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Condições atuais preocupam empresários da Indústria

Índice de Confiança revela pessimismo no setor em relação à economia e a própria empresa


O cenário econômico do País não anda dos mais promissores. Os instrumentos de política monetária não têm conseguido conter a inflação. Nos 12 meses até junho, o IPCA acumula alta de 6,52%, já acima do teto da meta estipulada pelo governo. Na última reunião do Copom, a Selic foi mantida em 11% ao ano pela segunda vez consecutiva. Não obstante, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostrou expansão praticamente nula de emprego no mês de junho (0,06%).


Ainda segundo Informe Conjuntural divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira (24/7), a economia brasileira crescerá apenas 1% neste ano. De acordo com a entidade, ‘a modesta expansão será resultado do crescimento de 1,5% do setor de serviços, da alta de 2,3% da agropecuária e da queda de 0,5% da indústria’.


Pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), em parceria com a CNI, mostra que as Condições Atuais, em especial, têm preocupado o industrial brasiliense. De acordo com o levantamento, o Índice de Confiança do Empresário Industrial do DF (ICEI-DF) situou-se em 47,6 pontos em junho, há três meses, portanto, abaixo da linha divisória dos 50 pontos, o que indica falta de confiança do empresário local. O valor representa recuo de 4,8 pontos em relação ao mesmo período do ano passado.


A piora do ICEI tem sido puxada pelas Condições Atuais (36,2 pontos). A pesquisa mostra que os empresários estão preocupados tanto com a economia do DF (33 pontos), quanto com a situação da própria empresa (38,5 pontos).
Segundo os técnicos da Fibra, “inflação alta e baixo crescimento econômico têm abalado a confiança na economia e contribuído com o pessimismo do empresário da indústria não só no DF, mas em todo o País. Corroboram para isso os juros altos e a desaceleração da produção industrial, que afetam o emprego, aumentam a inadimplência e diminuem o consumo”.


Já no curto prazo, as expectativas do empresário voltou a se situar acima dos 50 pontos (52,9). O otimismo do industrial para os próximos seis meses cresceu em função da confiança depositada no futuro da própria empresa (55,3).

Suzana Leite
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do DF (Fibra)