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Produtos básicos elevam exportações do DF

IndustriaBrasiliaFOTOMikeRonchiFibraUnicom1As vendas internacionais do DF totalizaram US$ 13,38 milhões em fevereiro. Frente a janeiro, houve recuo de 8,1%. Apesar da queda, esse é o melhor resultado para o mês nos últimos quatro anos. Em comparação com fevereiro de 2011, por exemplo, as vendas externas cresceram 64,8% (US$ 8,12 milhões) no total exportado. O aumento em relação ao ano passado foi impulsionado, principalmente, pelo crescimento das vendas de produtos básicos (+89%), aqueles que, segundo a assessoria técnica da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), representam bens de baixo valor, cuja cadeia produtiva é simples e que sofrem poucas transformações (como grãos, agricultura e carnes in natura).

Já no acumulado do primeiro bimestre do ano, as exportações avançaram 39,6% em relação a igual período do ano passado. Pesou nesse resultado o crescimento das vendas classificadas como Operações Especiais (51%). Essas operações são caracterizadas, ainda pela assessoria da Fibra, como os bens sem maiores detalhamentos, como encomendas postais, doações e combustíveis e lubrificantes para aeronaves que embarcam a partir de Brasília. "Nossa pauta ainda é baseada em produtos não-industrializados e embarques especiais. Mas não podemos desprezar o aumento considerável de produtos semi e manufaturados que vendemos para fora", observa o presidente da Fibra, Antônio Rocha. O empresário refere-se ao aumento de 48,8% na exportação de produtos industrializados do DF em fevereiro deste ano frente ao mesmo mês do ano passado.

Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Segundo análise da Fibra, para os próximos meses espera-se crescimento moderado das exportações, mas irá depender do ritmo de recuperação econômica dos EUA, da Europa e da Ásia. A Arábia Saudita continua sendo o principal parceiro comercial do DF, sendo responsável por 21,47% do saldo exportado; os Estados Unidos ocupam a segunda posição, com 14,21%. A mudança fica por conta da troca de posições entre Portugal e Emirados Árabes, que registraram 9,75% e 9,12%, respectivamente. Já na quinta posição houve a entrada do Kuait com 6,69% das exportações.

Já as importações do Distrito Federal alcançaram US$ 77,93 milhões em fevereiro, registrando, com isso, queda de 29,5% frente ao mês anterior. Contudo, na comparação com igual mês de 2011, o saldo importado cresceu 46,5%. Cabe destacar que esse resultado foi impulsionado pela importação de produtos industrializados, com aumento de 48,8% no período.

No acumulado do bimestre janeiro-fevereiro, as importações totalizaram US$ 188,42 milhões. Frente a igual mês do ano passado, o saldo importado aumentou 39,5%. Esse resultado foi determinado pelo crescimento 41,4% da importação de bens industrializados.

Analisando-se a pauta de importação, nota-se que os itens medicamentos e produtos químicos são maiores responsáveis pelo saldo importado no primeiro bimestre do ano (US$ 66,94 milhões). Logo a seguir vieram os itens Energia Elétrica (US$ 7,46 milhões), Coque de petróleo (US$ 7,35 milhões), Inseticidas (US$ 3,18 milhões) e Aparelhos de Radionavegação (US$ 2,35 milhões).

Cinco países concentram 63,3% do total importado. Os EUA (20,89%) ocupam o primeiro lugar nesse ranking, seguido pela Áustria (17,09%), China (8,76%), Alemanha (8,70%), Índia (7,94%).

 

Patrick Selvatti
Fotos: Mike Ronchi
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