DF tem nove equipes participando do Desafio Sesi de Robótica Covid-19

A competição nacional que vai premiar estudantes que desenvolverem, à distância, projetos capazes de melhorar o dia a dia das pessoas em tempos de pandemia tem nove representantes do Distrito Federal. O Desafio Sesi de Robótica Covid-19, lançado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), tem como objetivo estimular a pesquisa e o interesse dos jovens por áreas como Ciências e Tecnologia, por meio da robótica. O desafio vai selecionar projetos em todo Brasil que proponham respostas para a atual situação de saúde no mundo.

Foram quase 400 equipes de todo o Brasil inscritas no desafio. Elas são compostas por quatro a dez estudantes, com idades entre 9 e 18 anos, além de um técnico (maior de 18 anos), e podem ser formadas por alunos de qualquer escola das redes pública e particular de ensino. Há também a possibilidade de formação das chamadas equipes de garagem — que são independentes e não possuem vínculo com nenhuma instituição de ensino. Entre as nove equipes do DF, seis são das escolas do Sesi-DF, duas são de garagem e uma do Colégio JK.

Atualmente, as equipes estão na primeira fase do desafio, em que é preciso se inscrever e apresentar um projeto e produzir um vídeo de, no máximo, dois minutos. Serão selecionadas 30 propostas que passarão para a segunda etapa da competição. Nesta, será preciso detalhar a proposta que será avaliada com relação à pesquisa, criatividade e inovação, além de empreendedorismo e impacto social.

Ao todo, sete equipes serão premiadas: 1º, 2º e 3º lugares no geral, e ainda, premiações exclusivas para as categorias: Projeto de Pesquisa; Projeto em Criatividade e Inovação; Proposta de Empreendedorismo e Impacto Social. Os prêmios não são cumulativos, ou seja, cada equipe selecionada só poderá ser premiada em uma categoria. As três primeiras colocadas serão convidadas a expor seus projetos em um stand exclusivo, durante o próximo Festival Sesi de Robótica, previsto para ocorrer em março de 2021.

Conheça um pouco dos projetos das equipes do Sesi-DF:

Lego Against COVID-19

A equipe foi em busca de uma solução simples, fácil e barata para desinfecção de máscaras utilizando luz ultravioleta. Para isso, desenvolveram o Expels Virus, uma caixa quadrada, de 6cmx12cm, onde são colocadas luzes de LED ultravioleta. A ideia é que a máquina seja usada, primeiramente, em escolas e, depois, em comércios e hospitais. A equipe é formada por alunos e um professor dos Ensinos Fundamental e Médio do Sesi Gama.

Axolots-DF

Formada por alunos e uma professora do Ensino Médio do Sesi Taguatinga, o projeto consiste em elaborar um respirador de baixo custo, utilizando modelos de projetos de códigos abertos já disponíveis. Trata-se de um respirador para casos mais leves que serão manuseados por técnicos de enfermagem, sem necessidade de intubação, para melhorar a circulação de ar nos pulmões. O respirador terá como objetivo atender demandas de escolas, considerando o retorno às aulas presenciais, e da comunidade que não têm acesso aos hospitais.

Valquírias

Baseado no fato de que uma das principais formas de proteção individual é o uso de máscaras e que, muitas vezes, sua utilização ocorre de maneira incorreta, a equipe buscou uma solução para aumentar a eficácia desses equipamentos. Através de pesquisa com a população por meio de um questionário, o uso inadequado das máscaras é devido à dificuldade na adaptação e ao desconforto causado pela falta de ar, além da necessidade de várias trocas diárias desses equipamentos. A partir das pesquisas, também foi verificado que o melhor formato de máscara é o da N95, que facilita a respiração e não fica em contato com a boca, aumentando o seu tempo de eficácia. A proposta da equipe do Sesi Sobradinho é fazer uma grade que se adapte a qualquer máscara caseira e qualquer rosto imitando o formato da N95, para que assim crie uma bolsa de ar proporcionando um maior conforto, uma melhor respiração e um aumento na duração da eficácia da máscara.

The Bots Headquaters

A equipe do Sesi Taguatinga propõe a criação de um aplicativo que faça pré-atendimento a pacientes que suspeitam estar contagiados pelo coronavírus. Por meio de um checklist dos sintomas, será possível observar se há indícios ou não do contágio. Caso a resposta seja positiva, a depender dos sintomas, o aplicativo encaminha a pessoa para a unidade de saúde mais próxima ou a um laboratório de realização de exames para a detecção do vírus — será solicitada a localização com o sistema GPS do celular para mostrar o caminho mais rápido. Além disso, a plataforma irá propor um protocolo de prevenção ao contágio em diferentes lugares dentro ou fora de casa. Haverá ainda no aplicativo, o esclarecimento de notícias e mensagens falsas que surgirem neste período. A equipe irá desenvolver o aplicativo utilizando softwares livres e de fácil manuseio, justamente para atender a todos aqueles que o buscarem.

T.A.G.S

A equipe do Sesi Sobradinho, ciente de que informações são essenciais para todos, ainda mais nessa época de pandemia, buscou uma forma de criar uma campanha que inclui a criação de blusa temática, com o intuito de chamar a atenção das pessoas e com isso mostrar soluções de problemas relacionados ao vírus. A blusa tem etiquetas, as tags, com informações verídicas relacionadas ao assunto covid-19. Nas tags das blusas há um QR Code que ao ser lido encaminha o interessado para as redes sociais da equipe T.A.G.S, onde estarão informações acerca das precauções e das novidades sobre a pandemia.

LegoCraft

Jovens do Sesi Gama criaram o aplicativo Healthy From Home, que tem o objetivo de alertar os usuários a respeito dos cuidados que devem ter durante a pandemia. Além disso, o app possibilitará também acesso a consultas e a orientações médicas, alertas sobre uso de máscaras e álcool em gel. O diferencial do projeto él um espaço de interação para aliviar o tédio e o estresse causados pelo isolamento.

Texto: Aline Roriz
Foto: MoacirEvangelista/Sistema Fibra - 5.2.2020
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra