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Indústria do Distrito Federal está desaquecida

Levantamento realizado pela Federação das Indústrias do DF (Fibra) revela que a produção do parque fabril brasiliense iniciou 2014 em queda. O índice que acompanha a evolução da produção industrial passou de 45,5 pontos em dezembro para 43,7 pontos em janeiro, confirmando, portanto, a retração do nível de atividade do setor, com o indicador abaixo da linha divisória dos 50 pontos.

A Sondagem Industrial – feita com a parceira da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) situou-se em 62% em janeiro, abaixo do nível usual para o mês. Consequentemente, observa-se que os estoques de produtos ficaram acima do planejado (51,7 pontos) no período, após permanecerem 16 meses abaixo dos 50 pontos.

No entanto, o indicador de evolução do emprego industrial marcou os 50 pontos, após quatro meses abaixo da linha divisória, mostrando estabilidade nos empregos. Este dado sinaliza que os empresários esperam a reversão do cenário de retração, uma vez que estão mantendo o quadro de funcionários.

O dado é corroborado pelos indicadores de expectativas. Os entrevistados apontaram que pretendem contratar, já que as perspectivas do número de empregados para os próximos seis meses passou de 48,9 pontos para 52,9 pontos.
Também são otimistas as expectativas quanto às Demandas de Produtos (57,6 pontos) e quanto às Compras de Matéria-prima (53,7 pontos). Somente as perspectivas em relação à Quantidade Exportada estão abaixo da linha divisória (39 pontos).

Sondagem da Construção Civil

O cenário da Construção Civil acompanha a queda verificada nos demais setores industriais do DF. Em 2014, a construção civil marcou os 38,6 pontos no indicador do Nível de Atividade, evidenciando o desaquecimento do setor. Esse é o segundo menor índice registrado desde o início da serie em dezembro de 2009.

A retração no quadro de trabalhadores também foi evidenciada pela Sondagem. O indicador do número de empregados situou-se em 43,4 pontos, completando um ano abaixo dos 50 pontos.

Além disso, todos os indicadores de expectativas da construção civil tiveram queda, mostrando que o otimismo dos empresários do setor está menos disseminado. A perspectiva para o Número de Empregados caiu de 52,4 pontos para 48,4 pontos. Os empresários também estão menos confiantes em relação a Novos Empreendimentos e Serviços, que passou de 54,2 pontos para 49,1 pontos.

Já os indicadores de Compras de Insumos e Matérias-Primas (de 52,3 pontos para 51,3 pontos) e Nível de Atividade (de 51,6 pontos para 50,7 pontos) permaneceram acima da linha divisória, mas registrando retração na comparação com o mês anterior.

Suzana Leite 

Foto:Cristiano Costa
Assessoria de Imprensa

Federação das Indústrias do Distrito Federal - Fibra