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Indústria do DF cresce, mas indicadores oscilam no ano

O setor industrial do DF registrou, em maio, comportamento positivo após crescer nas três variáveis levantadas pela Federação das Indústrias do DF (Fibra). Na comparação com abril, a indústria faturou 5,72% a mais; aumentou a abertura de postos de trabalho em 0,43%; e elevou a utilização da capacidade instalada em 0,55 ponto percentual. Contudo, ainda não é possível identificar uma tendência do setor para o ano, uma vez que o cenário vivido pela indústria do DF é caracterizado pela instabilidade de vendas, que seguem oscilando entre momentos de crescimento e queda. Os dados fazem parte da Pesquisa Indicadores de Desempenho da Indústria, realizada em parceira com a CNI e com o apoio do Sebrae-DF.

“Em outros estudos realizados pela Fibra, podemos apurar queda significativa na confiança do empresário da indústria em relação à economia local e do País. Isso faz com o que o empresário tenha receio na hora de investir e de expandir seu negócio. Assim, ele produz apenas para recompor estoques, o que, certamente, tem feito oscilar os indicadores do setor”, analisa o presidente da Fibra em exercício, José Luiz Diaz Fernandez.

O faturamento industrial cresceu 5,72% em maio na comparação com o mês anterior. Com esse resultado, o setor recuperou parte da queda observada em abril (-6,44%). Já na comparação com igual mês do ano passado, houve crescimento de 10,12%. No acumulado do ano até maio, o faturamento cresceu 11,25% se comparado a igual período do ano passado.

O crescimento da taxa anual vem sendo puxado pela expansão da maioria das atividades pesquisadas (quatro das seis), merecendo destaque Alimentação (+23,35%), por conta do aumento nas vendas de grãos para outros estados e países.
No mês de maio, o emprego industrial elevou-se em 0,43% frente a abril. Apesar do avanço, o ritmo de crescimento vem perdendo força nas demais bases comparativas. Comparativamente a abril de 2011, o contingente de empregados cresceu 2,56% ante os 2,90% do comparativo anterior. Além disso, no acumulado até maio, em relação a igual período do ano passado, houve expansão de 4,27%, ante os 4,70% acumulados até abril.

A utilização da capacidade instalada da indústria brasiliense, por sua vez, aumentou 0,55 ponto percentual na passagem de abril para maio. Apesar do avanço, o setor continua operando abaixo do nível observado em 2011. Frente a maio de 2011 houve queda de 1,19 p.p. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, a redução do índice foi de 1,22 p.p.

Setorialmente, os maiores destaques, em termos anuais, foram às atividades de Alimentação (de 76,52% para 71,93%) e Fabricação de Produtos de Metal (de 71,70% para 69,50%), comparativamente a igual período de 2011.