DF terá quatro equipes no Festival Sesi de Robótica
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- Última Atualização: Terça, 03 Março 2020 20:11
A partir de sexta-feira (6), aproximadamente 1.500 estudantes, com idades entre 9 e 19 anos de todo o Brasil estarão reunidos no Pavilhão da Bienal, em São Paulo (SP), para participar do 2º Festival Sesi de Robótica. O evento é aberto ao público e ocorre até o domingo, dia 8 de março, sediando as competições de First Lego League (FLL), First Tech Challenge (FTC) e F1 in Schools.
O DF será representado por quatro equipes formadas por 21 estudantes das escolas do Serviço Social da Indústria (Sesi) do Gama, de Sobradinho e de Taguatinga. Na FLL, estarão Albatroid, Bisc8 e Legofield e, na F1 in Schools, a Lobo-Guará. Além das competições, haverá demonstrações e workshops sobre educação e robótica.
First Lego League
Criado em 1998 pela organização estadunidense First, que trabalha em prol da inspiração e do reconhecimento da ciência e da tecnologia, em parceria com o grupo Lego, o torneio propõe que estudantes de diversos países sejam desafiados a trabalhar projetos de forma divertida, por meio da construção e da programação de robôs feitos com peças da tecnologia Lego Mindstorm. A cada temporada, a competição estimula o trabalho colaborativo, a criatividade e propõe desafios do mundo real.
Para a temporada 2019/2020 o tema é City Shaper, com foco no desenvolvimento de soluções para as cidades. Desde agosto de 2019, equipes formadas por crianças e adolescentes de mais de 80 países trabalham em projetos pesquisa e programando robôs autônomos que as representarão em desafios nos torneios, solucionando problemas de engenharia civil, mobilidade e urbanismo de forma inovadora e criativa.
Cada equipe é avaliada pelo projeto de pesquisa, pelo design do robô, pela programação deste na execução de desafios e pelo cumprimento dos valores éticos da competição, como espírito de equipe e respeito aos outros times. As equipes mais bem colocadas em torneios nacionais realizados em todo o mundo garantem vaga em torneios internacionais promovidos pela FLL.
No Brasil, desde 2013, o Sesi é a instituição responsável pela organização das etapas regionais e da nacional.
Conheça as três equipes que vão representar o DF:
Albatroid
Alex Vitor de Maman Marcolino 12 anos 7º ano do Ensino Fundamental |
Anna Clara Gomes Carmino 14 anos 9º ano do Ensino Fundamental |
Daniel de Souza Mota Filho 14 anos 1ª série do Ensino Médio |
![]() Eduardo Moroni Tertuliano da Rosa 14 anos 1ª série do Ensino Médio |
![]() Letícia Souza Santana Marinho 13 anos 9º ano do Ensino Fundamental |
![]() Pedro Paulo Balbino Lopes 13 anos 8º ano do Ensino Fundamental |
Técnico: André Alcântara |
Técnico: Gabriel Antunes |
Mentora: Ana Carolina Baia de Moraes |
Mentor: Ives Dijuran |
A equipe buscou a tecnologia para tentar diminuir os problemas de locomoção de pessoas com mobilidade reduzida ou com deficiência física. Eles desenvolveram um aplicativo de celular, o Inclusion App, que apresenta informações da região da cidade satélite de Taguatinga, no Distrito Federal, sobre condições de calçadas e aponta estabelecimentos inacessíveis. A finalidade do aplicativo é indicar, avaliar e relatar trajetos acessíveis e em boas condições. A ideia é que moradores da região usem o aplicativo para informar quais as calçadas estão em boas condições ou não. Em seguida, o Inclusion App vai organizar um relatório que será encaminhado para o governo local que terá informações para resolver o problema de mobilidade de forma mais ágil. Assim, além de diminuir as dificuldades de locomoção, a intenção do aplicativo também de gerar economia para o Estado, que não precisará mandar um fiscal para verificar as condições das vias. O Inclusion App é gratuito e está em fase de finalização. Inicialmente, o aplicativo estará disponível em celulares da plataforma Android. Veja mais informações do projeto no site: https://inclusionapp.wordpress.com/
Bisc8
Amanda Layanne de Oliveira Coelho 16 anos 2ª série do Ensino Médio |
João Pedro Gurgel Tomaz Farias Fernandes 15 anos 2ª série do Ensino Médio |
Letícia Ferreira de Araújo 15 anos 2ª série do Ensino Médio |
Pedro Thiago Gomes Vasconcelos 16 anos 2ª série do Ensino Médio |
Suyanne Sara Miranda Silva 16 anos 2ª série do Ensino Médio |
Técnica: Kamila Pereira de Sousa |
Técnico: Sillas Adjalbas Barbosa dos Reis |
Mentora: Gabriella Paulino Honório |
Mentor: Márcio Henrique de Sousa Costa |
Com uso de garrafas PET, a equipe pretende aperfeiçoar um antigo equipamento das cidades, tornando-o mais funcional e sustentável. Nomeada como Bisc – Bueiro Inteligente Sustentável Coletor, a solução dos alunos é um cesto com furos que será acoplado dentro das bocas de lobo para evitar o entupimento e, consequentemente, o alagamento das vias, facilitando o recolhimento do lixo e a limpeza dos bueiros. Segundo a pesquisa da equipe, a manutenção das bocas de lobo no Distrito Federal é complicada, demandando muito tempo e recursos. O Bisc terá ainda um mecanismo que avisa se o cesto está cheio. Por meio de um sistema de arduino e uma polia, mostrará as cores verde, amarelo e vermelho: ficará verde quando estiver vazio, amarelo quando estiver meio cheio e vermelho quando estiver muito cheio.
Legofield
Bernardo Almeida Serejo 14 anos 9º ano do Ensino Fundamental |
Hellen Cristina Mendes Santos 16 anos 2ª série do Novo Ensino Médio |
Ian Pedrosa Rapini 16 anos 3ª série do Ensino Médio |
Júlia Gomes da Costa 14 anos 1ª série do Novo Ensino Médio |
Stephany Mariane dos Santos Oliveira 16 anos 2ª série do Novo Ensino Médio |
Sofia Costa da Silva Batista 13 anos 9º ano do Ensino Fundamental |
Técnico: Alberto Roquete de Melo Junior |
Técnico: Wanderson Gomes da Silva |
Mentor: Italo França Andrade |
Projetar e modelar um método mais efetivo em relação a poluição sonora foi o principal desafio da equipe. Barulhos e ruídos do dia a dia nas grandes cidades interferem na qualidade de vida causando problemas como perda da audição, estresse, insônia, irritabilidade, pressão alta e problemas cardíacos. Tentando soluções para essas dificuldades, os alunos desenvolveram uma parede ecológica denominada E-WALL, que consiste em uma parede termoacústica que tem a função de reduzir ou até extinguir ruídos em locais internos. Além disso, é capaz de reduzir a entrada de calor externo no verão, enquanto, no inverno, reduz a perda de calor interno, dificultando a troca de temperatura. Sua aplicação pode se dar em vários locais tais como paredes residenciais, tubulações hidráulicas e até em dutos de ar condicionado, sendo também ideal para fazer isolamento de telhados e fachadas. Como inovação, a equipe ainda desenvolveu a Argafield, uma argamassa composta de resíduos da construção civil, não inflamável por se tratar de um componente inorgânico. Há soluções parecidas com a E-WALL no mercado, mas nenhuma delas com o diferencial da matéria prima usada para criar a parede, que é o lixo reciclável como garrafas PET e serragem de madeira. Dessa forma, além de cumprir as funções na construção civil, a ideia colabora com a preservação do meio ambiente, reduzindo o descarte inapropriado desses materiais.
F1 in Schools
O campeonato F1 nas Escolas reproduz desafios envolvidos em uma corrida de carros do início ao fim, desde a criação da escuderia até o enfrentamento nas pistas, reproduzindo a operação de uma equipe da Fórmula 1. Os estudantes fazem todo o gerenciamento do time, criando um plano de negócios que prevê ações de marketing, divulgação em mídias sociais e a busca de patrocínios que vão cobrir os custos da competição, como a confecção de uniformes, a alimentação e o transporte da escuderia. Os times também desenvolvem um projeto social, que pode ser usado como critério de desempate no resultado.
A engenharia e o design do carro são parte do projeto e executadas pela equipe, que usa diversos recursos tecnológicos para projetar, modelar e testar o protótipo de carro de F1. Seguindo especificações estabelecidas nas regras internacionais da competição, os alunos projetam os carros em software de desenho industrial. Os carros são modelados em um torno CNC a partir de blocos de polímero e peças acessórias podem ser construídas em impressora 3D. Os protótipos são avaliados em uma pista reta de 20 metros, impulsionados por um cilindro de dióxido de carbono (CO₂). O diferencial de cada carro está no design, que garantirá velocidade e estabilidade na arrancada.
Conheça os integrantes da equipe Lobo Guará:
Geovana Mendonça dos Reis 17 anos 3ª Série do Ensino Médio |
![]() Gabrielly Antônio Almeida Borges 16 anos 3 ª Série do Ensino Médio |
![]() Marley Abe Silva 16 anos 2 ª Série do Ensino Médio |
Guilherme Silva do Carmo 16 anos 3ª Série do Ensino Médio |
Mentor: André Alcântara |
Mentor: Ana Virgínia Abreu |
Outros eventos
A terceira competição que será realizada durante o Festival é o Torneio Sesi de Robótica First Tech Challenge, um desafio tecnológico feito por equipes de alunos do ensino médio, com disputas em duplas e individuais. Nesta disputa, não há competidores do Distrito Federal.
O robô do FTC tem de cumprir missões, de maneira autônoma e por rádio controle, em uma arena. As equipes não são avaliadas apenas pelo desempenho dos robôs, mas também pelo envolvimento com a comunidade. São avaliadas ainda pelo relacionamento com outras equipes e a maneira como levam ciência e tecnologia para o maior número de pessoas.
Pela primeira vez, o Festival de Robótica apresentará uma demonstração do First Robotics Competition, um desafio com adolescentes de ensino médio programando e comandando robôs em tamanho industrial. A modalidade combina a emoção do esporte com os rigores da ciência e da tecnologia. As equipes de estudantes voluntários são desafiadas a arrecadar recursos, desenvolver uma marca e criar e programar robôs de tamanho industrial.
No dia 6 de março, o Festival receberá o Seminário Internacional Sesi de Educação, com transmissão ao vivo no site oficial do evento. Nos dias 7 e 8, o público terá acesso a workshops e atividades no Espaço ACESSE, onde serão realizadas palestras sobre temas relacionados a tecnologia e robótica.
FESTIVAL SESI DE ROBÓTICA
Quando: 6 a 8 de março
Onde: Pavilhão da Bienal - São Paulo
ENTRADA GRATUITA
Veja a programação diária abaixo:
6/3 | SEXTA-FEIRA
Programação fechada para competidores e convidados
Das 8 às 11h – Check-in e credenciamento das equipes: FLL, FTC e F1 in Schools
Das 9h às 17h – Seminário Internacional de Educação – Auditório Bienal
14h – Início das competições FLL, FTC e F1 in Schools
Das 14h às 17h – Oficina ACESSE
17h30 – Conferência de Abertura – Erica Fessia (VP FIRST), Pat Barnes (John Deere) e Jay Flores (Rockwell Automation)
18h30 – Fim das atividades do 1º dia
7/3 | SÁBADO
Evento aberto para visitação
8h – Início das atividades e competições - FLL, FTC e F1 in Schools
Das 9h às 12h – Oficina ACESSE: Ancestralidade e tecnologias, com Rodrigo Bueno e Ricardo Brazileiro
Das 14h às 17h – Oficina ACESSE: Sistemas e cidades, com Isabela Prado e Sofia Galvão
18h30 – Fim das competições do segundo dia
8/3 | DOMINGO
Evento aberto para visitação
8h – Início das atividades e competições - FLL, FTC e F1 in Schools
Das 9h às 12h – Oficina ACESSE: Programação e algoritmos, com Mônica Nador e Diego Cerqueira
Das 14h às 17h – Oficina ACESSE: Visualização de dados, com Vitor César e Bárbara Castro
14h – Cerimônia de premiação FTC
15h – Cerimônia de premiação F1 in Schools
16h – Cerimônia de premiação FLL
17h – Encerramento