O terceiro dia de competições dos Jogos Nacionais Sesi 2010, em Bento Gonçalves (RS), foi  repleto de vitórias, conquistadas pelos trabalhadores representantes do atletismo do DF. Foram quatro medalhas ao todo, sendo três de bronze e uma de prata, nas provas de salto em distância e 100 metros rasos, com Cláudia Rodrigues (Correios); 3000 metros, com Cesar Francisco da Silva (Brasal); e revezamento 4x100 metros, com a equipe da Novacap, composta por Elismar Pereira, Antônio Delfino, Silomar Matos e Sidnei Cunha.

Embora nenhum dos atletas do DF tenham conquistado o ouro, que carimbaria o passaporte para os Jogos Mundiais, que será realizada em Tallin, na Estônia, pela Confederação Internacional Esportiva do Trabalho (CSIT), eles podem ser considerados campeões. Enquanto em Brasília a temperatura pendia para os 30°, em Caxias do Sul (RS), local em que as provas de atletismo foram realizadas, marcava os 12°, com chuva fina e vento forte, que diminuíram consideravelmente a sensação térmica. “Quem é acostumado a viver no clima seco e quente de Brasília, não consegue se adaptar rapidamente a este clima europeu”, reclama, Cesar, da Brasal.

Em função da chuva, que danificou a pista de atletismo do Centro Esportivo do Sesi, em Bento Gonçalves, as provas foram adiadas de quinta (22/4) para sexta-feira (23/4), e transferidas para o Sesi de Caxias do Sul, que fica cerca de 45 quilômetros de distância do local que os competidores estão hospedados. O fato também prejudicou o atleta Elismar da Silva, que participou de três provas em um só dia. “Na última prova que disputei - o revezamento 4x100 -  eu tinha acabado de correr os 200m. Resultado: entrei cansado na prova mais importante do dia”, explica, Elismar, que conquistou a prata no revezamento, por apenas 8 centésimos de minuto a menos do tempo primeiros colocados, justamente a equipe da empresa PK Cables, do Paraná.  

Já Cláudia Rodrigues, que ganhou a medalha de bronze em duas provas, teve outro problema. “O ônibus que nos trouxe atrasou. Cheguei às 10h e tive que entrar na pista para a prova de 100m cinco minutos depois. Não tive tempo sequer de aquecer, o que é indispensável para uma competição deste porte”, relata.

Contudo, nenhum dos atletas está triste. É unânime entre eles que esta oportunidade de estar no Sul, nos Jogos Nacionais do Sesi, é única. “Foi muito bom estar aqui. Conhecer outro estado, uma nova cultura, fazer amigos, passear. Só pode ter valido a pena. E não vamos desistir. Que venha o Jopese para começarmos novamente”, diz, Silomar Matos, enquanto os amigos ouvem e concordam. 

 

Foto: Glauber Queiróz