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Setor têxtil recebe workshop sobre economia criativa
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- Publicado: Quinta, 10 Dezembro 2015 18:16
Enrico Cietta, autor dos livros “O valor da moda” (2006) e “A revolução do fast fashion. Estratégias e modelos organizativos para competir nas indústrias híbridas” (2009) veio à Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), nesta quarta-feira (9/12), para ministrar um workshop a empresários do setor têxtil do DF sobre a Economia Criativa e a Indústria da Moda. A ação faz parte do escopo do projeto “Inseri Pequenos Negócios”, desenvolvido pela Rede de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN).
O evento foi dividido em duas partes, sendo o primeiro um workshop (com duração de 6h) e laboratório (com duração de 2h). O encontro faz parte da segunda fase do “Inseri Pequenos Negócios”, que tem atendido os setores atendidos pelo projeto separadamente. “O primeiro setor a receber a segunda fase foi o Têxtil e essa etapa foi composta pela Oficina com especialista, que aconteceu nesta quarta”, explica Viviane Brunelly, gerente responsável pelo CIN/DF.
“Embora algumas empresas ainda não se sintam preparadas para o mercado internacional, tive um feedback muito bom acerca do projeto. Segundo os empresários, foi uma boa preparação e o início para a internacionalização, alguns já irão adaptar seus processos dentro da empresa depois do que aprenderam e isso é uma satisfação para o CIN. O trabalho é longo e o número de empresas que precisa de orientação é grande, mas o importante é o empresário saber que pode contar com o Centro Internacional”, completa a gerente.
Ao longo do encontro, Enrico Cietta transmitiu aos clientes dicas de como eles podem equilibrar a empresa com um modelo de negócio eficazes, fez entender a relação entre a economia criativa e as empresas de moda, além de como podem agregar valor utilizando a “criatividade difusa”. “O mercado mudou e requer investimento em todo o processo criativo”, explica o Cietta.
Segundo o consultor, as pequenas e médias indústrias do vestuário têm a vantagem maior em se adaptar rapidamente ao mercado, o que ele caracteriza como um benefício. “Tomar decisões rápidas e atuar nelas é o diferencial das pequenas empresas. Essas empresas, à exemplo de Brasília, têm um olhar de designer acentuado e forte, o que mostra que essas empresas têm potencial de propor algo novo e diferente”, conclui.
“Com essas orientações, conseguimos otimizar nossa próxima coleção e aos poucos fortalecendo o mercado local. Podemos criar coleções mais equilibradas e nos adaptar ao mercado para conseguir um percentual agradável de vendas e dar liberdade criativa aos estilistas da marca”, comenta a designer Isadora Tupinambá, da marca Minhocco.
A presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário do DF (Sindiveste/DF), Walquíria Pereira Aires, lembra que o setor do vestuário local vive em função das questões que envolvem a inovação do design e que esse é o fator que destaca as peças produzidas na capital. “Quem trabalha com moda precisa de informação. O projeto Inseri é a melhor informação que uma empresa de moda pode ter no processo de internacionalização”, diz.
O tema do workshop atende, ainda, a uma demanda recorrente das empresas que participam do “Inseri Pequenos Negócios” e levou em consideração os interesses demonstrados pelos empresários na primeira fase do projeto. “Essa é uma oportunidade de nos aproximarmos da fast fashion – termo usado para produção rápida e continua de roupas –, que é um mercado dominante. Analisamos o que ele pode contribuir com os pequenos negócios, melhorando nossos processos. Algumas dicas vão servir já para meu próximo trabalho, além de ampliar meu mercado”, conta a estilista Sandra Lima.
O Consultor
Enrico é economista, graduado na Universidade Bocconi de Milão (Itália) e tem Mestrado em Economia pela Victoria University de Manchester (Reino Unido). Cietta é especialista em distritos industriais e indústrias criativas e possui dois livros publicados, voltados para o setor têxtil, sendo “O valor da moda”, publicado em 2006, pela editora Bruno Mondadori, e “A revolução do fast fashion. Estratégias e modelos organizativos para competir nas indústrias híbridas”, publicado em 2009 na Itália pela editora Franco Angeli e, em 2012, no Brasil pela Estação das Letras e Cores.
Marcus Fogaça
Assessoria de Imprensa da Presidência
Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra)
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Foto: Cristiano Costa