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Construção civil está otimista para os próximos seis meses
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- Publicado: Segunda, 04 Junho 2012 00:20
A expectativa da realização de novos empreendimentos num breve futuro tem elevado o otimismo dos empresários da Construção Civil do DF. Segundo a Sondagem Indústria da Construção, realizada pela Fibra em parceria com o Sinduscon-DF e com a CNI, as perspectivas do setor para os próximos seis meses são positivas, o que manteve todos os índices pesquisados acima da linha divisória dos 50 pontos.
De acordo com o levantamento, o indicador de novos empreendimentos e serviços alcançou 61,1 pontos em abril, frente aos 56,6 pontos verificados na Sondagem de março. A boa expectativa do empresariado também pode ser confirmada mediante o indicador acerca das compras de insumos e matérias-primas, que atingiu 60,6 pontos, também acima do índice anterior (59,9 pontos).
Os indicadores que apontam o nível de atividade e a perspectiva do número de empregados para os próximos seis meses também estão elevados: 56,4 pontos e 55,1 pontos, respectivamente. Vale lembrar que a metodologia da pesquisa utiliza o intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam aumento nas expectativas e, claro, os abaixo de 50 revelam queda.
Segundo os técnicos da Fibra, o otimismo da construção civil pode estar ligado aos anúncios de verbas públicas destinadas às obras de infraestrutura, como o PAC da Mobilidade, que prevê a o montante de R$ 2,2 bilhões para a Capital Federal, anunciado recentemente. “Isso ativa o ‘ânimo’ do empresário, uma vez que cria um cenário positivo para o setor”, analisam os técnicos da Federação.
Contudo, embora a pesquisa contenha dados positivos quanto ao futuro, os números relacionados ao presente mostram que a indústria da construção civil não vive um bom momento. O indicador que mede o nível de atividade do setor caiu para 44,4 pontos em abril frente aos 47,2 pontos apurados em março. O cenário também é negativo quando se verifica o nível da atividade em relação ao usual: 41,3 pontos contra 47,1 registrado em março (neste caso, compara-se o desempenho do setor frente a iguais períodos dos anos anteriores). Além disso, o indicador sobre o número de empregados ficou em 48,8 pontos, ligeiramente menor que os 49 pontos do mês imediatamente anterior e abaixo dos 50 pontos, que indica queda na contratação.
“Levando em consideração que a Sondagem verificou queda nos três indicadores relacionados ao momento atual, confirma-se um quadro de desaceleração do setor”, avaliam os técnicos da Fibra. A queda na atividade e na contratação de mão de obra pode ser explicada pela estagnação das demandas do governo nos quatro primeiros meses do ano, período em que houve retração nos indicadores.
Suzana Leite
Assessoria de Imprensa
Unidade de Comunicação e Marketing (Unicom)
Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra)