Notícias

Senado inicia debate sobre viabilização do Parque Digital

audiencia plubica senado2

A Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) esteve presente, representada pelo diretor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Graciomário Queiroz, na audiência pública destinada a debater o Parque Tecnológico Capital Digital e o desenvolvimento da tecnologia no DF, ocorrida nesta terça-feira (19/4), no Senado Federal. O convite à Federação foi feito pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado, que pretende “tirar” o projeto do PTCD do papel.

A Fibra é idealizadora por Parque Tecnológico Capital Digital, fato ocorrido ainda nos anos 90. À época, o então presidente da Casa, Antônio Fábio Ribeiro, propôs a implantação de um polo de alta tecnologia no DF, mediante a articulação dos setores empresarial, acadêmico e governamental.

“De lá pra cá a Fibra sempre esteve presente nas discussões em torno do PTCD. Em 2016, entregamos ao governo do DF uma Manifestação de Interesse Público (MIP), propondo o modelo técnico, econômico-financeiro e jurídico-institucional para viabilizar a implantação do PTCD. A MIP contempla, ainda, a proposta de desenvolvimento, operação, manutenção da infraestrutura e gestão de negócios para o PTCD”, conta o diretor.

A visão da Federação em relação ao Parque Tecnológico foi apresentada durante a audiência. No entendimento da Fibra, o PTCD é um empreendimento destinado a oferecer condições privilegiadas à instalação e operação de empresas e instituições que atuam na fronteira da tecnologia, cuja evolução e competitividade dependem de pesquisa e desenvolvimento, elevada criatividade e intensa sinergia com os clientes, empresas de alta tecnologia, instituições de ensino e pesquisa, órgãos do governo e agências de desenvolvimento. Para tanto, tem que compreender como áreas de atuação: Tecnologia da Informação e Comunicação; Energia; Biotecnologia; Medicina; Eletrônica; Microeletrônica; Indústrias Criativas; Pesquisa e Desenvolvimento de suporte à evolução da Tecnologia Industrial.

O modelo de implantação proposto pela Fibra contemplaria a SPE (Sociedade por Ações) e o Instituto Inovação. Trata-se da gestão estratégica e imobiliária do Parque somada à gestão estratégica e da inovação.

Na opinião do diretor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da Fibra, o DF é muito limitado para a industrialização. Por isso, a importância do PTCD. “Não temos tradição em indústrias de chaminé. E se a gente for tentar fazer um parque industrial na área de Farmácia, por exemplo, levaríamos 25 anos para chegar onde Goiás já está. Não temos uma política de desenvolvimento industrial, não temos políticas de incentivo que permitam às empresas virem pra cá e, mais do que isso, nós não temos segurança jurídica que permita as empresas saírem de onde estão instaladas para vir para o DF”, reforça Graciomário.

“Brasília é uma cidade que tem um nível de escolaridade e capacidade intelectual enorme. Temos 400 faculdades e 200 universidades. Falo de uma das 12 cidades do País que têm o grau de excelência em pesquisa e desenvolvimento tecnológico”, ressalta o diretor.

Criado por lei em 2002, inicialmente, o parque seria um espaço exclusivo para empresas do setor de tecnologia da informação, mas, conforme aponta Oskar Kling, secretário-adjunto da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal, o governo local pretende apostar na multidisciplinaridade e vê a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) como importante âncora de atração de outras empresas e instituições.

Durante a audiência pública, os senadores prometeram promover encontros com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, empresas e órgãos públicos para viabilizar a construção Parque Digital. Mas, para isso, será necessário costurar um consenso entre os setores interessados.

O presidente da CCT, senador Lasier Martins (PDT-RS), observou que o Centro-Oeste ainda carece de um parque tecnológico, modelo já em funcionamento em estados como Rio de Janeiro e Pernambuco. Sucessivos governos não conseguiram viabilizar a construção do parque em Brasília. Os senadores Cristovam Buarque (PPS-DF) e Hélio José (PMDB-DF) temem que as divergências atrasem mais o projeto.

“Eu saí acreditando dessa reunião de que o Parque sairá do papel. Tivemos depoimentos importantes do representante do ministério de Ciência e Tecnologia, Jorge Mário Campagnolo, onde ele afirmou mais de uma vez da necessidade de se fazer uma gestão do Parque Tecnológico por meio do modelo tripla-élice, em que se tem a participação das academias, do Estado e da iniciativa privada. Podemos perceber que esse depoimento será muito importante para o GDF refletir sobre o que o MCT pensa e que está de encontro com aquilo que o governo pensa sobre o modelo do Parque.

O Parque Tecnológico Capital Digital deve reunir empresas e instituições de pesquisa e tecnologia em uma área de 1,2 milhão de metros quadrados, entre a Granja do Torto e o Parque Nacional de Brasília.
Estiveram presentes na audiência, Mario Lima, da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap); Jaime Santana, da UnB; Ricardo Caldas, presidente do Sinfor-DF, entre outros.

Suzana Leite
Assessora de Imprensa da Presidência
Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra)
e-mail:suzana.leite@sistemafibra.org.br
Telefones: 3362-6139 / 9956-2447
Foto: Divulgação

Pesquisa

 

 BANNER ACESSE EDITAL Prancheta 1

banner indicadores

banner nac