recursos. Ao estimular as pequenas indústrias promovemos o fortalecimento dos elos de produção e a geração de empregos.”