Anônimos nos bastidores fazem acontecer o Torneio de Robótica
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- Última Atualização: Segunda, 20 Março 2017 11:06
Se você acha que são apenas os 740 competidores que dominaram as instalações do Sesi Taguatinga, neste fim de semana (17 e 18/3), no Torneio Nacional de Robótica FLL, está enganado. Além desta turma animada, criativa e divertida há, trabalhando nos bastidores, um batalhão de pessoas que acompanhou de perto cada momento da competição, com o intuito de fazer do evento uma excelente experiência para os alunos e visitantes.
Ao todo, são mais de 90 voluntários juízos, 100 voluntários anjos, além de dezenas de colaboradores na limpeza, alimentação e organização. Todos trabalhando com muita alegria, conforme o espírito do Torneio. “Queria poder trabalhar de anjo a vida toda. No fim das contas, a gente mais se diverte”, comenta a estudante e anjo da equipe Legofield, Bruna Eduarda, que garante que ser anjo é tão bom quanto competir. “Essa é minha segunda vez como anjo e eu encerro minha participação no torneio realizada”, declara.
Para quem ainda não está familiarizado com a atividade, os anjos são aqueles que cuidam dos participantes do torneio, os orientando e dando todo o suporte que precisam. Em geral, esses voluntários têm a mesma idade que boa parte dos competidores.
Outro grupo de voluntários que tem um papel fundamental para o desenvolvimento da competição são os juízes. “A robótica é minha paixão e essa agitação me faz bem e revigora”, comenta o estudante Luiz Gustavo de Souza, 17 anos, que já foi competidor do torneio e, desta vez, participou como juiz da arena. Os juízes atuam em diferentes frentes e estão divididos em todas as áreas da competição, sempre avaliando os competidores nos requisitos propostos pela FLL.
Outro ex-competidor do DF que foi juiz nesta temporada do Nacional de Robótica, foi o jovem Gabriel de Jesus. Segundo ele, estar do outro lado da moeda também significa compartilhar aprendizado. “Fui competidor, anjo, mentor e agora juiz. Cada vez é uma experiência nova e enriquecedora. Dos bastidores, hoje, eu consigo entender como é complicado avaliar meses de desenvolvimento de um projeto em pouco tempo”, comenta o jovem.
Gabriel é ex-aluno do Ebep, modalidade de ensino do Sesi e Senai-DF que permite ao aluno sair do Ensino Médio já com diploma técnico, preparado para atuar no mercado de trabalho. Ele, que foi aluno da unidade do Gama por oito anos, conseguiu o feito de passar por todas as possibilidades que a robótica dá a um estudante.
Infraestrutura do Sesi a serviço do Torneio de Robótica
Mais uma vez, o Sesi Taguatinga foi palco das disputas do Torneio Nacional de Robótica. Um dos desafios de receber um evento deste porte na instituição, segundo o responsável técnico pelo Torneio Nacional de Robótica pelo DF, William Vitorino, é criar uma logística que não atrapalhe o andamento da competição, que envolve muitas crianças e tem um cronograma rigoroso. “A equipe da unidade conseguiu otimizar os espaços, ser eficiente na limpeza, organização e tornar tudo mais dinâmico, o que conseguimos atingir com satisfação”, comemora.
A festa do almoço
Para todos os lados que se olhava, havia um grupo alunos, conversando, brincando ou cantando. Na hora do almoço, não seria diferente. Durantes dos dois dias de competição, o refeitório da unidade de Taguatinga virou um ponto de encontro e de alegria e quem tem curtiu esse momento é a equipe da Central de Produção de Alimentos do Sesi Gurá (CPA). “Esse clima é fantástico, em meio à correria, nós também acabamos nos divertindo. Toda hora alguém puxava uma música, um parabéns. Eles transformam qualquer ambiente em uma festa”, comenta Thaynara Oliveira, nutricionista do Sesi-DF.
A cara do Torneio
Figura carimbada nas últimas edições do Torneio Nacional de Robótica da FLL, o professor mineiro Victor Vinícius, ou apenas tio Victor, para os alunos, é um dos animadores da competição e comanda toda a apresentação das equipes e narração dos rounds, não deixando a animação esfriar. “São sete anos de Torneio e eu ainda me surpreendo com isso tudo. É uma grandiosidade que extrapola todas as expectativas”, comenta o professor.
“Tenho uma visão diferente do torneio. Ao mesmo tempo que vejo tudo de fora, me sinto imerso no mundo deles. São claramente crianças especais que têm um diferencial nas suas vidas. A indústria esta de olho nesses meninos e querem esses profissionais que estão sendo preparados na base. Qualquer pessoa que tenha comparecido ao Torneio, pode ver isso e não teve como não se encantar. Eu apoio, pois esses meninos são fantásticos”, conclui.
Robótica na escola
A educação tecnológica está inserida na formação acadêmica da rede Sesi de Educação, que tem colhido importantes resultados desde a implementação do projeto. Trata-se de um programa internacional, voltado para crianças de 9 a 16 anos. Por meio de uma experiência criativa, os competidores são desafiados a investigar problemas e buscar soluções inovadoras para situações da vida real, bem como programar robôs autônomos com a tecnologia LEGO® MINDSTORMS® para cumprir as missões da mesa de competições em 2'30".
Neste ano, a unidade do Gama expandiu o programa e passou a oferecer a metodologia Lego Educacional para os jovens moradores da região, que também podem ser inseridos no universo do Torneio de Robótica. A Escola de Robótica é destinada a alunos que cursam do 6º ano à 1ª série do Ensino Médio. As aulas são pagas e serão ministradas na unidade Sesi Gama, com dois encontros semanais e duração de 2 horas/aula.
Texto: Marcus Fogaça
Fotos: Cristiano Costa/Sistema Fibra
Assessoria de Imprensa do Serviço Social da Indústria do Distrito Federal (Sesi-DF)