Está encerrada a edição do torneio aberto internacional da FLL no Brasil
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- Última Atualização: Segunda, 08 Agosto 2022 18:48
Vai Sesi-DF, vai Sesi-DF! Em muitos momentos do Sesi Robotics International Open Brazil — disputa que reuniu as melhores equipes de First Lego League (FLL) do Brasil e algumas das melhores do mundo — essa frase era cantada em coro pelas equipes Albatroid e Bono, das escolas de Taguatinga e de Sobradinho, respectivamente, do Serviço Social da Indústria do Distrito Federal (Sesi-DF), durante a competição. O evento ocorreu de 5 a 7 de agosto, no Pier Mauá, no Rio de Janeiro.
Os times representaram a capital federal no primeiro torneio aberto internacional da FLL no Brasil. A disputa fez parte da programação do Festival Internacional Sesi de Robótica 2022, do qual participaram 668 estudantes brasileiros e de outros 37 países.
A competição foi marcada por troca de experiências, animação e emoção, além de muito aprendizado, uma vez que a robótica é uma ferramenta de ensino. “Os alunos ganham maturidade ao participar de uma disputa de nível mundial. É um intercâmbio de conhecimento entre nações, em que os jovens têm a oportunidade de conhecer novas culturas e outros idiomas. A robótica também está ligada ao mundo da indústria 4.0 e compartilhar técnicas e habilidades com pessoas do exterior é benéfico para o processo de aprendizagem. Isso é o que estimula o querer crescer”, explica a coordenadora de Competições Educacionais do Sesi e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do DF (Senai-DF), Eliséia Tavares.
Os grupos de Brasília não receberam premiações, mas celebraram a vitória dos colegas como se tivesse sido a deles. “Vivemos cada momento como se fosse único. Por isso, passamos pelos torneios regional e nacional, até chegar ao internacional, com dedicação e empenho. É uma vitória estar ao lado de equipes de excelência. O maior prêmio é crescer juntos. A robótica me levou a lugares que eu nunca imaginei chegar, como uma competição com outros países. Foi incrível! E eu fico bem em ver pessoas de fora tão felizes no Brasil”, conta a integrante da equipe Bono, Alice Vilardi, de 16 anos.
No Open Brazil, os estudantes apresentaram projetos e desenvolveram e programaram robôs ligados ao transporte e à logística. O tema da temporada 2021/2022 foi Cargo Connect e propunha que os jovens criassem uma solução inovadora para um problema do mundo real. Para cada edição há uma temática, em que se aplicam conceitos de ciência, tecnologia, engenharia, arte e matemática (Steam).
A avaliação da competição é feita em quatro quesitos: projeto de inovação, desafio do robô (cumprimento de missões pelo robô de Lego), design do robô e core values (valores fundamentais e trabalho em equipe).
Durante o festival, eles se revezavam entre apresentações de projetos aos juízes e nos pits — estandes onde as equipes apresentam a ideia da temporada e a identidade da equipe para outros grupos e visitantes do evento — e o Desafio da Aliança. Nesse último, por meio de um sorteio, a organização do campeonato une duas equipes para que juntas cumpram as missões da arena. É a promoção da interação entre os jovens e da parceria na resolução de problemas.
Paixão por robótica
Distantes geograficamente, o amor pela robótica aproximou brasileiros e sul-coreanos. Na Aliança, as equipes Albatroid e Frees, da Coreia do Sul, dividiram a mesa do desafio do robô por duas vezes e alcançaram 515 pontos. A pontuação máxima era de 700. “A comunicação não foi fácil, pois cada um fala um idioma. O inglês nos ajudou um pouquinho, assim como o intérprete deles. E deu super certo. Nos esforçamos e alcançamos um bom resultado. Foi uma experiência incrível, posso dizer que foi a equipe mais gentil com quem já trabalhamos. Eles são extremamente educados e organizados”, diz Letícia Souza, de 16 anos, da Albtaroid.
A família não ficou de fora do Open Brazil. A mãe e a madrinha da Emily Gonçalves, também de 16 anos e da Albatroid, vieram de Brasília para prestigiá-la. “A robótica foi um divisor de águas na vida da minha filha. Ela se encontrou, melhorou nos estudos e ficou mais extrovertida. Acompanhar a equipe na viagem é demonstrar o quanto acreditamos no potencial dos integrantes e na formação oferecida pelo Sesi”, afirma Fernanda Gonçalves, de 42 anos, mãe da jovem, que estava acompanhada de Andréia Valadão, de 48 anos. “A robótica contribuiu até para o relacionamento com a minha família, pois estreitamos ainda mais os nossos laços. Eles aprenderam a gostar de algo do meu mundo e entendem a importância disso na minha vida”, completou a garota.
Veja a lista dos premiados:
Core Values
Técnico/Mentor Destaque
Prêmios extraoficiais: