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Fibra e UCB apoiam a internacionalização industrial
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- Publicado: Segunda, 02 Dezembro 2013 00:00
Convênio entre a Federação e a Universidade promove a aproximação academia/empresa, resultando na elaboração de Planos de Marketing Internacional, com o objetivo da entrada de indústrias brasilienses no comércio exterior
As exportações brasilienses cresceram incríveis 840% em dez anos, compreendendo o período de 2002 a 2012, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em valores, as vendas externas saltaram de R$ 27 milhões para R$ 229 milhões. A informação é positiva, uma vez que se percebe o maior interesse do empresariado local quando o assunto é internacionalização. Contudo, urge a necessidade da expansão da pauta de produtos exportados no DF, concentrada, hoje (98%), na comercialização de frango e miudezas; soja; e combustíveis de aeronaves.
Pensando neste viés, a Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) e a Universidade Católica de Brasília (UCB) firmaram parceria de cooperação técnica, com o objetivo de apoiar o processo de internacionalização das indústrias do DF. O acordo prevê a aproximação entre a academia/empresa, trazendo o conhecimento e a pesquisa intrínsecos da universidade para dentro das fábricas, partindo da análise do processo de produção das indústrias.
A proposta é que alunos do curso de Relações Internacionais da Universidade possam, a partir de dados colhidos das empresas indicadas pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fibra, elaborar um Plano de Marketing Internacional (PMI), apresentado e entregue, gratuitamente, ao proprietário do negócio.
Com o PMI em mãos, o empresário poderá pensar não somente no mercado interno, mas ampliar as perspectivas de negócio da empresa, visando o mercado externo, como grande oportunidade de competitividade. Para tanto, o Plano trás análise da empresa e do produto. Com essas informações, é proposto o tipo de internacionalização, tais como exportação; licenciamento; joint-venture; investimento externo direto. O PMI aborda, ainda, a escolha do melhor mercado externo para entrada do produto, com a análise dos ambientes econômico, político, tributário e cultural do mercado externo, além de uma pesquisa acerca da logística. Por fim, o PMI ainda trás um projeto de promoção do produto no mercado externo (propaganda e publicidade), e o orçamento financeiro da proposta.
Até o momento, nove empresas locais foram beneficiadas com a elaboração do Plano, sendo que três delas receberam o PMI entre os dias 26 e 28 de novembro, em reuniões realizadas no edifício-sede da Federação.
"Naquilo que se pretende, esta parceira tem alcançado seus objetivos. Grandes nações têm um conjunto de parcerias entre o setor privado, o governo e a academia. A universidade produz conhecimento, o setor privado é legítimo quando tratamos de interesses, e o governo precisa ser o mediador desse encontro. Coloco, portanto, o conhecimento da Universidade Católica de Brasília, à disposição do setor industrial do DF, por meio da sua entidade representativa, que é a Fibra", disse o diretor do Curso de Relações Internacionais da UCB, Ironildes Bueno, durante a entrega do Plano à empresa Unidi, do empresário Márcio Franca.
Na oportunidade, Franca contou aos presentes que já havia tido uma experiência de internacionalização, com a venda de biquínis, há cerca de dez anos, com o Consórcio Flor Brasil. "Agora, será a minha primeira tentativa de inserção no mercado de trabalho sem que seja feito em forma de consórcio, com outras empresas. Para isso, esse Plano terá grande importância nesse novo passo que darei na minha vida empresarial", declarou o empresário do ramo de vestuário, diante dos alunos da UCB.
Já Gilberto Rossi Júnior, da Rossi Produtos Inteligentes – também beneficiada pela parceira, falou que o a empresa está retomando a intenção de exportar e, portanto, o PMI é bem-vindo neste momento. "Atualmente, 10% do faturamento bruto mensal da Rossi é proveniente de exportações. Mas as vendas externas já representaram 30% deste montante. Queremos entrar, novamente, no comércio exterior, e abocanhar novos mercados", ressaltou Júnior. E finalizou: "Queremos ser o nº 1 na América do Sul em automatização de portões".
A terceira empresa a receber o Plano de Marketing Internacional foi a confecção Umana, da empresária Walquiria Aires. Com uma proposta de produção de camisas femininas com alto nível de exclusividade nas peças, a empresária foi apresentada ao Plano e reagiu reforçando a importância do contato entre o setor industrial e a academia. "Esta ligação com a universidade é muito importante para o desenvolvimento industrial, abrindo espaço para que soluções aumentem a competitividade das empresas", afirmou Walquiria, que completou: "Minha empresa pode ser pequena, mas minha cabeça não pode ser pequena", reforçando a importância da abertura do industrial para a discussão de projetos e processos com a participação das universidades.
Um novo processo seletivo será aberto às empresas industriais no próximo ano, mais precisamente no mês de fevereiro. Mais informações no Centro Internacional de Negócios (CIN), no número: 3362-6122.
Suzana Leite
Assessoria de Imprensa
Foto: Nilson Carvalho
Federação das Indústrias do Distrito Federal - Fibra