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Fibra discute ações para melhorar educação no DF e no Brasil
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- Publicado: Terça, 27 Agosto 2013 00:00
Discutir e repensar a educação no Distrito Federal, buscando em ações de curto prazo para oferecer aos jovens conhecimento, competências e habilidades indispensáveis ao desenvolvimento pessoal como cidadão e como agente produtivo, contribuindo assim para que a indústria brasileira se insira em dinâmica de inovação e aumente a sua competitividade no cenário internacional.
Este é o objetivo do projeto Educação para o Mundo do Trabalho, desenvolvido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em todos os estados do Brasil e aplicado no Distrito Federal pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), coordenado pelas áreas de educação do Sesi, Senai e IEL. No DF, o projeto dá primeiro passo amanhã (28/8), em evento no auditório do edifício-sede da Fibra a partir das 9h.
Na ocasião, com a presença de reitores e gestores de universidades e faculdades, gestores públicos da área de educação, governo local, organizações não governamentais, empresários, e formadores de opinião do sistema educacional do DF, o professor Ricardo Martins ministrará palestra para com o objetivo de desenvolver estratégias de ação e de mobilização de parceiros da sociedade civil e dos setores produtivos e governamentais em prol da construção de uma agenda para melhorar a educação no Distrito Federal e no Brasil. Todos estes participantes serão convidados a aderirem ao projeto e a apresentar propostas para a construção do documento nacional.
O Projeto
O Educação para o Mundo do Trabalho é voltado a três grupos da população: jovens entre 18 e 24 anos que estão no ensino médio, jovens entre 18 e 24 anos que não estudam e nem trabalham, e trabalhadores da indústria que não possuem ensino médio. São, ao todo, 16,4 milhões de pessoas, das quais 8,7 milhões são jovens que estão no ensino médio e outros 2,1 milhões fora da escola e sem emprego, além de 5,6 milhões de industriários. Desses últimos, 81 mil são analfabetos, 2,6 milhões tem ensino fundamental incompleto, 1,8 milhão tem ensino fundamental completo e 1,1 milhão tem ensino médio incompleto.
As ações propostas deverão apresentar resultados de curto prazo, em ciclos de 12 e 24 meses, e prever, por exemplo, caminhos para a melhoria do desempenho dos jovens e dos trabalhadores em língua portuguesa e matemática. Precisarão ainda ampliar os compromissos da sociedade com a qualidade da educação, valorizar os professores e promover a articulação entre empresas e escolas.
O diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, afirma que, para a indústria brasileira avançar, é necessário promover um salto na qualidade da educação escolar básica, sobretudo em questões centrais, como domínio da língua portuguesa, da matemática e de ciências. O projeto da CNI, que busca resultados imediatos, se somará às iniciativas de médio e longo prazos de governos e outras organizações para melhorar a educação. "Estamos nos mobilizando para que a geração atual tenha melhores oportunidades no mundo do trabalho e contribua para a modernização e a competitividade dos diversos setores econômicos", explica Lucchesi.
Formação e desenvolvimento
Relatório de 2012/2013 sobre competitividade global, organizado pelo Fórum Econômico Mundial, mostra que, apesar de uma ligeira melhora nos últimos anos, da 64ª para a 48ª posição, o Brasil ainda ocupa patamar pouco favorável no conjunto de 144 países estudados. Ao desagregar os componentes da competitividade, o relatório mostra que a maior fragilidade do Brasil está na qualidade da educação. No que diz respeito à qualidade do ensino fundamental, entre os países estudados, o Brasil ocupa a 126ª posição. Na qualidade do sistema de ensino médio e superior e de treinamento, a posição é a 116ª.
Outro dado importante é a variação do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), divulgado esta semana. Nos últimos 20 anos, o Brasil avançou do patamar muito baixo (0,493 em 1991) para alto (0,727) no indicador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Mas ainda é no subíndice educação que o país registra o pior número (0,637), enquanto renda e longevidade alcançaram 0,739 e 0,816, respectivamente.
Continuidade
Depois das reuniões estaduais, a CNI lançará, em parceria com atores locais e nacionais, o movimento da Educação para o Mundo do Trabalho. Nesse encontro, a instituição anunciará prêmios a serem entregues no próximo ano para as instituições que se destacarem no desenvolvimento das ações estabelecidas no projeto.
O caráter permanente do movimento será assegurado pelo acompanhamento das ações dos atores locais pelos representantes regionais do SESI, do SENAI e do IEL, que formarão uma rede interna de Educação para o Mundo do Trabalho.
Nilson Carvalho
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Distrito Federal - Fibra