CCS exibe “Positivas” em comemoração ao Dia da Mulher

Longa metragem será exibido dia 11/3, às 15h, com entrada franca

A data 8 de março é reservada em todo o planeta para a comemoração do Dia Internacional da Mulher. Em função deste dia, diversos assuntos ficam em voga, em sua maioria os que lembram a importância da mulher e seus diversos papéis na sociedade. Mas a data também faz vir à tona temas tabus e que devem, com urgência, ser discutidos por todos, sem rodeios. Pensando nesse viés, o Centro Cultural Sesi exibirá, em uma iniciativa do Sesi-DF, no próximo dia 11/3, o documentário de longa metragem Positivas, que relata a história de sete mulheres que contraíram o HIV de seus maridos. A entrada será gratuita, às 15h.

As sete personagens do longa nada têm a ver com o que se convencionou a chamar “grupo de risco” da Aids. Ao contrário, eram donas de casa ou trabalhadoras tal qual a grande maioria das mulheres que povoam a terra. Em todos os casos, consideravam suas vidas sentimental e familiar resolvidas e, mesmo assim, foram surpreendidas com a notícia do HIV. Foi neste momento que descobriram também o comportamento de seus parceiros – heteros infiéis, homossexuais ou usuários de drogas injetáveis.

Ana Paula, Silvinha, Cida, Rosária, Maria, Heli e Michelli rasgam suas vidas diante das câmeras para alertar a população feminina que há risco, sim, em uma relação estável como o casamento. Elas expuseram suas misérias, vitórias e alegrias para que o uso da camisinha não seja apenas repensado, mas, de fato, algo obrigatório em todas as relações sexuais.

Segundo a diretora do documentário, Susanna Lira, o filme é muito duro mesmo, mas é necessário, e precisa ser visto pelas mulheres e pelos seus companheiros. “Acho que é uma chance para a gente tocar naqueles assuntos delicadíssimos, mas que não podem ser deixados para depois, porque pode ser tarde demais”, relata.

Como que por unanimidade, as sete mulheres do filme sentem-se “responsáveis e irresponsáveis”. Uma das personagens, Cida, revela que num primeiro momento ficou “com raiva dela própria, do mundo e de Deus”. Contudo, diante da doença elas tornaram-se militantes e se recusaram a vestir a burca da hipocrisia, da depressão, da vergonha ou do medo. No longa metragem, elas falam pouco dos homens que lhes passaram o vírus. Esse não é o foco do filme. E elas não se fazem de vítimas. Não é assim que desejam ser vistas. Há um orgulho comovente na convicção de que não podem se esconder, afinal, não há por que se esconder.
O Centro Cultural Sesi fica na QNF 24, Área Especial, Taguatinga Norte.

Suzana Leite
Unidade de Comunicação e Marketing
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