São Paulo recebe maior competição de robótica do País
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- Última Atualização: Sábado, 07 Março 2020 19:15

São 25 mil metros quadrados divididos em três pavimentos repletos de robôs, tecnologia e muita animação. Esse é o cenário do Pavilhão da Bienal, em São Paulo (SP), onde está sendo realizado o 2º Festival Sesi de Robótica. O evento ocorre até domingo, 8 de março e a entrada é gratuita e aberta ao público. Nesse sábado o evento vai das 8h às 18h30 e, no domingo, das 8h às 17h. O Festival é a maior competição de robótica do País e é organizado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi). O evento reúne aproximadamente 1.500 estudantes, com idades entre 9 e 18 anos de todo Brasil participando das competições First Lego League (FLL), First Tech Challenge (FTC) e F1 in Schools.
O DF é representado por quatro equipes formadas por 21 estudantes das escolas do Sesi do Gama, de Sobradinho e de Taguatinga. Na FLL, participam Albatroid, Bisc8 e Legofield e, na F1 in Schools, a Lobo-Guará. Os competidores começaram a ser avaliados nessa sexta e continuam passando por avalições durante o fim de semana.
Na FLL, o dia foi marcado pelos treinos e testes dos robôs nas mesas onde ocorrem as provas, além de algumas avaliações feitas em sala, em formato de apresentação. Nestes exames, os juízes observam quesitos do projeto de pesquisa, do design do robô e do core values, categoria que considera os valores éticos da competição, como espírito de equipe e respeito aos outros times.
Das três equipes do DF na FLL, a Legofield teve um dia mais tranquilo, já que ainda não foi avaliada em nenhum quesito. "Hoje tivemos uma boa oportunidade de testar o robô e corrigir algumas coisas. Aproveitamos ainda para colocar tudo em ordem, tanto o robô para os rounds oficiais, quanto as partes cênicas, para as avaliações em sala", afirmou Ian Rapini, de 16 anos, da 3ª Série do Ensino Médio do Sesi Gama.
Já a Bisc8 participou de rounds de teste do robô na mesa de competição e passou por todas as avaliações em sala. A competidora Suyanne Miranda, de 16 anos, da 2ª Série do Ensino Médio do Sesi Sobradinho, terminou o dia muito satisfeita com o trabalho da equipe. "O sentimento é de realização pois, depois de muito ensaio, fizemos ótimas apresentações. Os juízes demonstraram satisfação e, apesar de ainda não sabermos o resultado, estamos saindo muito felizes".
Assim como a Bisc8, a Albatroid foi avaliada pelos juízes nas três categorias que demandam apresentações em sala e treinou com o robô. "Terminamos bem esse dia, pois já finalizamos todas nossas apresentações. Sabemos que o que precisamos melhorar está ao nosso alcance. Estou muito orgulhoso de estar em uma competição como essa", afirmou Daniel de Souza, 14 anos, da 1ª Série do Ensino Médio do Sesi Taguatinga.
Para os competidores da escuderia Lobo-Guará, da F1 In Schools, as avaliações também já estão a todo vapor. Eles entregaram para a banca a documentação detalhada do projeto preparado pela equipe e foram avaliados quanto a montagem do pit que, pelas regras da competição, precisou ser finalizada em exatamente duas horas. O resultado deixou os quatro competidores bem satisfeitos. "Esse primeiro dia foi bem diferente do que eu esperava, foi um misto de alívio e diversão. Pelo pouco que foi avaliado hoje, acho que fomos muito bem. Agora, é descansar para amanhã", afirmou Gabrielly Antônio, de 16 anos, da 3ª Série do Ensino Médio do Sesi Taguatinga.
Ainda hoje, no fim do dia, foi realizada a cerimônia oficial de abertura do Festival, com a presença do diretor de Operações do Sesi, Paulo Mól e de representantes de empresas parceiras.
Seminário de educação
Como parte da programação do Festival Sesi de Robótica, foi realizado hoje o Seminário Internacional Sesi de Educação, que reuniu especialistas do Brasil e do mundo para debater métodos educacionais para os estudantes e trabalhadores do futuro. Na abertura do Seminário, o diretor-superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi, falou sobre a atuação de vanguarda da instituição na educação do Século XXI.
"A escola de antigamente, que formava pessoas para indústria 2.0, será substituída por uma que forma com base em algoritmos. Não podemos construir o Século XXI a partir de uma escola do Século XX. A educação do futuro será baseada em experiências transformadoras e não apenas em memorizar e repetir, mas em iluminar o campo cerebral, fazer sinapses e estabelecer conexões com vários saberes", afirmou Lucchesi.
O seminário foi composto por quatro painéis com temas relacionados à inovação, tecnologia, cultura maker e cidades inteligentes. Um deles foi apresentado pelo youtuber Iberê Thenório, do canal Manual do Mundo. Ele falou sobre a experiência no universo maker e como os jovens dessa e das próximas gerações vão precisar desenvolver cada vez mais a criatividade. "Se a gente for pensar em mercado de trabalho, quais as habilidades necessárias para o futuro? Isso eu não sei. Mas sei que a capacidade de estudar e aprender coisas novas e armar soluções para resolver problemas serão coisas absolutamente necessárias", disse Thenório.