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Publicado: Quarta, 11 Janeiro 2017 18:04

Foi dado o pontapé inicial para a implementação do Biotic — Parque Tecnológico do Distrito Federal. A cerimônia de sanção da lei de criação do empreendimento foi realizada nesta terça-feira (10), no Salão Nobre do Palácio do Buriti, e contou com a participação de representantes de diversas instituições privadas e governamentais, como a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), a Federação das Indústrias do DF (Fibra), e a Secretaria Adjunta de Ciência, Tecnologia e Inovação, da Casa Civil.

Com um novo formato, o Parque Tecnológico pretende receber empresas das áreas de Tecnologia da Informação, Biotecnologia, Nanotecnologia e Telecomunicações. Este modelo altera a proposta inicialmente apresentada em lei no ano de 2002, que criava o então “Parque Digital” e permitia apenas a instalação de empresas ligadas à Tecnologia da Informação e Telecomunicações.

Segundo o Secretário Adjunto de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Aguiar, o projeto do Biotic foi desenvolvido com base em modelos internacionais de sucesso e deve trazer para a cidade novas modalidades de negócio. “Esta iniciativa rompe com a lógica de serviço público existente no DF e traz para a realidade novas oportunidades para geração de emprego e renda. O Parque certamente vai trazer grandes impactos não apenas para a economia local, mas para a saúde, para a biologia e para a tecnologia da informação”, afirmou.

O Biotic deve ocupar uma área de 1,2 milhão de metros quadrados, localizada entre o Parque Nacional Brasília e a Granja do Torto, e avaliada em cerca de R$ 1,4 bilhão. Segundo a Terracap, a expectativa é de que o espaço gere mais de 25 mil empregos diretos e atraia algo em torno de R$ 1,6 bilhão em investimentos provenientes da iniciativa privada.

Durante o evento, o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, destacou que a cidade tem uma série de requisitos que favorecem a implantação do parque, como a localização territorial, o grande potencial em agro energia e a diversidade da flora. Entretanto, o sucesso da iniciativa depende do engajamento de setores fundamentais para o desenvolvimento da cidade. “Tenho certeza de que este projeto só será vitorioso se unir governo, iniciativa privada e comunidade cientifica. Tecnologia da Informação e Biotecnologia são áreas portadoras do futuro e estamos ávidos por novas parcerias que possam contribuir para colocar o DF, definitivamente, no hall mundial dos grandes centros tecnológicos de pesquisa e desenvolvimento”, explicou.

Defensor do desenvolvimento de produtos com foco em valor agregado, o Presidente do Sistema Fibra, Jamal Jorge Bittar, reafirmou, durante o evento, a importância de unir diversos setores em prol da ciência, inovação e tecnologia. “Brasília é alvo de investidores e, agora, estamos encontrando a forma correta de atraí-los. O Setor produtivo está preparado para participar deste projeto e proporcionar um ambiente favorável para a repercussão e disseminação de novos produtos e serviços”, disse.

Durante o evento de sanção da lei, foi apresentado o calendário prévio de ações com foco na implantação do Biotic. No próximo mês, será realizada a contratação do agente financeiro responsável pelo fundo de investimento do Parque Tecnológico e a previsão é de que em junho seja lançada a primeira oferta pública de ações para investidores. A ideia é que, em novembro, tenha início a construção do primeiro bloco destinado à instalação das empresas.

Por Aline Porcina
Imagem: Agência Brasília
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra