Sesi-DF realiza aulas inaugurais da EJA fora das unidades de ensino
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- Última Atualização: Sexta, 27 Mai 2022 19:19
De 24 a 26 de maio, o Serviço Social da Indústria do Distrito Federal (Sesi-DF) realizou aulas inaugurais de três novas turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Ensino Médio profissionalizante, na modalidade a distância. Os encontros ocorreram em espaços cedidos por três parceiros: a Igreja Batista no Lago Sul, localizada no Jardim Botânico, a fábrica da Pão Dourado, que fica no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), e o Instituto Mãos Solidárias, na região administrativa do Sol Nascente. São 57 estudantes matriculados.
Serão 1.200 horas de estudo — com 80% da carga horária a distância e 20% presencial. Dessas, até 200 horas serão destinadas a um curso de qualificação, ofertado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do DF (Senai-DF).
Nos dois casos, as aulas serão online. Contudo, o Sesi-DF promoverá um encontro presencial por semana com os alunos, nas entidades parceiras. Na qualificação profissional do Senai-DF, as aulas serão virtuais e o estudante poderá escolher entre os cursos de Almoxarife, de Assistente Administrativo, de Eletricista Instalador Residencial, de Operador de Computador ou de Padeiro. O prazo de conclusão para as duas formações é até 30 de novembro de 2023 e, para aprovação, é necessária média mínima de 70%.
A primeira fase da EJA será o reconhecimento de saberes. Nessa avaliação de conhecimentos, os alunos terão de preencher formulários e indicar o que já sabem sobre determinados assuntos. “O modelo de ensino contribui para a transformação de vida dos estudantes, que em algum momento tiveram os estudos interrompidos. É a oportunidade de ressignificar histórias e, por meio da educação, conquistar uma vaga melhor no mercado de trabalho e até ingressar na faculdade”, diz a coordenadora da EJA do Sesi-DF, Ellen Gonçalves.
Para Tatiane Neves, de 29 anos, da turma do Jardim Botânico (foto à direita), estar novamente em sala de aula é sinônimo de recomeço. “Fiz até o 8º ano do Ensino Fundamental, pois tinha de conciliar o trabalho e os cuidados com a minha família. A escola ficou em último plano, mas agora quero recuperar o tempo perdido.” A esperança de Tatiane, que atualmente trabalha como confeiteira, é mudar de profissão e garantir um futuro melhor para o filho. “A maioria das vagas de emprego exige o Ensino Médio. Por isso, a busca pelo certificado, que me dará inúmeras possibilidades.”