Festival Sesi de Robótica começou nesta sexta
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- Última Atualização: Sábado, 16 Março 2019 18:26
Os desafios estão oficialmente lançados e todas as equipes já estão a postos para encarar o Festival Sesi de Robótica, no Pier Mauá, no Rio de Janeiro, de hoje a domingo (17). São 117 equipes e mais de 1,2 mil alunos de escolas públicas e particulares de vários cantos do País participando de três competições: o Torneio Sesi de Robótica First Lego League, o Torneio Sesi de Robótica First Tech Challenge (Desafio Tecnológico) e o Torneio Sesi F1 nas Escolas.
As três categorias estão reunidas na primeira edição do Festival Sesi de Robótica, que tem como tema Em Órbita. Os grupos mais bem colocados vão garantir vagas em torneios internacionais na Austrália, nos Estados Unidos, no Líbano, na Turquia e no Uruguai.
A cerimônia de abertura do festival foi na tarde desta sexta-feira (15), no local das competições, e teve a presença do presidente em exercício da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Afonso Ferreira, do diretor de Operações do Serviço Social da Indústria (Sesi), Paulo Mól, do diretor de Educação e Tecnologia da CNI e superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi, do presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e do Conselho Nacional do Sesi, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, e do gerente de Parcerias da Lego Education, Pedro Alejandro Yang. Foi feito um minuto de silêncio em memória das vítimas do ataque em uma escola estadual em Suzano, São Paulo, nesta semana. Dois alunos do Sesi da cidade são filhos de uma das mulheres assassinadas.
Além de participarem da cerimônia, os participantes assistiram à palestra Into Orbit, com o designer da Lego Education Lee Magpili e a uma conferência com o professor Todd Ensign, que trabalha na Katherine Johnson IV&V Facility da Nasa, nos Estados Unidos, que desenvolve softwares para as missões da agência espacial norte-americana. O trabalho dele é instruir professores sobre como ensinar a tecnologia em sala de aula para integrar áreas como Matemática, Ciências, Tecnologia e Engenharia (Stem) de forma mais eficiente. “A Nasa criou esse programa de formação de professores porque quer profissionais mais preparados no futuro. Para isso, esses estudantes precisam, desde cedo, integrar essas disciplinas chamadas de Stem.”
O slogan do festival é Criatividade e Futuro Começam desde Cedo. A pouca idade dos participantes, aliada ao grande conhecimento apresentado no festival, confirmam isso na prática. Vitor Ferreira, de 14 anos, competidor da Lego of Olympus, do Sesi-DF, entrou na robótica há três temporadas e é apaixonado pelo mundo dos robôs. “Acho que esse estímulo tem que vir desde cedo mesmo porque é uma idade de descoberta para qualquer pessoa e a robótica estimula isso.”
O dia dos competidores foi finalizado com a tradicional Festa da Amizade, momento que os participantes têm para se conhecer e confraternizar. Amanhã e no domingo, as competições, abertas ao público, terão início às 8 horas.
FLL
O Distrito Federal participa do Torneio Sesi de Robótica First Lego League (FLL) com três equipes, todas formadas por estudantes, ex-estudantes e professores do Sesi: Albatroid, Legofield e Lego of Olympus. A primeira é do Sesi Taguatinga e as outras duas, do Sesi Gama.
É uma competição de exploração científica, para alunos de 9 a 16 anos, que promove o ensino de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática no ambiente escolar e contribui para o desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais para a vida. As equipes são avaliadas pelo projeto de pesquisa, pelo design do robô, pela programação deste na execução de desafios e pelo cumprimento dos valores éticos da competição (core values), como espírito de equipe e respeito aos outros times.
Neste primeiro dia de competição, as equipes montaram o estande de apresentação, fizeram últimos ajustes nos robôs, tiveram a oportunidade de treinar os robôs nas mesas oficiais e algumas já passaram por avaliações. A Albatroid e a Legofield fizeram as apresentações dos core values, do projeto de pesquisa e do design do robô. A Lego of Olympus será avaliada nesses quesitos na manhã de sábado.
“O primeiro dia de avaliação é bem cansativo, porque boa parte do torneio é decidida nele. Fatores externos nos atrapalharam um pouco, mas, dentro da nossa parte, foi tudo dentro do esperado. Estávamos motivados e eu estou feliz com o que foi apresentado”, afirmou a competidora da Albatroid Ana Carolina Baia, de 16 anos.
A Legofield também terminou o dia satisfeita com as três apresentações feitas. “Estávamos bastante preparados e conseguimos chamar a atenção dos juízes, principalmente na hora de apresentar o projeto de pesquisa, porque fizemos uma música de rap para explicar nossa ideia e eles gostaram bastante”, explicou Eduardo Luz, de 16 anos, membro da equipe.
F1 nas Escolas
O dia dos quatro integrantes da equipe Colibri, do Sesi-DF, também começou cedo. Eles representam a capital federal no Torneio Sesi F1 nas Escolas, um programa educacional oficialmente vinculado à Fórmula 1 que reproduz os desafios da corrida. Nessa preparação para o mundo profissional, estudantes de 14 a 18 anos criaram uma empresa que funciona como uma escuderia. Eles podem utilizar diversos recursos tecnológicos para projetar, modelar e testar o protótipo de um carro de F1, que deve ter no mínimo 50 gramas.
Com algumas peças feitas em impressoras 3-D, o veículo, impulsionado apenas por um cartucho de gás carbônico, participa de uma corrida na pista dos eventos oficiais da disputa. A avaliação, a premiação e a classificação para a etapa mundial se baseiam no resultado de um conjunto de ações, incluindo elaboração dos planos de negócios, de marketing e de mídias sociais e a apresentação, além do envolvimento em uma ação social relevante.
Neste primeiro dia, eles fizeram a montagem dos estandes e entregaram os carros, os componentes e os portfólios aos avaliadores. A produção dos estandes foi a principal avaliação desta sexta e eles precisaram tomar cuidado para não perder pontos em aspectos como tempo, saúde e segurança, espaço do estande. Apenas os estudantes devem trabalhar na montagem. No sábado e no domingo, as atividades começarão às 8 horas, e eles farão as apresentações de engenharia, do pit, do portfólio e da ação social, além de colocar os carrinhos para correr na pista de 24 metros de comprimento.