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Última Atualização: Segunda, 20 Março 2023 18:51

Maria Eduarda do Nascimento (foto), de 18 anos, tem recomendação médica para uso de óculos desde os 11. “Só que eu nunca usei, achava que não precisava. Aí, foi piorando e piorando.” Ela tem miopia e astigmatismo, então não enxerga de longe e ainda tem a visão embaçada. Em 2022, após consulta com oftalmologista na escola em que cursava o Ensino Médio, a jovem se convenceu da necessidade de usar sempre o acessório, inclusive para o aproveitamento educacional, e ainda ganhou um par que ela mesma escolheu. “É algo muito importante nos estudos. Com os óculos, a gente vê diferença já quando coloca. Tudo fica mais limpo, mais nítido. Ajuda bastante”, diz.

Ela foi um dos alunos atendidos pelo projeto Estilo de Vida, da Secretaria da Família e Juventude do Distrito Federal, executado pelo Serviço Social da Indústria do DF (Sesi-DF) no ano passado. A iniciativa buscou despertar jovens de 15 a 29 anos de escolas públicas para a adoção de hábitos saudáveis e contribuir para o desenvolvimento físico, psíquico, social e emocional. "O projeto Estilo de Vida tem o propósito especial de trazer a conscientização dos nossos jovens sobre os cuidados com a saúde. Sabemos que alguns pequenos hábitos, como o de utilizar os óculos de grau corretamente, podem fazer a diferença no rendimento escolar e também evitar doenças mais graves no futuro. O governo do Distrito Federal está comprometido com a juventude do DF", afirma o secretário da Família e Juventude, Rodrigo Delmasso. 

De janeiro a dezembro de 2022, quando o projeto foi executado, foram realizados 11.277 atendimentos com serviços relacionados aos cinco sentidos — audição, olfato, paladar, tato e visão. Em unidades móveis, o Sesi-DF levou a oito instituições de ensino ações de odontologia, oftalmologia e fonoaudiologia, além de oficinas de culinária e palestras de promoção da saúde.

Foi o caso do Centro Educacional 4 do Guará, onde Maria Eduarda estudava. A escola foi atendida pelo projeto em março e abril do ano passado. Na época, o diretor, Rogério Nunes, destacou a importância da parceria do Sesi-DF com o governo local para o desenvolvimento dos estudantes: “Como o atendimento foi feito no horário de aula, ficou muito mais fácil para os alunos terem acesso a esses serviços; um ganho para a comunidade escolar”.

Em todos os atendimentos de saúde, caso fosse necessário tratamento de maior complexidade, o paciente foi orientado e encaminhado à rede pública. Diretora pedagógica do Centro Educacional 1 da Estrutural, primeira escola a receber o projeto, em fevereiro passado, Estela Accioly ressaltou o ganho que a melhora da qualidade de vida dos alunos representou no desempenho escolar.

“Muitos pais não têm condições de levar os filhos a um dentista ou a um oftalmologista. Há estudantes que acabam perdendo aula com dores, principalmente de dente. Os pais estão muito felizes e agradecidos pelo serviço que o Sesi tem proporcionado aos filhos”, avaliou Estela, no período do atendimento.

Nas oito escolas em que o projeto passou, os alunos tiveram a oportunidade de se inscrever para todos os serviços ofertados. Foram 2.475 atendimentos de odontologia, 2.471 de audiometria e 1.761 de oftalmologia. Também foram atendidas 2.788 pessoas em palestras de saúde e 1.782 em oficinas de alimentação.