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Indústria se apresenta como boa opção para universitários
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- Publicado: Terça, 07 Fevereiro 2012 01:00
Brasília entra numa rota de boas oportunidades de emprego, mas o momento é extremamente propício para o empreendedorismo. Essa é a análise do presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Antônio Rocha, apresentada nesta segunda-feira (6) em palestra na aula inaugural dos novos alunos da Upis – Faculdades Integradas. “Não somos uma cidade meramente administrativa. Temos um setor produtivo em desenvolvimento que absorve muitos profissionais e está conquistando cada vez mais espaço em concorrência com o setor público”, ele observou.
Números comprovam a tese do líder empresarial. Segundo o Dieese, a taxa média de desemprego na Capital da República fechou 2011 em 12,4%, contra os 13,6% apurados em 2010. O Produto Interno Bruto do Distrito Federal (PIB) referente ao ano de 2010, por exemplo, mostra alta de 3,6% em 2010 frente ao ano anterior, com resultado impulsionado pelo crescimento de 7,5% do setor industrial e apenas 3,3% de serviços. “A economia do DF – tradicionalmente pautada no serviço público - necessitará de outra fonte de crescimento. Neste caso, o setor industrial se mostra como boa alternativa”, avaliou o presidente da Fibra, lembrando que o parque industrial do DF pode parecer incipiente aos olhos nus, mas tem forte vocação para a indústria não-poluente. “A construção civil pungente e a iminência do Parque Tecnológico Capital Digital são nossas maiores bandeiras, mas o terreno é fértil para plantios diferentes”, ele explica.
Por outro lado, Antônio Rocha acredita que o momento seja extremamente propício para o empreendedorismo. Em 2010, a Taxa de Atividade Empreendedora (TEA) foi a mais alta desde o início da realização da pesquisa no País. “É importante que os estudantes brasileiros tenham visão para os negócios. O empreendedor é o grande ator do crescimento econômico e do desenvolvimento sustentável de uma nação”As notícias são as melhores para quem está entrando no mercado. A tendência para os próximos anos é de maior diminuição no desemprego, principalmente em decorrência das copas das Confederações, do Mundo e das Olimpíadas. Levantamento realizado pelo Sebrae aponta que, no DF, os nichos em expansão nos próximos anos são a construção civil, a tecnologia da informação e as áreas ligadas ao turismo. “Seja como empregado ou como patrão, não há espaço para desemprego se houver capacitação e motivação”, conclui Rocha.
A plateia da Upis estava formada por futuros administradores, agrônomos, contabilistas, economistas, advogados, veterinários, secretários, turismólogos, zootecnistas, geógrafos e historiadores - jovens ávidos por um panorama do mercado de trabalho atual da Capital Federal.
Texto: Patrick Selvatti
Fotos: Cristiano Costa