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Publicado: Segunda, 07 Novembro 2011 01:00

Setor de alimentação é o maior responsável pelo impulso no mês de agosto

A atividade industrial brasiliense cresceu moderadamente em agosto após recuo no mês de julho. A informação é da pesquisa Indicadores Industriais realizada pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e apoio do Sebrae-DF. Essa recuperação refletiu o comportamento positivo das variáveis ligadas mais diretamente à produção. O faturamento cresceu 5,82% e a utilização da capacidade instalada - que representa um termômetro da produção - expandiu-se 0,3 ponto percentual.

O avanço no faturamento em agosto refletiu positivamente sobre as demais bases comparativas. Frente a agosto de 2010, por exemplo, o faturamento aumentou 6,69%. No acumulado do ano até agosto, houve crescimento de 2,71% na comparação com igual período do ano passado.

Com a expansão de 0,27 ponto percentual no nível utilização da capacidade instalada da indústria brasiliense na passagem de julho para agosto, o indicador médio ficou em 65,88%. Apesar do avanço, o setor ainda continua operando abaixo do nível observado em 2010. Na comparação com agosto de 2010, houve queda de 1,69 ponto percentual. No acumulado do ano até agosto, o indicador manteve-se praticamente estável (0,06 ponto percentual) na comparação com igual período do ano anterior.

Em agosto, o emprego industrial cresceu 1,73% frente ao mês anterior. Essa foi a quinta expansão consecutiva do mercado de trabalho, o que pode ser um sinalizador de expansão da oferta de bens e serviços nos próximos meses. Na comparação com agosto de 2010, houve expansão de 2,39%. No acumulado do ano até agosto, o emprego industrial registrou variação de 0,91% na comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com o presidente da Fibra, Antônio Rocha, o mês de agosto tem a característica sazonal de vir após um período de férias. “Normalmente, o oitavo mês do ano apresenta avanços significativos pela retomada da rotina de produção. Vamos aguardar os números de setembro e outubro para avaliarmos melhor o cenário que já nos prepara para o fim de ano”, pondera.

Setores

Em termos setoriais, o desempenho anual do faturamento continua sendo impulsionado pelas atividades de Fabricação de Produtos de Metal (9,77%) e Alimentação (6,75%). Entretanto, cabe destacar a forte desaceleração observada na atividade de Móveis e Diversas, com queda de 11,6% no acumulado dos oito primeiros meses de 2011 frente à igual período do ano passado.

Já no que se refere ao emprego, o movimento de crescimento observado na série anual foi impulsionado unicamente pela atividade de Alimentação, com variação de 1,32%. A Alimentação também é o destaque da utilização de capacidade instalada, com 75,44%, seguida por Vestuário e Acessórios (74,02%) e Fabricação de Produtos de Metal (69,56%). Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentação de Brasília (Siab), Paulo Sérgio Dias Lopes, a explicação está no fato de que o segundo semestre é, tradicionalmente, mais propício a investimentos pelo setor. “Já em agosto, as panificadoras começam a se preparar para o fim do ano, período em que as confraternizações e festas familiares demandam maior produção alimentícia. Assim, começamos a contratar e a preparar nossa capacidade instalada”, explica.

Patrick Selvatti
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do DF (Fibra)