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Última Atualização: Terça, 01 Novembro 2016 13:30

Um dos desastres ambientais que possui poucas soluções, e nem todas 100% eficazes, é o vazamento de petróleo no oceano, que causa danos enormes ao meio ambiente. Este vazamento pode ocorrer por navios petroleiros, plataformas de extração e oleodutos de distribuição. O acidente é resultado de diversos fatores, tais como falha humana, de estruturas dos equipamentos ou, também, por fissuras no assoalho do navio, causado pela pressão exercida no fundo do oceano.

Motivados em ajudar os animais marinhos, que são os mais afetados com o desastre, a equipe de robótica do Serviço Social da Indústria do Distrito Federal (Sesi-DF) da unidade do Gama, a Energybots, desenvolveu um projeto de pesquisa, que será apresentado na etapa regional do Torneio de Robótica FIRST® LEGO® League (FLL), em Vitória (ES), em 02 e 03 de dezembro. A competição seleciona os melhores para o torneio Nacional, que acontecerá em março de 2017, em Brasília.

Denominado pela equipe de “absorvente de petróleo”, a solução criada consiste na utilização do absorvente composto por garrafa pet triturada e misturada a um absorvente industrial ecológico. “Nosso projeto é voltado para ajudar não apenas os animais que vivem no mar, mas as aves marinhas e várias espécies de algas que não conseguem fazer a fotossíntese devido à camada de petróleo formada, impossibilitando a entrada de luz”, explica Warneleviston Breno, componente da equipe.

Atualmente, o derramamento de petróleo no oceano é controlado por formas alternativas, mas nem todas muito eficazes. Algumas empresas responsáveis, fazem a barreira para tentar diminuir o tamanho do impacto do acidente, de forma que impedem que a macha de prolifere.  Uma das opções para tentar limpar o oceano é colocar fogo no petróleo, o que acaba aquecendo a temperatura da água e matando alguns peixes mais frágeis e, ainda, poluindo o ar. Outra alternativa é fazendo a sucção do petróleo, porém, alguns peixes acabam sendo sugados juntos.

A junção dos componentes, pet triturado e o absorvente industrial ecológico, em contato com o petróleo, faz com que a mancha se transforme em uma massa dura, podendo ser retirada facilmente por uma rede de pesca. A inovação da equipe consiste, ainda, em tornar essa ação mais barata, pelo fato de misturar com as garrafas pet, fazendo o produto render mais. Além disso, este petróleo poderá ser reciclado por empresas. “Nós resolveremos outro problema ambiental, pois daríamos utilidade para as garrafas pet, que são poluidores em massa”, completa Warneleviston. O aluno salienta que a opção criada por eles não polui o oceano e não compromete a vida dos animais.

Caso de vazamento

Um dos piores casos de vazamento de petróleo registrado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aconteceu em 18 de janeiro de 2000, na Baía de Guanabara (RJ). Foram apenas 4h35 de vazamento, o suficiente para lançar no oceano cerca de 1,3 milhão de litros de petróleo e a mancha se espalhou por 40 quilômetros quadrados. O vazamento de óleo combustível contaminou de praias, costões, manguezais, unidades de conservação e patrimônio histórico. Na época do acidente, um estudo indicou que o impacto ambiental para a pesca seria de, pelo menos, dez anos, o que foi comprovado por uma perícia determinada pela justiça. Na época, a Petrobras pagou uma multa de R$ 35 milhões ao Ibama e destinou outros R$ 15 milhões para a revitalização da Baía. Hoje, mesmo após 16 anos do acidente, o local ainda não foi 100% recuperado.

Clube de Robótica do Sesi-DF

A delegação do Sesi-DF é composta por seis equipes (três do Gama, duas de Sobradinho e uma de Taguatinga). Elas vão em busca da vaga para a competição Nacional do Torneio, realizada em março, em Brasília. As equipes irão disputar em três regionais diferentes, em datas e locais distintos. Para garantir vaga no nacional, a equipe precisa se destacar nos itens avaliados na competição: Projeto de pesquisa, desafio do robô e Core values.

Cronograma das competições regionais

Robótica no Sesi-DF

O Sesi-DF oferece a todos os alunos dos Ensinos Fundamental e Médio a opção de fazer Robótica no contraturno. São aulas ministradas por professores capacitados que estimulam o interesse dos jovens por áreas como química, física, matemática, engenharias e novas tecnologias. Durante esses encontros, as crianças e adolescentes aprendem brincando, por meio de uma forma de ensino inovadora. Desde 2013, o Sesi é o operador oficial do Torneio de Robótica FLL, em parceria com a instituição norte-americana FIRST (For Inspiration and Recognition of Science and Technology) e o Grupo LEGO Education (Dinamarca).

As matrículas para o ano letivo 2017 no Sesi-DF estão abertas. Ao matricular o seu filho em uma das três escolas do Sesi no Distrito Federal, você pode optar por incluí-lo nas turmas de robótica, que são aplicadas no contraturno, no período da tarde.

Para outras informações, entre em contato com a Central de Atendimento, pelos telefones: (61) 3484-9617 para falar no Sesi Gama; (61) 3487-8613, no Sesi Sobradinho; e (61) 3355-9559, no Sesi Taguatinga.

Por Gabriela Soares

Foto: Cristiano Costa/Sistema Fibra

Assessoria de Imprensa do Serviço Social da Indústria no Distrito Federal (Sesi-DF)