• Imprimir

Detalhes

Última Atualização: Domingo, 07 Agosto 2022 21:29

O segundo dia do Festival Internacional Sesi de Robótica 2022 foi repleto de animação, de troca de experiências e, claro, de muita competição. O evento, que começou na sexta-feira, 5 de agosto, reúne 990 estudantes brasileiros e de 37 outros países no Pier Mauá, no Rio de Janeiro, até domingo (7).

No Sesi Robotics International Open Brazil, uma das competições do festival, as equipes têm de realizar missões com robôs de Lego.

Os competidores projetam, montam e programam robôs autônomos, que executam uma série de tarefas durante partidas de dois minutos e meio. A disputa ocorre em uma arena de competição que reflete o tema de um problema do mundo real.

A edição 2021/2022 tem o tema Cargo Connect, com foco na produção de projetos ligados ao transporte e à logística. Também está alinhada ao nono objetivo de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas, que busca construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação.

Os times são avaliados por juízes quanto ao desempenho e a autonomia do robô, o cumprimento das missões e a agilidade do processo, por exemplo. Cada equipe compete nas mesas, como são chamadas as arenas, em três rounds, podendo atingir a pontuação máxima de 700 pontos em cada rodada. A maior nota atingida pela equipe é a considerada para a disputa.

As equipes Albatroid e Bono, das escolas de Taguatinga e de Sobradinho, respectivamente, do Serviço Social da Indústria do Distrito Federal (Sesi-DF), fazem parte da competição. No primeiro dia, elas e outros times participaram de treinos e de rounds de testes.

Já neste sábado (6), os rounds valiam pontos para premiação da categoria Desafio do Robô. A Bono alcançou 550 pontos e, a Albatroid, 545. O torneio considera mais três quesitos: projeto de inovação, design do robô e core values (valores fundamentais e trabalho em equipe).

Interação e parceria
Além da avaliação das quatro provas, os estudantes participam do Desafio da Aliança. Por meio de um sorteio, a organização do festival une dois grupos para que juntos cumpram as missões da mesa. O objetivo é promover a interação entre os jovens, a parceria na resolução de problemas e o intercâmbio de conhecimentos.

O primeiro momento é dedicado à apresentação das equipes e ao planejamento de estratégias de jogo. “Eu fiquei me perguntando como iríamos nos comunicar e se seria tranquilo trabalhar com pessoas de outros lugares do mundo. O incrível disso tudo? É que não só estamos dialogando como estamos fazendo novas amizades”, conta, sorridente, Victória Resende, de 16 anos, da Bono. A competidora é a que tem mais habilidade com a língua inglesa e carrega a função de tradutora da equipe. “Sempre fui apaixonada por estudar outras culturas e idiomas e poder estar apoiando meus amigos no Open é mágico.”

No sorteio, a equipe da capital federal formou dupla com a Izidumbu, grupo de húngaros de Budapeste. “O evento é maravilhoso, pois tem muita diversão e acesso a culturas diferentes no mesmo lugar. Estar ao lado de brasileiros é uma experiência fantástica. A robótica faz parte da minha vida como educação e hobby e ver que outros sentem o mesmo é muito legal”, disse a integrante da equipe da Hungria Vera Szekely, também de 16 anos.

Visitação
O festival é aberto ao público e tem entrada gratuita, sujeito à lotação máxima. No domingo (7), a programação ocorre das 8 às 17 horas.

Simultaneamente há duas competições: a Sesi First Lego League International Open Brazil powered by Sesi — disputa que reúne as melhores equipes de FLL de todo o mundo, sendo 58 estrangeiras e 32 brasileiras; e a Off Season da First Robotics Competition, que tem robôs de porte industrial de até 55kg e 1,5 metro de altura, com 28 equipes nacionais disputando entre si.

A organização é dos departamentos nacionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Sesi, esse último é operador dos torneios da FLL em território nacional desde 2013.