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CNI pede medidas extraordinárias no câmbio
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- Publicado: Quarta, 18 Novembro 2009 09:01
O Brasil deve adotar medidas extraordinárias para proteger a sua moeda e evitar o agravamento das condições provocadas pela valorização do real diante do dólar. Foi com este alerta que o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, abriu ontem (17/11) o 4° Encontro Nacional da Indústria (ENAI). O evento, em Brasília, reúne 1.500 empresários e líderes setoriais de todo o país.
Segundo ele, o câmbio valorizado prejudica o desenvolvimento do setor. “A indústria brasileira não pode ser desmontada por conta de fatores conjunturais que reclamam uma atitude firme do governo”, disse.
A forte expansão do gasto público também foi destaque no pronunciamento do presidente da CNI. Ele lembrou que houve aumento de 13,5% na rubrica de pessoal do governo este ano. Ao todo, os gastos correntes já representam 17,6% do Produto Interno Bruto (PIB), toda a riqueza produzida pelo país. “E como resultado, o espaço para o investimento no setor público fica cada vez mais restrito”, alertou.
Em seu discurso, Armando Monteiro Neto destacou que a prioridade do setor industrial para os próximos anos é a busca pela inovação e o aumento da sua competitividade, ao lado do aumento da taxa de investimento público e privado.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu, no painel de abertura do 4° Encontro Nacional da Indústria (ENAI), que a indústria brasileira precisa ter um sistema tributário compatível com a acirrada concorrência do mercado internacional. “Não é fácil resolver os problemas da indústria da noite para o dia, mas temos consciência de que é preciso dar mais competitividade ao setor”, disse Mantega. E prometeu, sem dar detalhes: “Vamos continuar reduzindo a tributação e trabalhar em todas as frentes para que a indústria seja um dos grandes protagonistas do crescimento do Brasil nos próximos anos”.
Os participantes do painel concordaram que o Brasil tem, atualmente, a grande oportunidade de figurar entre as cinco maiores economias do mundo. Para isso, no entanto, terá de adotar uma agenda estruturante que desonere investimentos e exportações, solucione o problema do acúmulo de créditos tributários e a questão da valorização do real diante do dólar. “Temos que, ao mesmo tempo, de nos debruçar a agenda da inovação e da qualidade da educação”, afirmou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto.
O 4º ENAI reúne 1.500 líderes sindicais industriais, presidentes de federações de indústrias e empresários no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Organizado pela CNI, o evento termina amanhã com a apresentação da Carta da Indústria, que dará as diretrizes do documento que a indústria apresentará aos candidatos à Presidência da República nas eleições de 2010.
O Encontro Nacional da Indústria termina nesta quarta-feira, com a entrega da Carta da Indústria, às 13h. A carta é o ponto de partida para o documento consolidado que a CNI entregará, no ano que vem, aos candidatos à Presidência da República nas próximas eleições majoritárias.
Mais de mil representantes de sindicatos e associações industriais de todo o país estão presentes na quarta edição do Encontro Nacional da Indústria (ENAI), promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O evento começou ontem, 17 de novembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, e contou com a participação de vários presidentes de Sindicatos filiados à Fibra.
José Maria de Jesus, presidente do Sindicato de Madeira e Móveis do Distrito Federal, com 78 empresas afiliadas, participa do evento desde a primeira edição, em 2006. Para ele, o ENAI fortalece a representatividade da Indústria Brasileira a partir do estreitamento da comunicação da CNI com a base industrial.
“Este momento é uma oportunidade do setor alinhar informações que serão levadas para as indústrias e também é uma oportunidade de se trazer principais reivindicações e propostas da base”, destaca o industrial. “Ao se fortalecer essa comunicação podemos derrubar barreiras ao desenvolvimento da indústria, como falta de qualificação de trabalhares, informalidade, pirataria, concorrência desleal, entre outras.”
Mais informações:
Moacyr Oliveira Filho
Assessor de Imprensa da Presidência
Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra)
e-mail: moa.oliveira@sistemafibra.org.br
(61) 3362-3815 ou 9258-6801
Foto: Cristiano Costa