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Indústria do DF busca implantar a cultura da inovação

Micro e pequenas empresas terão apoio para implantação de projetos inovadores

lampada_industriaRecentemente, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) divulgou levantamento apontando que cresceu o índice de sobrevivências das micro e pequenas empresas no País, mostrando-se muito competitivo e similar ao de países desenvolvidos. O estudo destacou que um dos principais fatores desse progresso refere-se à sensibilização da importância da inovação para as micro e pequenas empresas, que vivem em um mercado interno muito competitivo. Os dados revelam que inovar é o grande negócio do momento. Sair do lugar-comum e apresentar novas formas e novos produtos é praticamente uma regra para a sobrevivência de uma empresa. Desta forma, no próximo dia 8 de novembro, a Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) dará início às atividades do Núcleo de Apoio a Gestão da Inovação (Nagi-DF), que terá como finalidade realizar planos de inovação nas micro e pequenas empresas industriais por meio de ações de mobilização, capacitação, consultoria e assessoria. “Entendemos que facilitar o financiamento e promover a inovação é fundamental para a indústria crescer, principalmente em um país onde as micro e pequenas empresas correspondem a 99% do total das empresas do País”, explica o presidente da Fibra, Antônio Rocha.

A Rede de Núcleos de Inovação serve para motivar as empresas a adquirir conhecimentos e condições necessárias para implantar ferramentas de gestão inovadora. Entre suas atribuições, está estimular, por meio de seminários, a participação em editais que destinem recursos técnicos e financeiros para o desenvolvimento de produtos, a melhoria de processos de produção ou para a criação de serviços que proporcionem qualidade de vida aos trabalhadores ou à comunidade onde a indústria está localizada. Esse foi o caso do empresário brasiliense Haroldo Oliveira. Sua empresa, a Bazei Brazil, desenvolveu um produto inovador e sentia dificuldade de concretizar sua distribuição no mercado: a Farinha do Imperador, uma mistura de grãos de sorgo integral com a parte vegetativa do cogumelo-rei, que mantém a estrutura integral do farelo e pode ser usada de forma direta na alimentação (como em vitaminas e iogurtes) ou como ingrediente na fabricação de produtos como pães, biscoitos, bolos e barras energéticas. “O projeto desta farinha foi desenvolvido com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-DF), graças ao edital de inovação. E agora a instituição também está dando o suporte necessário para o ingresso no mercado”, explica o empresário, cuja fábrica funciona na Asa Norte. 

Do projeto à concretização

Por meio do convênio de Cooperação Técnica e Financeira 48/2010, celebrado entre o Sebrae e a CNI, a Fibra se comprometeu à meta de, em até 22 meses, sensibilizar 180 empresas de todos os setores do DF sobre a importância da prática da inovação, que marcará o lançamento do Programa de Implantação de Planos de Inovação em Micro e Pequenas Empresas.

No final, serão capacitadas 90 empresas em gestão da inovação para que possam ser elaborados 36 projetos, dos quais 31 deverão ser implantados no mesmo período de até 22 meses. Paralelamente, o Nagi assume o compromisso de elaborar 26 projetos de inovação para que as empresas possam dar entrada em editais de subvenção lançados por órgãos de fomento. Ao todo, haverá um recurso disponível em torno de R$ 470 mil. “A maioria das micro e pequenas empresas desejam inovar e precisam apenas de incentivo em forma de apoio e assessoria, até mesmo para saber que tipo de inovação pode realizar”, avalia a diretora de Assuntos de Desenvolvimento Tecnológico da Fibra, Suely Silva.

Haroldo considera extremamente importante a iniciativa do Sistema Fibra. “É muito difícil incluir um produto novo no mercado. É necessário muito recurso para isso. Com o Senai, nós obtivemos apoio nesse sentido. O que o Sistema Fibra pretende fazer agora vai além disso. A proposta do Nagi é sensibilizar e conduzir todos os passos deste processo juntamente com a empresa que deseja inovar”, observa Haroldo.

A expectativa é que, até 2013, 35 núcleos sejam lançados em todo o País, 30 mil empresas sejam sensibilizadas e 630 eventos sobre inovação sejam realizados. “Agregar valor às várias fases da cadeia produtiva é uma ação necessária para o Brasil superar os desafios do crescimento”, conclui Antônio Rocha.

Agende-se

No dia 8, será realizado o primeiro seminário, que contará com a palestra “Lucrando com a Inovação”, com o especialista Dalcio Roberto dos Reis.

Saiba mais

Segundo levantamentos da CNI, países como Suécia, Estados Unidos e Coréia investem mais de 5% de suas riquezas em pesquisa e desenvolvimento. Já no Brasil, esse investimento não corresponde a 1% do PIB. A indústria quer ampliar esse montante.

 

 

Patrick Selvatti
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do DF (Fibra)