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Antônio Rocha chega a Índia com Dilma Rousseff

O presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Antônio Rocha, é um dos empresários brasileiros que faz parte da comitiva que acompanha a presidente Dilma Rousseff em sua missão à Índia (foto). Ela vai participar, de 28 a 30 próximos, em Nova Delhi, da reunião de cúpula dos BRICS, o grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em paralelo, haverá uma reunião de empresários em que o Brasil pretende oferecer aos indianos investimentos em setores como energia, infraestrutura, agronegócio, biocombustível e tecnologia da informação (TI). “A indústria do DF vem promovendo, nos últimos meses, sob liderança da Fibra, importantes movimentos para mostrar ao mercado externo os atrativos de se investir na capital brasileira. Ao mesmo tempo, programas do governo federal têm servido de balizadores para que os empresários possam buscar novas oportunidades de negócios internacionais. E, nessa via de mão-dupla, se possibilita infinitas opções para os empresários brasilienses e para os investidores estrangeiros”, explica Rocha.

O Brasil quer ampliar a corrente de negócios com a Índia, que no ano passado superou os US$ 9 bilhões. Para isso, um grupo de 60 empresários brasileiros se reunirá com os colegas indianos, sob a liderança do vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Tigre, que preside o Conselho Temático de Relações Internacionais da entidade e participa do painel Incremento da Conectividade Financeira para o Aumento do Comércio e Investimentos, amanhã. Segundo a CNI, um dos grandes trunfos do Brasil para aumentar os investimentos indianos é que seis dos 15 maiores projetos mundiais em andamento no setor de energia elétrica estão no país, totalizando R$ 55,6 bilhões. Tais investimentos representam oportunidades para empresas dos BRICS, que podem se habilitar a fornecer tecnologia, máquinas e equipamentos. Há também oportunidades em todo o setor de infraestrutura, já que o Brasil fará obras em portos e aeroportos.

Para o DF, que alinhava o Parque Tecnológico Capital Digital (PTCD), mostrar aos investidores indianos o plano de trabalho significa a possibilidade de atrair empresas daquele país. Nesse sentido, ainda compõe a comitiva brasiliense o assessor especial do Governo do Distrito Federal (GDF), Gastão Ramos, responsável pela implantação do pólo. “Com o parque tecnológico funcionando a pleno vapor, as exportações do DF darão um salto bastante significativo”, avalia Ramos, que também integra a diretoria executiva da Fibra. 

O saldo exportado pelo Distrito Federal no acumulado do ano de 2011 totalizou US$ 184,23 milhões. Este foi o maior saldo exportado pelo DF em toda a sua história. O valor alcançado representa crescimento de 20,56% na comparação com o ano de 2010. Entretanto, a Índia tem pouca participação nessas compras. Por outro lado, as importações da Índia para a Capital Federal, em 2011, marcaram 7% do total – o que também não é significativo. “A partir dessa oportunidade esse cenário pode mudar, tornando mais forte e eficaz essa relação de comércio exterior”, avalia Rocha.

Texto: Patrick Selvatti

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR