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Última Atualização: Quinta, 20 Março 2025 12:20

Brasília sediou neste mês o 7º Festival Sesi de Educação, que reuniu, no Centro de Convenções Internacionais do Brasil (CICB), 2,2 mil estudantes das cinco regiões para competições de robótica. A programação, de 12 a 15 de março, também contou com atividades para o público.

Competidores de 9 a 19 anos participaram de torneios da First Lego League Challenge (FLLC), da F1 in Schools, da First Tech Challenge (FTC) e da First Robotics Competition (FRC) — a organização foi do Serviço Social da Indústria (Sesi). Segundo o Departamento Nacional do Sesi, a sétima edição do festival teve participantes de 25 estados e do Distrito Federal e recebeu mais de 25 mil visitantes.

Para amenizar o nervosismo e a ansiedade nas disputas, os competidores e técnicos tiveram à disposição um espaço de acolhimento do Programa Conexão, iniciativa de responsabilidade social do Sistema Fibra que tem entre os seus pilares o bem-estar.

A equipe do Conexão, composta por psicólogas, assistentes sociais, orientadora educacional e analistas, proporcionou momentos de descompressão com massagem, escalda-pés e terapia comunitária integrativa — em alguns casos, houve atendimento psicológico individual. “O layout da sala, as essências aromáticas e os elementos do espaço conversaram entre si. Assim, os participantes dos torneios encontraram um local calmo e tranquilo para desacelerar e fugir um pouquinho da pressão dos jogos. O objetivo principal foi fazer com que eles relaxassem e espairecessem”, explica Cida Lima, assessora de Responsabilidade Social do Sistema Fibra.

Salomão Oliveira, de 13 anos, relaxou no escalda-pés. Ele integra a equipe Robotic’s Angels, de Imperatriz (MA), que disputou na modalidade FLLC. “Foi a minha primeira vez na fase nacional. A emoção e a alegria são enormes, mas confesso que estou bastante ansioso. Parar um pouquinho para relaxar foi muito bom. Senti uma calma no coração”, contou.

Na área da FRC, em que estudantes do Ensino Médio constroem e programam robôs de tamanho industrial (até 1,2 metro de altura e 56 quilos) para competir em jogos de arena, é exigido que os jovens trabalhem com ferramentas industriais. Por isso, é necessário o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) — no caso, óculos de proteção e sapatos fechados.

Assim, profissionais de Segurança do Trabalho do Sesi-DF foram responsáveis por orientar e fiscalizar para que todos atendessem às normas. Ao longo dos dias de competição, eles circulavam pelos pits das equipes — estandes onde são expostos projetos de inovação e é feito o manuseio dos robôs. “Foi um trabalho de sensibilização e conscientização quanto ao uso de materiais na construção dos robôs e a uma conduta segura. O cuidado era com os competidores e, consequentemente, com aqueles que visitavam o espaço”, afirma o técnico em Segurança do Trabalho Maurício Moura.

Além desse apoio, os competidores tinham o suporte dos chamados anjos: estudantes voluntários que auxiliam as equipes com horários de provas e de alimentação e a busca por informações com a organização, por exemplo. Neste ano, a missão foi dada a 32 alunos do Ensino Fundamental e do Novo Ensino Médio de três escolas da Rede Sesi-DF de Educação — Gama, Sobradinho e Taguatinga.

Divididos em subgrupos dentro das quatro disputas e nas visitas guiadas, eles participaram de todo o festival. A aluna da 3ª série do Sesi Taguatinga Yasmin Oliveira, de 17 anos, foi um dos responsáveis pela área da F1 in Schools. “O evento é feito por várias mãos. Mesmo que o meu trabalho seja pequeno, comparado ao tamanho do festival, sei que ele faz a diferença. Eu me sinto bem em ajudar e ainda aprender com toda essa galera. De quebra, ainda torci de perto para as equipes do Sesi-DF”, brincou.

Visitas guiadas
No festival, o Sesi-DF também recebeu alunos da rede pública de ensino do DF para visitas guiadas. A instituição atendeu 3 mil alunos em dois dias da programação. Em um percurso de 1h30, eles assistiram a disputas de robôs e a corridas dos carrinhos da F1 in Schools, exploraram atividades de tecnologia de instituições parceiras e participaram de oficinas do Sesi Lab.

“Eu não conhecia [blocos de] Lego e muito menos sabia que era possível criar robôs e fazer eles se movimentarem sozinhos. Também fiquei encantada com os grupos fantasiados e todos cantando, brincando e sorrindo. Achei tudo superdivertido” disse Maria Luiza Alcântara, de 10 anos, aluna da Escola Classe 1 Incra 8, de Brazlândia.

Os estudantes que participaram das visitas guiadas são alunos de escolas das regiões administrativas de Brazlândia, do Guará, do Núcleo Bandeirante, do Recanto das Emas, de Santa Maria, de São Sebastião, de Sobradinho e de Taguatinga. As unidades escolares foram indicadas pela Secretaria de Educação do DF. Outros mil estudantes da Rede Sesi-DF de também tiveram a chance de explorar o festival.

O Sesi-DF ofertou transporte e lanche a todos. Cerca de 50 profissionais das áreas de educação e administrativa do Sesi-DF e do Senai-DF foram responsáveis por guiar os grupos.

O evento contou ainda com um estande do Sesi-DF com exposição de seis projetos desenvolvidos em sala de aula no decorrer do ano letivo de 2024. Um deles foi o BioGloss, solução inovadora e totalmente natural para o cuidado e a beleza dos lábios que utiliza recursos como frutas e verduras. “A partir de ingredientes orgânicos, o gloss combina hidratação, brilho suave e benefícios nutritivos, sem o uso de substâncias químicas que agridem o meio ambiente. É um produto criado na escola, mas que pretendemos levar para o mercado. Ter a chance de exibi-lo em um festival de grande porte é enriquecedor”, descreveram Geovanna Rocha e Sabrina Vilela, ambas de 17 anos e alunas da 3ª série do Novo Ensino Médio do Sesi/Senai Sobradinho.