Dia da Criança atrai multidão à Torre de TV
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- Última Atualização: Quinta, 10 Setembro 2015 19:41
Um público recorde compareceu à Praça das Fontes, localizada na Torre de TV, neste dia 12 de outubro, para a festa em comemoração ao Dia da Criança, promovida pelo Sesi-DF, em parceria com a Rede Globo Brasília. Cerca de 46 mil pessoas aproveitaram as inúmeras opções de educação, esporte, cultura e lazer, na estrutura montada no local, das 9h às 18h. E nem só brincadeiras fizeram a alegria da criançada durante o dia. Em um corredor repleto de oficinas realizadas pelo Sesi e Senai-DF, houve espaço para quem quisesse navegar na internet, se divertir em jogos em rede, aprender com oficinas de brinquedos em madeira, hortaliça, fotografia e sessão de cinema sobre higiene bucal, além de atividades de reciclagem, culinária, musicalização e dança. E até uma competição em game de automobilismo, com simuladores e som automotivo, fez a festa da moçada. O dia foi encerrado ao som da Orquestra Filarmônica de Brasília, com a apresentação infantil Pedro e o Lobo, com 69.327 atendimentos realizados, na ocasião.
Essas foram algumas novidades da edição 2009 da Festa da Criança, realizada neste nublado feriado de Nossa Senhora da Aparecida. Pelos gramados da Torre, crianças pulando, soltando pipa, pais e mães preparando deliciosos pick-nicks e uma multidão aglomerada no palco central para as atrações do dia pintavam o cenário de um dos principais cartões postais da cidade, levando o colorido ao cinza de um dia que prometia apenas chuva - que ameaçou e não caiu.
Neste ano, as crianças também puderam aprender noções básicas de Photoshop, manipulando a própria foto. Ao fim, o que foi produzido pôde ser levado para a casa. O menino Lucas Jhaws, filho do artista de rua Linoir Souto, também conhecido como Jhaws, se divertiu com as ferramentas e não desgrudou da foto manipulada pelo pai. “Estou adorando tudo, cada detalhe. Meu filhão já se divertiu bastante e adorou vê-lo todo pintado no computador”, disse.
Em uma das rodadas do jogo de automobilismo, o menino Waliffe Santos garantiu o primeiro lugar. Impressionado com a estrutura, o garoto, que saiu cedo de Samambaia em direção a festa, revelou o segredo da vitória. “Eu tenho esse mesmo jogo em casa, mas não conta pra ninguém, tá?”, brincou. Pedido cumprido, Waliffe arrancou aplausos da torcida e, de quebra, ainda levou para a casa um pote – reciclado pela equipe de Educação do Sesi-DF – cheio de guloseimas. Até o fim do dia, outros participantes vencedores das rodadas também levaram o delicioso prêmio. No mesmo estande, um carro automotivo da unidade do Senai-DF ambientava a competição, com um som animador. Com 3,5 mil watts de potência, 5 baterias, 4 módulos de áudio, o potente carro foi produzido pelos alunos de Instalação de Som Automotivo, curso oferecido pela entidade no DF.
Consciência Ambiental
Talvez a criançada seja novinha demais para entender que Boa Noite e Jacinta não são nem a frase que escutam todos os dias dos pais antes de irem para a cama e, nem mesmo, o nome de uma parente distante. Foi este o desafio proposto na oficina de plantio de hortaliças hoje durante a festa, além, é claro, de orientar a família sobre os processos criativos para a construção e cultivo de uma horta caseira. Todos os participantes levaram, ainda, uma muda destas duas plantas de nomes curiosos para plantar em casa. Durante todo o dia, cerca de 1 mil mudas foram distribuídas para quem recebeu as orientações.
Cleide Lacerda veio de longe. A telefonista saiu cedo de Luziânia-GO, onde mora, para fazer a alegria dos sobrinhos. Entre eles, o curioso Caio Cauã, de 5 aninhos, interessado na dinâmica da oficina. “São dicas simples, mesmo para Caio, que, se colocadas em prática, são suficientes para ter uma horta bonita dentro de casa. É uma oportunidade de despertar essas crianças para a consciência ambiental, que tanto precisamos”, destaca a professora de biologia do Sesi Ceilândia, Luciane Almeida. As dicas fazem parte de um projeto da professora que objetiva, entre outros, implementar, a partir do ano que vem, uma horta em cada escola da instituição.
A partir de agora, o pequeno Rubert William, de oito anos, não precisará mais chegar um dia festivo, como este, para ganhar um brinquedo novo. Isso porque ele mesmo pode fazer um. Na oficina de recicláveis, onde cerca de mil atendimentos forma realizados, o menino aprendeu a fazer brinquedos a partir de materiais que seriam lixo. Com uma garrafa pet, um pedaço de barbante e fita adesiva, Rubert saiu do local com um bilboquê. “Massa demais! Já vou pedir que minha mãe guarde as garrafas pra mim, que eu quero fazer o outro brinquedo que aprendi aqui”, disse muito animado. Dali, as crianças saiam com sapos, pequenas bolsas, cofrinhos, tartarugas, vai e vens, tudo feito a partir de materiais que, se descartados na natureza, prejudicariam o meio ambiente.
Para a instrutora Maria Raimunda, a procura pela oficina de recicláveis foi tão surpreendente que teve que ganhar suporte pela manhã. “Dobramos no número de instrutores para atender a demanda. A receptividade das crianças foi excelente. Agora, muitas delas terão consciência de que grande parte das coisas que jogamos fora pode ser reciclada e virar produtos de valor”, disse Maria, animada.
Enquanto uns pulavam, outros aproveitavam pra relaxar. Os benefícios da Shantala – técnica indiana de massagem – foram apreciados por mães, pais e crianças durante o dia de festa. Em parceria com a área de saúde do Sesi-DF, o Projeto Tocar, da terapeuta Regina Almeida, trouxe voluntários para, digamos, dar um afago carinhoso às estrelas do dia. “Percebo que as crianças de hoje são muito carentes, por falta de carinho. Isso, inclusive, pode ter conseqüências sérias no desenvolvimento entre a fase infantil e adulta. A Shantala, portanto, é uma oportunidade de resgatar, ou mesmo criar, um vinculo afetivo entre as pessoas”, diz. O Projeto Tocar existe há mais de 11 anos e atua em todo o Distrito Federal, com a intenção de “levar a base do equilíbrio para toda a família”.
A mãe Fernanda dos Santos, 20 anos, nunca tinha ouvido falar sobre a massagem, mas não perdeu a oportunidade de descobrir o que é. Ela diz que ficou impressionada com o resultado. “A Letícia é um bebê muito agitado, e agora a vejo relaxada. É impressionante”, disse, prometendo para a filhota Letícia Gabriele, de 2 meses, que continuará o que aprendeu em casa. Ao contrário da jovem mãe, as reações de Ícaro Antônio, 8 anos, não surpreenderam a mãe, a balconista Elaine Cristina. “Desde bebê, eu pratico a Shantala com o Ícaro. Isso o ajudou a ser uma criança mais calma e a valorizar momentos como esse, de relaxamento”, diz, coruja que é, ao ver o filho quase dormindo.
Passeio cívicoDe Porto Alegre, as dentistas Janine Porto, Viviane Stolchi e Elizabeth Justo bem que desejariam trazer as crianças da família para a festa. Mas, de passagem a trabalho pela cidade, não perderam a oportunidade de conhecer as atrações turísticas da capital federal. Isso porque a BrasíliaTur disponibilizou dois ônibus turísticos para o dia de atividades. A fila era imensa, mas valia o esforço. Também do Sul, Fernanda Sales, 18 anos, estudante de Hotelaria, participou do passeio. Uma oportunidade ímpar para todas as crianças que, mesmo filhos da capital, ainda não conheciam os principais pontos turísticos da cidade.
Caso da menina Analice de Oliveira, 7 anos, moradora de Planaltina-DF. Até então, ela nunca tinha visitado a área central da cidade onde nasceu. “Estou ansiosa pra conhecer tudo, mas eu quero voltar pra continuar brincando e dançando”, anunciou a menina. Ao que parece, a sorridente Analice teve de esperar um pouquinho. É que, durante todo o dia, foram realizadas quatro viagens, cada uma com 1h50 de duração, levando 400 pessoas pelo trajeto Catedral Metropolitana, Memorial e Ponte JK, Esplanada dos Ministérios, Palácio da Alvorada, entre outros cartões postais. Mas alguém aí dúvida que a espera de Analice não foi tão difícil assim?
Tão longe, tão perto
Geovana Luiza de Sousa, 9 anos, veio com a avó, Djacir Gabriel, da Candangolândia. Um percurso não muito longo, se não fosse por um detalhe. Geovana é cadeirante. Mas, como toda criança, não deixa de gostar de estripulias, bagunças e diversão. “Ela é muito elétrica e, infelizmente, pela condição física, acaba sendo privada de algumas atividades. Todo ano tenho vontade de trazê-la para essa festa tão bonita e, dessa vez, não pensei duas vezes”, diz Djacir. Segundo a avó, no ano passado, a família não pôde comparecer à festa, por conta da condição de Geovana. “Não quero mais privá-la de ser feliz, ainda mais no dia da criança”, contou uma avó emocionada. Enquanto pintava, a menina, dona de um rostinho feliz e cheia de disposição, avisou que não participaria apenas de uma atividade durante o dia: “tem dentista? Se tiver, eu não vou”, sorriu.
Já a pequena Alice Nascimento, de quatro anos, filha de Marta Almeida, de trinta anos, pediu, insistentemente para a mãe trazê-la de Luziânia para aproveitar o dia na Torre de TV. “Depois que ela viu a propaganda na televisão, não tive mais tranquilidade”, conta Marta, revelando como a filha é persistente. Além de Alice, ela trouxe o outro filho, Patrick, de seis anos. “Foi um dia excelente. Eles brincaram muitos, as opções são diversas. Valeu a pena”, finalizou a mãe, enquanto as crianças corriam dos brinquedos infláveis para a fila do touro mecânico.
E a distância não foi problema também para a Bárbara Ribeiro, de oito anos. Moradora de Santa Maria, a menina conta ter levantado cedo para esperar o ônibus. “Já brinquei um monte! Agora que saí deste brinquedo aqui (hi-jump), vou correndo pra o pula-pula”, disse, apressadamente, a criança.
Aprendendo com a cultura
Atrações diversas no palco, com apresentações de teatro e música, além de oficinas de musicalização e dança, também marcaram o dia. Diante do palco, um enorme aglomerado de pessoas - desde pequeninos no colo até adultos. Podia se ver, no local, crianças que mal aprenderam a andar, de um lado para o outro, tentando dançar ao som da música.
Mas, logo ao lado, na oficina de dança, outras crianças, um pouco maiores, aprendiam, de fato, a dançar, de forma coreografada. Ao som de Beatles, os meninos e meninas deram um show de requebrado. “Adoro dançar e, hoje, pude aprender passos de músicas antigas, disse Geovana Menezes, de dez anos, moradora do Núcleo Bandeirante.
Contudo, um show a parte deu Maurício Pablo Santos, de sete anos, na oficina de musicalização. Ele que aprendeu a tocar um instrumento de percussão, na oportunidade, impressionou com o seu tamanho diante do equipamento musical e sua desenvoltura ao manusear as baquetas, sem “desafinar”. “Aprendi rápido a tocar. Agora só falta a minha mãe me dar um desse”, disse o menino, morador de Brazlândia.
Da TV Globinho para o gramado da Torre
Os apresentadores da TV Globinho Flávia Rubim e Paulo Mathias marcaram presença na festa e sentiram o carinho da criançada brasiliense. “Eu fiquei bastante contente com o convite, até porque não tinha ideia da dimensão desse evento. Sentir o carinho dessas crianças que nos assiste todos os dias e, principalmente, poder retribuir esse afeto, me enche de alegria”, conta Flávia, que, até então, nunca havia visitado a cidade.A atriz e apresentadora também destacou o quão importante é lembrar da criançada com atividades culturais, recreativas e informativas. “Uma das marcas da TV Globinho é esse trabalho informativo, que tanto o Sesi-DF quanto a Rede Globo estão também desempenhando com qualidade hoje. Estou orgulhosa, porque temos uma responsabilidade grande por nossas crianças”, acrescentou, referindo-se as oficinas disponíveis para a criançada.
A opinião de Paulo não é diferente. Acostumado com os palcos teatrais, ele agora curte a sensação de ser reconhecido nas ruas pelo trabalho realizado a frente do programa global. “É gostoso”, conta o artista, que também é acostumado a trabalhar com o público infantil. “Em mais de 17 anos de carreira, já trabalhei muito texto infantil e adoro ver criança sorrindo. Não tem como não gostar”, diz. O ator também participou das oficinas e destacou o trabalho realizado. “O interessante é que tem atração para os pais, também. Até eu já participei das oficinas, como de reciclagem, que adorei. Acho que não é apenas um dia de diversão, mas também de informação”, concluiu. Os dois artistas deram autógrafos, tiraram fotos com a criançada, subiram ao palco e retribuíram todo o carinho do público.
Elton Pacheco e Suzana Leite
Assessoria de Imprensa
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Fotos: Renato de Oliveira/BG Press
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