Festival Sesi Música premiou melhores artistas entre industriários do Distrito Federal
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- Última Atualização: Quinta, 10 Setembro 2015 19:41
Aroldo Moreira (ECT-DF) e Alana Dias (Caesb) representarão o DF em etapa nacional, em novembro. Luiz Melodia, Cia de Comédia SeteBelos e Miquéias Paz foram atrações do evento.
Entre correspondências e tratamento de água. Da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios-DF) e da Companhia de Saneamento Básico do DF (Caesb) saíram os dois grandes vencedores da edição local do Festival Sesi Música. Aroldo Moreira e Alana Dias garantiram o primeiro lugar nas categorias Música Inédita (Composição e Interpretação) e Música Não Inédita (Interpretação), respectivamente. Além do prêmio em dinheiro (R$ 3,5 mil), os dois trabalhadores da indústria do Distrito Federal já estão garantidos na etapa nacional do Festival, que será realizado em novembro.
O anúncio do resultado, na noite de sábado (27), no Centro Cultural Sesi, em Taguatinga, foi marcado pela emoção. “É uma sensação de esforço reconhecido, com o retorno do público. A expectativa para a final nacional é grande, mas o nível do DF nesse ano foi altíssimo e eu imagino que os outros estados devem estar prontos para tirar o nosso título”, observa Aroldo, que, em 2008, foi o grande vencedor nacional do Festival Sesi Música. “De qualquer forma, todos devem ser sentir premiados, porque este festival é uma excelente porta de entrada para quem deseja mostrar seu talento”, complementa o compositor da canção Eu tagarelaria, nós tagaleríamos. Para Alana, técnica operacional da Caesb, a sensação é de quem ainda não acredita no que aconteceu. “Não esperava nunca chegar até aqui, porque não canto profissionalmente como muitos dos meus concorrentes. Quem me convenceu a participar foi minha chefe e eu vim para me divertir um pouco. Mas, quando me deparei com o porte do Festival, com as oficinas todas de preparação, vi que era mais sério do que pensava”, avalia a intérprete da música Verde (Eduardo Gudin/ JC Costa Neto).
Incluindo Aroldo e Alana, o encerramento do Festival Sesi Música contou com dez candidatos, dos quais sete foram premiados. Na categoria Música Inédita, o segundo lugar coube a Kaiser Vidal (ECT-DF) um verdadeiro show man que levou a platéia ao delírio com sua performance da música Dayse, de sua autoria. “Para mim, é uma honra estar colado em um artista como o Aroldo Moreira na classificação geral e posso dizer que esse segundo lugar tem sabor de primeiro, porque o Aroldo é indiscutivelmente melhor. Com ou sem esse prêmio de R$ 2,5 mil, valeu a pena participar somente pela experiência”, elogia o empregado da ECT-DF. Já o terceiro lugar foi dividido entre duas atrações: a intérprete Nikita com a composição inédita Transformar o mundo (de Marta Regina Souza Gomes, também da ECT-DF), e a dupla sertaneja Renato e Rikelme, revelada pela Telemont Engenharia de Telecomunicação, com sua Madrugada Triste.
Na categoria Música Não Inédita, o segundo colocado foi Alexandre Lucena (ECT-DF), que emocionou a platéia com sua interpretação da música Memória da Pele, de João Bosco. Professor de História com passagem de seis anos pela Escola de Música de Brasília, Alexandre espera, agora, contar com o apoio da organização e do público do Festival para retomar sua carreira musical. “Quero me apresentar pelo DF afora e ganhar mais know how para estar aqui de novo ano que vem e brigar pelo primeiro lugar”, ele argumenta. A terceira colocada na categoria interpretação, Priscila Timo, ressalta que o grande diferencial deste Festival foi a preparação oferecida pela organização do evento. “As oficinas de interpretação e canto foram fundamentais para nosso desempenho e, ainda, possibilitou o nosso entrosamento”, conclui a analista comercial da Brasal Refrigerantes, que interpretou no palco a música Jeito de Amar (Alexandre Marron).
Escolha difícil Gospel, sertanejo, sampa, bossa nova, rap, samba e rock nas vozes de amadores talentosos e profissionais gabaritados. Uma mistura de sons, ritmos e estilos variados que dificultaram muito o trabalho dos jurados que passaram pelo Festival Sesi Música. “O talento desses candidatos é inegável. Mas, como se não bastasse o talento que já é nato, o Sesi-DF foi além disso, oferecendo oficinas que deixaram esses trabalhadores com porte de artistas prontos”, elogia a jurada Sandra Duailibi, compositora e intérprete brasiliense premiada pelo Grammy Latino. De acordo com o editor de cultura do Jornal de Brasília, Guilherme Lobão, iniciativas como a do Sesi são raras e precisam ser copiadas. “A música brasileira está carente de canções que tragam novos conceitos. As maiores pérolas da nossa música saíram de festivais como este. O Brasil precisa valorizar o talento de intérpretes e, principalmente, de bons compositores”, defende o jornalista.
Para o maestro David Junker, doutor em música pela UnB, com este Festival, o Sesi-DF se consolida como fomentador da cultura musical brasiliense. “Tenho um envolvimento pessoal com essa instituição porque foi aqui que eu comecei. E, como eu, muitos profissionais renomados já passaram por aqui. Esse Festival é, sem dúvida, um produto do ministério do Sesi”, argumenta.
Melodia, humor e muita torcida Se para os jurados o Festival foi um grande desafio, para o público o clima era de festa e alegria. A torcida era pura animação. As apresentações do encerramento do Sesi Música foram ilustradas por faixas, cartazes, apitos e muito aplauso a cada artista que subia ao palco. Entre uma performance musical e outra, muito riso por meio das esquetes teatrais da Cia. de Comédia SeteBelos e do mímico Miquéias Paz.
Após o anúncio dos vencedores, o Festival Sesi Música brindou seu encerramento com a apresentação do cantor e compositor Luiz Melodia, que ofereceu ao público uma releitura do melhor de sua bem-sucedida carreira musical. A platéia lotada do Centro Cultural Sesi, em Taguatinga, festejou ao som de sucessos como Pérola Negra, Ébano, Juventude Transviada, Tive sim, Diz que fui por aí, Eu agora sou feliz, Negro Gato e Codinome Beija-flor. Para Melodia, os festivais como o Sesi Música são fundamentais para aqueles artistas que possuem talento, mas não conseguem espaço para mostrar seu trabalho. “Um festival é um bom primeiro passo para quem deseja mostrar seu talento, mas não é o único. Sempre fui meio reticente com festivais, mas, quando soube que este era voltado exclusivamente para o trabalhador da indústria, fiquei encantado, porque, nesse caso, normalmente o cara é um grande artista, mas está tão envolvido com suas tarefas diárias, com o seu ganha-pão, que não encontra meios de colocar para fora a sua música”, resume o artista de 58 anos e quase 40 de carreira.
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Patrick Selvatti/ Elton Pacheco
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