Competidores dão exemplo de empatia e solidariedade
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- Última Atualização: Sábado, 11 Fevereiro 2023 19:44
Competição: disputa ou concorrência entre duas ou mais pessoas que buscam a vitória ou, simplesmente, superar quem os desafia. Essa é a definição da palavra no dicionário, mas o Torneio Sesi de Robótica First Lego League (FLL) Challenge vai muito além. Os participantes torcem uns pelos outros, ficam felizes com a vitória alheia e cantam com paixão o grito “de garra” de uma equipe que não seja a sua. Foi nesse clima de companheirismo que ocorreu nessa sexta-feira, 10 de fevereiro, na escola de Taguatinga do Serviço Social da Indústria (Sesi), o primeiro dia da etapa regional do torneio no Distrito Federal.
O objetivo final é garantir uma vaga para a disputa nacional, prevista para ocorrer de 16 a 18 de março, no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Para isso, as equipes precisam garantir alta pontuação no desenvolvimento e na programação de um robô autônomo que execute missões em uma arena, a chamada batalha de robôs, e apresentar uma solução inovadora para um problema do mundo real dentro do tema da temporada 2022/2023, que explora a origem, a distribuição, o armazenamento e a utilização de energia.
As equipes, que precisam ter, cada uma, dois técnicos adultos (um titular e um suplente) e de dois a dez competidores, também são avaliadas quanto aos core values, que são os valores fundamentais. O quesito trata de manter uma competição amigável, compartilhar conhecimento e trabalhar em equipe. É preciso manifestar entusiasmo e mostrar que se pode realizar mais em grupo do que individualmente, além de expressar gentileza com todos os envolvidos.
A proposta da FLL é que todos pratiquem o gracious professionalism. A expressão em inglês é comum entre os participantes. Gracious pode ser representado por cordialidade, respeito e empatia, e professionalism está relacionado a responsabilidade com o conhecimento.
Alice Kallyta Ferreira, de 12 anos, da equipe Young Inventors, estreante no torneio, ficou encantada com o acolhimento e a recepção dos colegas. “Até agora a coisa mais bacana foi com certeza a animação e o entusiasmo de todos. As pessoas vibram e torcem como se fossem do grupo. A diversão prevalece, independentemente do querer ganhar”, disse, sorridente, a aluna do Sesi Várzea Grande, de Mato Grosso. Alice sonha se tornar engenheira eletricista e vê o aprendizado da educação tecnológica como o passo inicial. “Desenvolvemos um projeto de limpeza de placas solares que não utiliza produtos químicos e que reaproveita a água da chuva. Assim, o equipamento terá uma sobrevivência maior. Estudamos e fizemos muitas pesquisas, sempre em conjunto. Esta é a maior lição: escutar o outro e decidir o melhor para equipe.”
Cento e trinta e seis competidores de 22 equipes se inscreveram na etapa regional no Sesi Taguatinga. São 12 do DF, 4 de Mato Grosso, 3 de Goiás e 3 de Mato Grosso do Sul.
O torneio também tem a atuação dos famosos anjos. São aqueles que cuidam dos participantes, os orientam e dão suporte no que for preciso. Normalmente, esses voluntários são estudantes da escola que recebe a competição. No DF, são 35 anjos das unidades de ensino do Sesi-DF — Gama, Sobradinho e Taguatinga.
O apoio dos anjos é especialmente benéfico para quem não conhece a logística e a organização da FLL, acredita Pablo Kauã Godin, de 14 anos, da equipe Tech Masters. “Eu e meus amigos estamos treinando desde outubro do ano passado e estudando sobre o torneio, mas ainda não sabemos de tudo. Ter esse apoio é demais. A competição está sendo uma experiência única e uma oportunidade incrível para fazer amizades e conhecer tantos robôs”, afirmou. Ele e mais cinco alunos do Centro de Ensino Rocha Leal, de Águas Lindas (GO), integram o grupo.
Visitação
A programação é aberta ao público e segue neste sábado (11), das 9h30 às 14h30, na escola de Taguatinga do Sesi, na QNF 24, Área Especial (Taguatinga Norte). A cerimônia de encerramento e premiação, também aberta, será às 15h.
Foto de capa: Victor Hugo Pessoa/Sesi-DF