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Empresas brasilienses dobram exportações no primeiro semestre

As exportações do Distrito Federal cresceram 100% de janeiro a junho, na comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, as vendas de produtos brasilienses para o mercado internacional totalizaram US$ 154,1 milhões no primeiro semestre de 2017. O resultado verificado no acumulado do ano foi puxado pelo aumento da exportação de commodities (166%), com destaque para a exportação de soja, que apresentou crescimento de US$ 72 milhões no período. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC), analisados pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra).

“Somente a participação da soja nas exportações totais do DF subiu 47% no acumulado do ano. Esse crescimento se deu em razão do aumento da produtividade da safra de soja no DF, cujo destino foi o mercado externo, especialmente para a China, com US$ 63 milhões, a Tailândia e o Vietinã, com US$ 8 milhões e US$ 7 milhões, respectivamente, explica a gerente do CIN-DF, Viviane Brunelly.

A pauta de exportações do DF ainda continua concentrada em três produtos: Soja (54,12%); Carnes de Galos/Galinhas (15,67%); Pedaços e Miudezas de Galos/Galinhas (9,90%). Mas embora a venda de produtos industrializados não apresente forte participação nas exportações totais da balança comercial da Capital Federal, observa-se que houve crescimento de 63,1% nas exportações destes produtos no acumulado do ano. Destacam-se a alta do ouro em barra (94%) e enchidos em carne (52%). 

Além disso, segundo análise feita pela Fibra, observou-se a venda de novos produtos industrializados para o mercado externo, como produtos de padaria (US$ 95 milhões), máquinas de misturar betume (US$ 187 bilhões) e cosméticos capilares (US$ 78 milhões).

Tratando das exportações totais do DF, a China é o primeiro país de destino dos produtos brasilienses, com participação de 41,43%. Em seguida, aparece a Arábia Saudita, representando 11,9%. Os Estados Unidos encontram-se na terceira posição, com 8,68%. Já Tailândia e Vietnã registraram 5,66% e 5,06%, respectivamente.

Segundo o presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar, a Fibra tem intensificado, nos últimos dois anos, ações permanentes de sensibilização quanto ao processo de internacionalização das empresas brasilienses, com o objetivo de otimizar oportunidades de negócios junto a mercados externos. Para tanto, por meio do CIN-DF, a Fibra dissemina conhecimento técnico, estabelecendo condições desejáveis para uma entrada segura e bem-sucedida nos mercados globais, estimulando a competitividade, a ampliação e a diversificação da pauta de exportações do setor industrial do DF. “Ainda é um trabalho que precisa crescer, mas que já tem dado resultados, conforme pode-se verificar na própria balança comercial do DF, que já aponta novos produtos sendo comercializados para o exterior”.

Ao longo dos últimos dois anos, a Fibra registrou expressivo aumento no atendimento às empresas brasilienses em temas de comércio exterior. Em 2016, por exemplo, houve crescimento de 16% no atendimento às empresas que são, majoritariamente, de micro e pequeno porte (MPE).

Já no primeiro semestre de 2017, esse trabalho foi ainda mais expressivo: em cursos empresariais, foram atendidas 146 empresas (CNPJs), totalizando 232 pessoas capacitadas. Os outros serviços, como estudos de inteligência comercial, promoção de negócios e assessoria/consultoria, aumentaram em mais de 10%, somente no primeiro semestre do presente ano.

“Ainda neste mês, a partir do dia 30, micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) com interesse de atuar no mercado internacional podem se inscrever, gratuitamente, no programa Rota Global. O objetivo da iniciativa é entregar às empresas planos internacionais de negócios personalizados”, antecipa Jamal.

No DF, o programa Rota Global – ofertado pela Confederação Nacional da Indústria - será executado por meio da parceria com o Centro Internacional de Negócios da Fibra. O serviço apoiará todo o processo de internacionalização e prevê acompanhamento regular das ações para garantir resultados e indicar correções de rota, caso necessário. Os benéficos do programa são: consultoria personalizada gratuita, elaboração de plano de negócios adequado à realidade de cada empresa, serviços voltados à internacionalização da empresa e suporte da CNI.

As importações

A análise da balança comercial do DF contempla, ainda, as importações feitas pela Capital Federal. No acumulado do ano, as importações totalizaram US$ 599,5 milhões - um decréscimo de 23% frente ao mesmo período do ano anterior. Contribuiu para esse resultado a queda de 14,9% na compra de produtos básicos, bem como de 23% nas importações de produtos industrializados. Os principais produtos importados pelo DF continuam sendo medicamentos e produtos químicos.

Texto: Suzana Leite
Foto: Cristiano Costa/Sistema Fibra
Assessoria de Imprensa do Sistema Fibra

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