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Fibra realiza curso sobre mercado de carbono

CRI_5188Estudos recentes demonstram o evidente aquecimento do sistema climático. Esse fenômeno climático afetará a oferta de alimentos, com a redução da capacidade de produção mundial de grãos, o aumento do nível do mar e de doenças transmitidas por mosquitos, em função das chuvas, entre outros. Diante disso, o mundo está em estado de alerta e diversas entidades buscam soluções para amenizar o cenário universal. No Distrito Federal, a Fibra realizou, em parceria com a CNI, nos dias 23 e 24 de novembro, a Capacitação em Mercado de Carbono. O evento teve a finalidade de possibilitar aos participantes uma noção geral sobre os projetos de créditos de carbono (certificados emitidos para uma pessoa ou empresa que reduziu a sua emissão de gases do efeito estufa) e o seu potencial de negócios no mercado internacional. A finalidade é incentivar formas renováveis de energia, novas tecnologias para o transporte e a indústria, expandir florestas e evitar o desmatamento.

A capacitação buscou, ainda, apresentar os aspectos básicos relativos às mudanças climáticas e seus efeitos para a atividade econômica, além de informar sobre os acordos internacionais, que impõem metas obrigatórias e voluntárias para diversos países, visando a redução da emissão de gases de efeito estufa. O consultor Rodrigo Fagundes Gatti explica que, diante dos problemas causados pela emissão de carbono, várias nações do mundo aderiram ao maior acordo que se fez sobre a convenção do clima, o Protocolo de Kyoto. “Eles viram que o homem tinha uma interferência perigosa e queria controlar esses gases. Algumas nações notaram a necessidade de modificar suas atividades, só que pra ajudar e favorecer um pouquinho criou mecanismos de mercado de flexibilização que você pode trocar e obter créditos de carbono.

CRI_5322Atualmente, 57 países são responsáveis por 90% das emissões e as metas apresentadas são insuficientes para conter a elevação de 3,9°C na temperatura da terra, até o ano de 2.100. O Brasil é hoje o quinto maior emissor de Gases de Efeito Estufa (GEE), motivado, sobretudo, pelo desmatamento da Amazônia. Apesar não possuir meta obrigatória de redução desses gases, o País estabeleceu uma meta voluntária de reduzir em 35,7% as emissões até 2020. Segundo a assessora de Assuntos de Meio Ambiente da Fibra, Ana Paula Pessoa, “reside aí a importância de desenvolver nos participantes as competências requeridas para identificar possíveis oportunidades em que sejam pertinentes a aplicação de projetos que viabilizem o desenvolvimento sustentável e limpo, de acordo com as metodologias estabelecidas internacionalmente para este fim”.

A expectativa da Fibra é que tanto os representantes do setor produtivo quanto consultores e entidades parceiras tenham sido motivados a acompanhar e a se envolver cada vez mais com o tema relacionado ao mercado de carbono, demonstrando que é possível gerenciar o seu negócio de maneira inovadora e lucrativa, integrando resultados financeiros ao cuidado com o meio ambiente e a sociedade.  “Se modificarmos a forma de produzir, com tecnologias diferentes ou com modos diferentes preocupados com emissão desse gás, conseguiremos reduzir muito essas emissões”, conclui Gatti.

 

Patrick Selvatti
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do DF (Fibra)
Fotos: Cristiano Costa