Notícias

Vendas internacionais do DF crescem 15% no semestre

sumierO saldo exportado pelo Distrito Federal no acumulado de janeiro a junho totalizou US$ 78,09 milhões. O crescimento foi de 15,74% na comparação com o mesmo período de 2010 (US$ 67,4 mi), segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Somente no mês de junho, por exemplo, foi registrado crescimento de 66% no saldo exportado pelo DF, frente ao mesmo mês de 2010 (US$ 19,83 milhões ante US$ 11,94 mi de junho do ano passado).

“Em 2011, a pauta de exportação da Capital Federal vem sofrendo alterações na sua composição: aos poucos as carnes de frango – que ainda são os principais produtos vendidos para o exterior, com U$ 39,8 milhões - estão diminuindo sua participação enquanto outros produtos apresenta crescimento nas vendas”, avalia o presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Antônio Rocha. Na sequência, vem os combustíveis e lubrificantes para aviação e os grãos de soja usados na produção de alimentos e bebidas. Representando a produção industrial do DF, destaca-se também a participação de produtos metalomecânicos (US$ 258,2 mil), de softwares (US$ 32,5 mil) e vestuário (US$ 19,7 mil). 

Entretanto, a realidade da Capital Federal ainda é de comércio internacional pouco expressivo. O assessor de assuntos de Comércio Exterior da Fibra, Juliano Montandon, observa que as indústrias locais ainda precisam se adequar ao mercado externo. “Nossos produtos são bons, de qualidade, mas a capacidade de produção ainda é incompatível com o que o comércio internacional exige. Isso faz com que as empresas vendam, mas fechem negócios pequenos”, ele explica.

O empresário do setor de vestuário Fernando Japiassu, da Summershop, ressalta que, muitas vezes, a produção industrial é compatível, mas a taxa cambial não faz com que o produto seja atrativo para o mercado mundial. “Nossa empresa, por exemplo, aumentou a capacidade produtiva do ano passado para cá, mas com a queda do dólar, não chamamos mais atenção dos compradores internacionais”, avalia o empresário, que tem no Chile seu principal comprador e vendeu US$ 637 mil no último semestre.

A Summershop, por outro lado, engrossa o grupo de empresas brasilienses que estão ganhando o mercado nacional. A marca de moda praia está em praticamente todos os estados brasileiros, com crescimento nas vendas. “No ano passado, vendemos em torno de 50 mil peças para estados como Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e quase todos os pontos do Nordeste. Para este ano, já estamos contando com a venda de 60 mil sungas e biquinis”, projeta o empresário.

trweAssessoria internacional - Para auxiliar os empresários brasilienses no processo de internacionalização de seus produtos, a Fibra possui o Centro Internacional de Negócios (CIN). Por meio da assessoria, a indústria do DF pode contar com o Certificado de Origem Digital, que possibilita a emissão do documento on-line para certificação para os exportadores brasilienses, mais rapidamente que os processos manuais. A documentação oficial garante que um produto sujeito a exportação é originário de determinado país. “É o documento pelo qual o exportador declara que a mercadoria a ser exportada cumpre as exigências estabelecidas pelos acordos de complementação econômica entre os países e ao mesmo tempo garante a concessão de preferência tarifária aos produtos contemplados”, explica Juliano.

Para o exportador, a principal vantagem da nova modalidade digital é a agilidade na obtenção do documento. O Certificado de Origem Digital leva um tempo médio de emissão de 15 minutos - no processo manual, a emissão se dava em cerca de dois dias úteis pela complexidade da análise das regras de origem e dos acordos envolvidos. “Agora, com o Certificado de Origem Digital, todo esse processo é automático, evitando erros na emissão e garantindo credibilidade ao documento”, finaliza Montandon.

Importações

As importações do DF alcançaram US$ 94,41 milhões em junho, registrando queda de 30,14% em relação ao mesmo mês de 2010 (US$ 122,85 milhões). O saldo acumulado no ano apresenta queda de 72,76% em relação a 2010, demonstrando forte desaquecimento das importações. A assessoria técnica da Fibra lembra que 45,94% do total importado pelo DF foram transações realizadas pelo Ministério da Saúde abrangendo principalmente medicamentos e vacinas. As origens das nossas importações continuam concentradas nos Estados Unidos, Alemanha, Áustria, Índia e Dinamarca.

Boas vendas

A Capital Federal segue a tendência das exportações brasileiras, que, por sua vez, cresceram 32,65% no semestre. O saldo passou de US$ 89,18 bilhões em 2010 para US$ 118,30 bilhões em 2011. Diante dos bons resultados, o secretário-executivo do MDIC, Alessandro Teixeira, prevê que a meta de US$ 231 bilhões estabelecida para 2011 seja reajustada para cima. “O Brasil tem tido competitividade nos mercados internacionais, principalmente, pelo tipo de produto que nós produzimos. Houve ganhos de eficiência na produção industrial e há um esforço de promoção comercial e de inserção nos diversos diálogos de negociações internacionais”, avaliou.

Os principais países de destino das exportações brasileiras no semestre foram China (US$ 20 bilhões), Estados Unidos (US$ 11,8 bilhões), Argentina (US$ 10,4 bilhões), Países Baixos (US$ 6,6 bilhões) e Alemanha (US$ 4,4 bilhões).

Em relação a junho de 2010 o crescimento foi de 38,59%, com o saldo passando de US$ 17,09 bilhões para US$ 23,68 bilhões, conforme gráfico a seguir.

 

Patrick Selvatti
Assessoria de Imprensa
Sistema Federação das Indústrias do DF (Fibra)
61 3362-6131
61 8181-0452
Imagem: Cristiano Costa UNICOM/FIBRA