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Rollemberg compromete-se a ouvir a indústria em sua gestão

A Federação das Indústrias do DF (Fibra), recebeu na manhã desta quinta-feira (16/10) o postulante ao Buriti, Rodrigo Rollemberg (PSB). O evento faz parte do 'Encontro com Candidatos ao Governo do Distrito Federal – A Indústria em Foco' realizado pela Casa neste segundo turno das eleições. Na ocasião, Rollemberg apresentou suas propostas para o desenvolvimento da indústria e da economia local e, em sequência, foi sabatinado pelos empresários presentes sobre os gargalos que travam a competitividade das empresas instaladas na capital federal - cerca de 200 pessoas lotaram o auditório do edifício-sede Fibra. Ainda ontem, os empresários do setor tiveram a oportunidade de ouvir o candidato Jofran Frejat (PR).

Na ocasião, Rollemberg foi enfático ao assumir o compromisso de que 'nenhuma medida que afete o empresariado do Distrito Federal será tomada sem ouvir o setor produtivo'. Ele explicou que consultará o setor 'em decisões que permeiam desde a indicação de secretários a qualquer outra medida, seja ela de caráter legal seja de caráter administrativo'.

A afirmação vem ao encontro do pedido do presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar, feito durante seu discurso. "Gostaria que a indústria continuasse a participar, efetivamente, de todos os projetos que impactassem direta ou indiretamente o setor produtivo", ressaltou o presidente.

Rollemberg acrescentou: "Nós sabemos da importância do setor produtivo para o desenvolvimento do DF. Não posso, como uma pessoa comprometida com Brasília, concordar que, enquanto a região Centro-Oeste cresceu 3,3% no ano passado, o DF tenha crescido apenas 1,1%. Enquanto a taxa de desemprego a taxa de desemprego no Brasil está de 7%, o DF está em 12%". O candidato antecipou que criará um ambiente de empreendedorismo e inovação. "Esse é o nosso compromisso. Eu não seria candidato a governador para fazer mais do mesmo, eu sou candidato para fazer diferente, mas eu gostaria muito de contar com o setor produtivo para que eu possa fazer uma Brasília melhor".

Outras reinvindicações foram feitas para o candidato. Ainda em seu discurso, Jamal solicitou, abertamente que, se eleito for, Rollemberg esteja atento à pontualidade de pagamento de contratos feitos para o governo local, problema que tem afetado negativamente o caixa e a manutenção das indústrias. "Temos empresas do setor que tem mais de seis meses que não recebe fatura do Estado, e tem que buscar recursos - a juros módicos de 30% ao ano no mercado - para suprir atraso de pagamento. É contratado, tem que ser pago. Pontualidade é no dia".

Além disso, o anfitrião citou uma proposta de governo de Rollemberg que contempla uma das necessidades do parque fabril brasiliense. "Tivemos a oportunidade de estudar e esmiuçar o seu plano de governo. Lá consta o 'estímulo ao desenvolvimento de empresas de Brasília por meio do estabelecimento de preferência nas compras governamentais para empresas locais'. Gostaria, portanto, do comprometimento do senhor na preferência das compras do Estado com as empresas do DF. Isso será um grande impulso que o senhor dará para a economia de todo o do DF", finalizou.

Além das considerações do presidente da Fibra, o postulante ao Buriti assistiu a um vídeo sobre temas prioritários e as propostas de ações estratégicas para o desenvolvimento da indústria local nos próximos anos. O vídeo é um resumo da publicação a Pauta da Indústria, produzida pela Fibra e dirigida especialmente àqueles que ocuparão os cargos dos poderes Executivo e Legislativo a partir de 2015. A publicação foi entregue ao candidato na ocasião e trata sobre temas como Política Industrial e Regulação Econômica; Tributação; Relações do Trabalho; Infraestrutura; Inovação; e Meio Ambiente. Rollemberg também foi sabatinado pelos empresários, respondendo a perguntas enviadas pelo público presente.

Outro assunto levantado pelo candidato foi a reflexão que deve ser feita sobre as vocações econômicas do DF. Segundo Rollemberg, é uma necessidade do DF ter uma economia diferenciada. "Dentro de uma economia tradicional o DF não concorrerá sequer com o estado de Goiás. Lá, os terrenos, a mão de obra e os insumos são mais baratos. O tipo de atividade econômica que nós podemos ter e que qualifique o desenvolvimento do DF são os da área de ciência, tecnologia, inovação; turismo; e economia criativa", ressaltou. Para ele, o desenvolvimento dessas áreas vai gerar um mercado qualificado, bem remunerado e, com isso, contribuir para o desenvolvimento para o conjunto das outras atividades industriais tradicionais do DF.

Sobre o gargalo da falta de mão de obra qualificada para atender a indústria do DF, o candidato disse que ofertará mais '10 mil novas vagas de ensino técnico, ampliando parceria com o IFB'.

Rollemberg respondeu, ainda, perguntas sobre tributação, fábrica social, áreas de expansão econômica, alvarás, Lei de Inovação, Parque Capital Digital, entre outros.

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Suzana Leite
Assessoria de Imprensa do Sistema Fibra
e-mail: suzana.leite@sistemafibra.org.br
Fotos: Nilson Carvalho