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Rollemberg pede apoio ao setor produtivo para driblar crise no DF

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O governador de Brasília Rodrigo Rollemberg esteve reunido com representantes do setor industrial do Distrito Federal, na tarde desta sexta-feira (14/10), na sede da Federação das Indústrias do DF (Fibra), para anunciar pessoalmente que não irá conceder reajuste aos servidores públicos da capital federal. Segundo o governador, ampliar o custo com a folha de pagamento do funcionalismo ampliaria o déficit público em R$ 1,5 bilhão.

Na oportunidade, Rollemberg disse que seria uma atitude irresponsável conceder o reajuste beneficiando apenas 7% da população brasiliense, tendo em vista que as despesas de pessoal realizadas pelo governo local consomem 77% de todas as receitas da administração pública local. “Avançamos muito no equilíbrio fiscal do DF e conceder o aumento seria falta de bom senso e quem perde é a sociedade como um todo”, disse.

“Precisamos recuperar nossa capacidade de investimento, uma vez que, quase a totalidade de seus investimentos são para pagar a folha de pagamento. O debate precisa ser ampliado. Quero dar essas explicações pessoalmente para o setor produtivo e pedir, na medida do possível, apoio e solidariedade para ampliar o debate com a população em geral”, enfatizou Rollemberg.

Durante a reunião, o governador se comprometeu com todos os setores da sociedade, incluindo o setor produtivo local, pela necessidade de recuperar a capacidade de investimentos do governo, hoje, em apenas 2% do orçamento, o que inviabiliza o desenvolvimento local. “Esta decisão é acertada e corajosa. O ajuste das contas públicas é um sacrifício de todos, população, setor privado e governo”, disse o presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar na ocasião.

Todos os sindicatos filiados à Fibra estiveram representados no encontro. Para a presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário do DF (Sindiveste-DF), Walquíria Pereira Aires, o posicionamento do Governo de Brasília frente a questão foi acertada. “Todo mundo está fazendo contas e poupando dinheiro. O governo precisa distribuir a riqueza para todos e não privilegiar um grupo de funcionários públicos. Não é justo gastar 77% da receita do Estado em detrimento de 7% da população”, enfatiza.

Pedro Verano, presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do DF (Sindigraf-DF), lembrou que a medida é impopular e, mesmo assim, assertiva. “A sociedade irá pressionar o governo, pois alguns setores vão paralisar suas atividades como forma de protesto. Entendemos a legitimidade, mas estamos do lado do governo e vamos atuar como formiguinhas para a disseminação da real situação das contas públicas. Não podemos mais tampar o sol com a peneira, como foi feito nos governos passados”, completou Verano.

Também estiveram presentes à reunião toda a diretoria executiva da Fibra.

Assessoria de Imprensa da Fibra
Texto: Marcus Fogaça
Foto: Cristiano Costa

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