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Última Atualização: Segunda, 28 Outubro 2019 16:11

Até domingo, 27 de outubro, quem visitar a 16ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, poderá conhecer mais sobre o trabalho do Serviço Social da Indústria do Distrito Federal (Sesi-DF) e da Federação das Indústrias do DF (Fibra). O estande das duas instituições fica próximo ao Palco 360º.

Entre os projetos apresentados está o protótipo do Controlador Específico de Consumo de Água Residencial (Cecar). O dispositivo, que pode ser instalado em qualquer saída de água da casa, tem um sensor de fluxo que mede a vazão e possibilita o monitoramento online para controle do consumo. A ideia foi desenvolvida por estudantes do Sesi Taguatinga para a temporada 2017/2018 do Torneio de Robótica First Lego League. A aluna da 3ª série do Ensino Médio Gabrielly Almeida, de 16 anos, que fazia parte da equipe, foi um dos que apresentou o protótipo aos visitantes.

“Estou achando incrível mostrar o projeto para outras pessoas. A feira conta com outros projetos interessantes e aqui a gente está sempre aprendendo”, contou a jovem. Por conta da idade, Gabrielly não integra mais um time de robótica, no entanto inspira novatos como Weslainy de Jesus, de 13 anos, e Luiz Eduardo Alves Feitosa, de 12. Ambos estudam no Sesi Taguatinga — ele, no 6º ano do Ensino Fundamental e ela, no 7º — e vão participar da etapa regional do Torneio Sesi de Robótica First Lego League, marcada para fevereiro.

No estande, ao lado dos colegas, eles explicam aos visitantes como funciona o desafio, falam sobre o tema da próxima temporada (City Shaper) e fazem demonstrações com robôs de Lego. “Eu tinha vergonha de apresentar [em público], mas, com a robótica, estou melhorando isso e aprendendo a me expressar melhor”, disse Weslainy. “A tecnologia vai avançando e muitos empregos de hoje podem não existir; o futuro pode estar na robótica e na ciência”, aposta Luiz Eduardo.

Os robôs chamam a atenção de adultos e crianças, como o pequeno Miguel Tonietto, de 4 anos, que visitava a mostra acompanhado da mãe, Ângela Tonietto, de 35 anos. “É nessa idade que eles têm alto índice de curiosidade e uma capacidade cerebral maior para absorver conhecimento”, disse a servidora pública, enquanto o filho interagia com as peças.

Horta Escolar Inteligente, Superalimento e hub de inovação

Outros dois projetos do Sesi-DF são apresentados no estande: a Horta Escolar Inteligente e o Superalimento. Com irrigação automatizada a partir de três sensores que medem umidade do solo, luminosidade, temperatura e umidade do ar, a horta é um projeto desenvolvido no Sesi São João XXIII, no Gama, desde 2018. “Este tipo de evento soma muito para o meu currículo. Aqui tenho contato com profissionais de diferentes áreas, que sugerem e dão dicas. Isso acrescenta bastante”, avalia Kevin Lucas da Silva, de 18 anos, um dos bolsistas do projeto.

Já o Superalimento é apresentado pela analista técnica do Sesi Letícia Marques. O projeto, que vem sendo desenvolvido em conjunto com a nutricionista da instituição Débora Castilho, tem como ideia aumentar a ingestão de micronutrientes (vitaminas e minerais) por meio do reaproveitamento de alimentos orgânicos. “Aqui já passaram pessoas de diferentes faixas etárias e é muito bom falar do nosso projeto para esse público diverso”, disse Letícia.

As atividades apresentadas no estande foram aprovadas em edital da Fundação de Apoio à Pesquisa do DF (FAP-DF) para receber recursos da instituição. Além dos três projetos do Sesi-DF, a Fibra participa com um hub de inovação (espaço para palestras e debates). No domingo, dia 27, às 15h30, o local receberá Sergio Saraiva, analista de Transferência de Tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), para falar sobre bioeconomia. A palestra, de cerca de 30 minutos, é aberta ao público.

Admirável Brasil Novo: Uma Alegoria Futurista

Além do estande, no Palco 360º do evento, 22 alunos do Ensino Médio do Sesi Taguatinga apresentam desde o início da semana a peça Admirável Brasil Novo: Uma Alegoria Futurista. O roteiro faz uma relação entre retirantes e habitantes de uma cidade futurista. Adaptação livre das obras Vidas Secas (1938), de Graciliano Ramos, e Admirável Mundo Novo (1932), de Aldous Huxley, também faz referência aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).

“A cidade futurista é mais ou menos o resultado do que estamos vivendo hoje”, destacou o aluno Roberto Albuquerque, de 17 anos, ao citar como exemplos o consumismo e os desastres naturais — temas abordados na peça. “Se não cuidarmos do que é fundamental para nossa vida, alguma hora vai acabar, porque os recursos são finitos. Se não nos conscientizarmos logo, acabaremos vivendo em uma sociedade em que a tecnologia será de ponta, tudo será mais rápido e avançado, só que não existirá o principal, que é o meio ambiente”, completa a colega Maria Luiza Martins, também de 17 anos. A peça é resultado de um trabalho interdisciplinar que envolveu as disciplinas de Artes Cênicas, Literatura, Música e Sociologia.

As apresentações contam com fomento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). As próximas serão na sexta-feira (25), às 17h; no sábado (26), às 16h; e no domingo (27), às 10h e às 16h.

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