Notícias
Produção industrial brasiliense permanece em queda, mas empresários esperam quadro positivo em seis meses
- Detalhes
- Publicado: Terça, 11 Julho 2017 17:17

A indústria brasiliense segue registrando queda no emprego e na produção em 2017, porém em menor ritmo que em 2016. Em maio, o indicador de produção alcançou 46,5 pontos, resultado 3,8 pontos acima do observado em igual mês de 2016. Esse indicador varia de zero a cem pontos e quando abaixo de 50 pontos indica queda. A pesquisa é produzida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-DF).
Semelhantemente à produção, o indicador emprego industrial em 2017 também melhorou na comparação com o ano passado (43,2 pontos em maio/17 frente aos 42,3 pontos em maio/16). Entretanto, o indicador ainda se posiciona abaixo da linha divisória dos 50 pontos, sinalizando recuo do emprego.
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI), importante indicador de atividade, atingiu 60% em maio – percentual abaixo do usual para iguais meses de anos anteriores. O baixo nível de atividade da indústria local tem levado os empresários a manterem estoques de produtos abaixo do planejado. Essa é uma decisão coerente com a realidade, destaca o presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar, uma vez que ao primeiro sinal de aumento do consumo por bens industriais, o setor tem margem para retomar a produção, o que resultará em aumento da UCI.
Mesmo diante de um quadro de dificuldades econômicas, os empresários sinalizam perspectivas positivas para os próximos seis meses. No mês, houve ascendência das expectativas relacionadas com a demanda por produtos (56,5 pontos) e quantidade exportada (52,8 pontos), o que antecipa que os empresários esperam aumentar a produção.
Segundo o presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar, “a sustentação do otimismo do setor para os próximos seis meses estão condicionadas à redução das incertezas produzidas pela judicialização da política e à continuidade da trajetória de construção dos pilares do equilíbrio fiscal tanto do DF quanto do Governo Federal”.
Os dados da pesquisa realizada foram coletados no período de 1º a 12 de junho de 2017.
A construção civil
A Sondagem da Construção Civil também aponta que as dificuldades enfrentadas pelos empresários do setor no DF persistem. Em maio, o índice de evolução do nível de atividade da construção civil brasiliense sinalizou um novo recuo, ficando em 43,7 pontos no mês em análise.
A queda do nível de atividade também afetou o emprego do setor. O indicador do número de empregados caiu para 40,4 pontos em maio – índice distante dos 50 pontos, revelando que a construção civil continua o processo de demissão e ajuste do quadro de operários.
O levantamento mostra, ainda, que a utilização da capacidade de operação permanece muito baixa, o que corrobora o cenário de fraca atividade do segmento da construção. Em maio, o indicador de utilização da capacidade de operação (UCO) passou para 47%, sinalizando diminuição da utilização dos recursos para realizar serviços e empreendimentos.
O duro cenário vivido especialmente pelos empresários da construção civil – que dependem fortemente do investimento do governo local em obras - tem refletido até nas perspectivas para os próximos seis meses, que permanecem pessimistas. De acordo com o levantamento, não há perspectiva em contratar novos funcionários (46,2 pontos), nem mesmo previsão de novos empreendimentos e serviços (48,2 pontos) e de compra de insumos e matérias primas (48,1 pontos).