Novo coronavírus afeta confiança do empresário industrial do DF

Confiança ainda é positiva, mas Covid-19 já afeta expectativas para os próximos seis meses
 

Os dados do Índice de Confiança do Empresário Industrial do Distrito Federal (Icei-DF) do mês de março mostram efeito da pandemia do novo coronavírus na expectativa da indústria. Após cinco meses de crescimento, iniciado em outubro de 2019, o índice recuou 2,9 pontos frente a fevereiro e fechou o mês em 62,6, indicando que o empresário industrial está menos confiante para os próximos seis meses.

O recuo no Icei-DF é o terceiro maior para o mês de março desde o início da série histórica, em 2010. A queda foi puxada especialmente pelas expectativas para os próximos seis meses, que caíram 3,8 pontos, fechando março em 65,7. Neste componente do Icei-DF, o maior recuo foi em relação a economia local, de 69,7 para 64,9 pontos. A percepção sobre a economia nacional também caiu de 69,2 para 64,9 pontos e, quando questionados sobre a própria empresa, os entrevistados também demonstraram menos confiança — o índice passou de 69,2 para 66,1.

Sobre as condições atuais do negócio, outro componente Icei-DF, o índice em março foi 56,4 — queda de 1 ponto frente a fevereiro. Fazem parte desse dado os números referentes a economia brasileira (57,4) e do DF (55,9), que recuaram 1,2 ponto e as condições atuais da empresa, que tiveram recuo de 1 ponto, com o índice de março marcando 56,2.

No Icei-DF, a linha que divide a falta de confiança da confiança é a dos 50 pontos. Quando o índice está acima desta marca, o empresário mostra confiança.

Para o presidente da Federação das Indústrias do DF (Fibra), Jamal Jorge Bittar, a diminuição na confiança do empresário industrial já era esperada. “Estamos vivendo uma crise de saúde que impacta a economia global, influenciando as expectativas de negócios de qualquer tamanho, em todo o mundo”. Jamal ainda afirma que é importante que os governos local e federal tomem atitudes para minimizar os efeitos do coronavírus. “O governo do DF restringiu a circulação das pessoas na tentativa de diminuir a transmissão do vírus. Além disso, deu respostas na área econômica como a abertura de linhas de crédito especiais no BRB e o diálogo com o setor produtivo, com a criação de um grupo de discussão com os líderes empresariais. Atitudes assim devem ser mantidas e são fundamentais para construir confiança positiva nos empresários, mesmo em uma situação tão complexa”.

Os dados do Icei-DF foram coletados entre os dias 2 e 11 de março e ainda não foram influenciados pelos decretos do governo do DF que determinaram o fechamento de escolas, de espaços públicos e do comércio.

A pesquisa é feita pela Fibra, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Instituto Euvaldo Lodi do DF (IEL-DF).

Texto: Nilson Carvalho
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra

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