Mais de 9 mil testes de covid-19 já foram aplicados pelo Sesi-DF
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- Última Atualização: Sexta, 18 Dezembro 2020 10:22
Com o objetivo de reduzir a contaminação nos ambientes de trabalho e possibilitar a continuidade segura das atividades produtivas, o Serviço Social da Indústria do Distrito Federal (Sesi-DF) já aplicou 9.371 testes de covid-19 como parte do projeto + Diagnóstico. Atualmente, 97 empresas participam da ação.
Iniciada em 15 de junho, a iniciativa busca identificar casos da doença em trabalhadores de empresas industriais ou de outros setores e realizar o encaminhamento adequado dos casos. Do total de testes, 6.429 foram feitos de forma gratuita em colaboradores de empresas associadas aos dez sindicatos filiados à Federação das Indústrias do DF (Fibra). Os 2.942 restantes são relacionados a testes vendidos a empresas que não são associadas ou que não são industriais. O Sesi-DF também dá suporte a empresas que compraram testes de outros fornecedores, fazendo a aplicação dos exames.
No caso dos testes gratuitos, a meta é aplicar 10 mil testes. Inicialmente, apenas trabalhadores com sintomas de covid-19 eram testados, em um limite de 30% de empregados em relação ao efetivo total da empresa. Desde outubro, no entanto, a partir de uma mudança no protocolo, os testes passaram a ser feitos em massa.
“Ao longo do tempo, foram ficando mais evidenciados casos assintomáticos. Diante disso, percebemos a necessidade de flexibilizar o protocolo para atender essa demanda, já que o assintomático também pode ser transmissor da doença”, explica a gerente de Saúde e Segurança na Indústria do Sesi-DF, Fabiana Mouzinho.
A participação das empresas associadas aos sindicatos no projeto é de seis meses a partir da adesão. No momento, 73 participam da ação. No caso das que aderiram à iniciativa em meados do segundo semestre deste ano, a ação segue até 2021.
Trabalhador recebe o resultado em até meia hora
Os testes aplicados gratuitamente pelo Sesi-DF por meio do programa + Diagnóstico são do tipo IgM/IgG e detectam se o paciente teve ou não contato com o vírus por meio da sua resposta imune na formação de anticorpos.
A partir de um furo no dedo, uma amostra de sangue é coletada e transferida para uma fita de testagem, que é colocada em contato com um reagente. A amostra é lida por um equipamento e os dados são enviados para laboratório e analisados por biomédicos. O trabalhador recebe o resultado em até 30 minutos.
Já as empresas recebem relatórios com indicadores que permitem ações de suporte aos empregados e o planejamento das atividades, e os colaboradores que necessitarem de afastamento são orientados nesse sentido.
Além da testagem, as indústrias que não têm o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho — área da empresa que cuida da saúde e da segurança do trabalhador — com condições para monitorar casos suspeitos e positivos, recebem assessoria do Sesi-DF para essa atuação.
“Hoje há muita informação sobre o assunto, então o acompanhamento vem para dar respaldo à empresa sobre como ela pode lidar com os empregados e manter a saúde deles, reduzindo a possibilidade de contágio, já que estão sendo monitorados”, destaca Fabiana.
Pesquisa feita pelo Instituto Euvaldo Lodi do DF (IEL-DF) em setembro, com 38 empresários, apontou satisfação de 90,26% com o programa. No DF, o + Diagnóstico é uma adaptação de protocolos criados pelo Departamento Nacional do Sesi à realidade local.