Alunos do Sesi-DF visitam Sesi Lab e apresentam peça teatral

Treze estudantes do Novo Ensino Médio da Rede Sesi-DF de Educação tiveram uma tarde diferente nesta quinta-feira, 8 de dezembro, com uma imersão na mais nova instalação de arte, ciência e tecnologia na área central de Brasília: o Sesi Lab. Primeiro grupo escolar de alunos do Serviço Social da Indústria (Sesi) a visitar o espaço, eles apresentaram no local a peça teatral Marias do Brasil — Arte, Ciência e Revolução.

Em uma instalação cuja programação é multidisciplinar e orientada por uma abordagem educativa, criativa, inovadora e acessível a diferentes públicos, os estudantes foram protagonistas e expuseram aos visitantes os talentos que têm. Na encenação, o grupo abordou a história social e cultural da ciência no País e levou aos espectadores um pouco da vida de mulheres como Maria Quitéria — primeira a fazer parte das Forças Armadas — e Maria Firmina dos Reis, mulher negra e maranhense considerada a primeira romancista brasileira.

Na encenação, Sarah Marques, de 16 anos, que estuda a 1ª série do Novo Ensino Médio, foi a responsável por interpretar Maria Quitéria. “Ao longo do caminho, pude conhecer a história dela, porque eu realmente não sabia que havia uma mulher tão importante na história, principalmente da nossa independência. Foi muito interessante conhecer, interpretar e chegar a este resultado”, disse.

O pai da combatente foi interpretado por Rodrigo Nunes, de 17 anos, que cursa a 2ª série do Novo Ensino Médio. “Ele era uma pessoa que não sabia lidar muito bem com os avanços. A filha dele queria entrar para o Exército e ele não aceitava porque, para ele, isso não era coisa de mulher”, contou. Sobre a sensação de apresentar uma produção no Sesi Lab, ele emendou: “É a primeira vez que eu participo de algo assim. Aqui é um lugar diferente e muito bom”.

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Atenta e com o celular em mãos para capturar momentos da peça estava a servidora pública Adelyse Morais, de 42 anos. Ela fez parte do público que assistiu à primeira apresentação dos estudantes — foram duas sessões nesta quinta-feira.

“A gente vem na expectativa de aproveitar tudo que o espaço traz para a gente, tanto de tecnologia quanto de história. É importante reconhecer a história do nosso País e principalmente das mulheres; não basta olhar apenas o futuro, é preciso olhar o passado também; chamar a atenção para o que as mulheres fizeram é muito importante”, avaliou a espectadora.

Desenvolvimento do aluno
A construção da peça teatral teve o fomento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Tivemos como referência o bicentenário da Independência. O fomento propicia falar de mulheres cientistas e inspirar outras mulheres a entrar na arte e na ciência”, destacou a professora de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas do Sesi-DF Luciana Kaminski. Além dela, na visita e na apresentação, os estudantes foram acompanhados pelos professores de Linguagens e suas Tecnologias Leonardo Martins e Nara Neri.

Para a gerente executiva de Educação do Sesi-DF, Valéria Silva, a visita dos alunos ao Sesi Lab e a apresentação, no espaço, de um conteúdo produzido no ambiente escolar converge com a metodologia Steam, que aborda conceitos de ciência, tecnologia, engenharia, arte e matemática.

“Ações desse tipo são úteis para estimular a criatividade e a inovação deles, além de complementar o aprendizado do aluno quando a gente fala de temas específicos seguindo a Base Nacional Comum Curricular. Hoje, como trabalhamos por áreas do conhecimento, a possibilidade de eles estarem mais próximos deste ambiente inovativo permite que eles consigam assimilar melhor as temáticas abordadas”, explicou.

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Sesi Lab
O Sesi Lab é uma iniciativa dos departamentos nacionais do Sesi e do Senai e está localizado no Setor Cultural Sul, no prédio do antigo Touring Club, ao lado da rodoviária do Plano Piloto. O espaço tem instalações interativas e experiências sensoriais e promove a conexão entre ações artísticas, científicas e tecnológicas, em colaboração com a indústria e a sociedade.

Em dezembro, o local tem entrada gratuita para todos os públicos, mediante emissão de bilhete pela plataforma Sympla. Após esse período, a entrada inteira custará R$ 20, com política de meia-entrada de acordo com a legislação. O funcionamento é de terça a sexta-feira, das 9 às 18 horas. Sábados, domingos e feriados, das 10 às 19 horas. Na primeira quinta-feira de cada mês, o horário é estendido (das 9 às 21 horas) e a entrada é gratuita para todos os públicos.

Texto: Samira Pádua
Fotos: Victor Hugo Pessoa/Sesi-DF
Assessoria de Comunicação do Sesi-DF
 
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